Diagnóstico e risco de suicídio

Sandin Carlsson e sua equipe analisaram dados relativos a relação entre o diagnostico do câncer da próstata e o risco de suicídio. Analisaram dados da base de dados do câncer da próstata da Suécia (PCBaSe) 2.0 e o diagnóstico de mais de cem mil homens, comparando as taxas de suicídio deste grupo com  as de um grupo de mais de meio milhão de homens sem câncer da próstata. Durante os primeiros seis meses depois do diagnóstico a taxa de suicídios foi de 73 por cem mil, estatisticamente mais elevada, mas não muito, do que a do grupo controle que foi de 65. O risco foi bem maior entre homens com metástase distante – 125 por cem mil – mas era mais elevado entre os diagnosticados com canceres de baixa agressividade e risco.

E’ uma informação importante para os urólogos e oncólogos. O diagnostico requer atenção psicológica, particularmente quando o câncer acarreta risco de vida e a perspectiva de tratamentos com pesadas consequencias colaterais.

Publicado no Eur J Cancer. 2013 Jan 18.

GLAUCIO SOARES      IESP/UERJ

Um dia num centro avançado de tratamento do câncer

Fui, hoje, ao Sloan Kettering. Parece que o tratamento anti-hormonal está fazendo efeito. Eu sei que é só por algum tempo (a mediana está entre 18 e 24 meses). Depois o PSA volta a crescer, indicando tendência semelhante do câncer. Eu tinha dois nódulos no pulmão, que provocaram duas hipóteses:

  1. não eram cânceres porque mudavam muito devagar ou

  2. Eram e eu resistia bem.

Eles desapareceram do CT scan, o que sugere que já eram metástases. Mais duas hipóteses: o câncer já tinha metástase e era mais agressivo do que pensávamos, mas o tratamento está funcionando. Como, se não estivesse, sobrariam menos opções (e menos tempo de vida), o resultado foi bom.

O médico está preocupado com meus ossos, que estão enfraquecendo, devido ao tratamento. Era esperado. Porém, acha que não posso tomar remédio para isso agora por causa dos implantes – só mais tarde. O tratamento preventivo, com denosumab, será começado em seis meses. Enquanto isso, tenho que malhar muito, e continuar a tomar doses altas de vitamina D3 e ter uma exposição diária, se possível, ao sol. Lembro que, nesse momento, esse problema não deriva do câncer e sim do tratamento.

Na conversa com meu médico, levantei o problema de pesquisa recente que conclui que o uso de terapia intermitente não é aconselhado para pessoas cujo câncer NÃO estiver MUITO avançado. É o meu caso. Ele deixa a decisão nas mãos dos pacientes, como acho que deve ser. Porém, agrega que a pesquisa, até agora, é um resumo apresentado numa conferencia e que quando o artigo/relatório inteiro for publicado e submetido às críticas do mundo profissional, as conclusões podem mudar e os conselhos também.

Nessa altura, alguns leitores podem estar perguntando: qual a diferença entre os dois tipos de tratamento?

O contínuo e o intermitente, inicialmente, são iguais. As primeiras doses e os espaços entre elas são definidos da mesma maneira. Porém, na versão intermitente, após umas doses se define uma linha, usualmente um valor do PSA, que provoca o reinício do tratamento. É uma linha arbitrária. Uns definem o valor a partir do PSA que o paciente apresentava no início do tratamento (a mais freqüente é a metade). O meu PSA era 22 e fração; de acordo com essa vertente, eu não tomaria as injeções de Lupron enquanto meu PSA estivesse abaixo de 11. A grande vantagem da intermitente é que a quantidade de acetato de luprolide colocada dentro do paciente é muito menor e os efeitos colaterais também. A qualidade da vida é mais alta.

O médico tinha uma observação fria e ponderada: os pacientes que decidirem “shave off some months from their life expectancy, Will have a better quality of life.”

Shave off….

Tomei uma dose cavalar de Lupron hoje, para só voltar em seis meses.

Esse é mais um capítulo da história da minha luta contra o câncer. E vamos em frente!

O teste PCA3 – a pedidos

Para saber mais sobre o PCA3 teste, leia (em Inglês) 

http://www.prostate-cancer.org/pcricms/node/122

 

Muitos hospitais e laboratórios oferecem o teste.

Um laboratório perto de onde eu trabalhava (longe de ser o único ou de ser considerado o melhor, mas perto dos parques de recreação, tipo Disney):

BioVantra, LLC

4600 S.W. 46th Court, Suite 160

Ocala, Florida 34474

Toll Free: (352) 861-2296

Toll Free: (866) 301-0960

Fax: (352) 671-2737

Eu me trato no Memorial Sloan Kettering Cancer Center em Nova Iorque

 

um abraço e boa sorte

 

Gláucio Soares

 


Testes melhores para o câncer da próstata

Os testes atuais para detectar o câncer da próstata são bons, mas podem ser muito melhores. O melhor que se usa é o PSA. Porém, o PSA produz aproximadamente quinze por cento de falsos negativos. O que é isso? O teste é interpretado como negativo, ou seja, o paciente não tem câncer, mas de fato tem. Os erros são maiores do lado positivo: há falsos positivos cerca de 50% até 75% dos casos, dependendo da definição. Falso positivo? O teste indica câncer, o paciente é diagnosticado como tal, mas não tem câncer.

Não é “só” um erro. O diagnóstico de câncer é uma porrada. Muitos pacientes perdem o controle emocional, ficam traumatizados. Esses pacientes pagam um alto preço pela imperfeição do teste.

Está sendo testado um teste que usa a urina em dois hospitais de Cleveland e um de Boston. É chamado de PSA/SIA. O atual teste de PSA nos diz quanto PSA circula no sangue do paciente. O PSA/SAI informa a respeito de muitas mudanças na proteína que chamamos de PSA. Ele consegue diferenciar a estrutura molecular de um PSA canceroso daquela de um PSA normal, saudável. Além de informar se o paciente está no nível em que o câncer é provável, informa também se ele é agressivo. São informações importantes para recomendar um tratamento ou outro. Nos diz qual o nível do câncer. Se for um nível alto, a despeito de uma quantidade ainda moderada sendo produzida, pode ser aconselhável fazer logo uma cirurgia.

Um primeiro teste com 222 homens produziu uma sensitividade de cem por cento (não há falsos negativos – se o resultado for negativo, o paciente não tem câncer e pronto).

E a especificidade? Esse teste permite quantos falsos positivos? Comparativamente poucos: vinte por cento de falsos positivos, muito menos do que o teste de PSA.

Esse teste não deve eliminar o de PSA, nem o toque retal. O uso de vários testes reduz os erros.

Você pode obter muitas informações em vídeos da equipe dirigida pelo Dr. David Samadi:

New Study On Prostate Cancer Screening Effectiveness http://www.youtube.com/watch?v=KFH1XFgoziQ

Comparing Prostate Cancer Treatment Options – Robotic Surgery Vs. Watchful Waiting

http://www.youtube.com/watch?v=9dC4T9JAJss

Outro Link: Smart-Surgery.com

FONTE: RoboticOncology.com

GLÁUCIO SOARES IESP-UERJ


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Experimento sobre cancer da próstata avançado que inclui locais no Brasil


Temos poucas oportunidades de participar em pesquisas Fase III. Essa é uma. Se perderem tempo podem perder a oportunidade. Não tenho mais informações, mas ha um endereço eletrônico no fim deste post onde podem buscar.

Gláucio Soares

Phase 3 Study of Immunotherapy in Advanced Prostate Cancer

This study is currently recruiting participants

The purpose of this study is to determine if patients with metastatic prostate cancer who have not received chemotherapy live longer when treated with ipilimumab than those treated with a placebo.

Study Type: Interventional

Study Design:

Allocation: Randomized

Endpoint Classification: Efficacy Study

Intervention Model: Parallel Assignment

Masking: Double Blind (Subject, Caregiver, Investigator, Outcomes Assessor)

Primary Purpose: Treatment

Phase 3 Study of Immunotherapy to Treat Advanced Prostate Cancer

This study is currently recruiting participants.

Verified on January 2011 by Bristol-Myers Squibb

First Received on January 26, 2010.   Last Updated on August 3, 2011   History of Changes

Sponsor:

Bristol-Myers Squibb

Information provided by:

Bristol-Myers Squibb

ClinicalTrials.gov Identifier:

NCT01057810

  Purpose

The purpose of this study is to determine if patients with metastatic prostate cancer who have not received chemotherapy live longer when treated with ipilimumab than those treated with a placebo

Condition

Intervention

Phase

Prostate Cancer Drug: Ipilimumab
Drug: Placebo
Phase III
Study Type: Interventional
Study Design: Allocation: Randomized
Endpoint Classification: Efficacy Study
Intervention Model: Parallel Assignment
Masking: Double Blind (Subject, Caregiver, Investigator, Outcomes Assessor)
Primary Purpose: Treatment

Locations

United States, Alaska
Alaska Clinical Research Center, Llc Recruiting
Anchorage, Alaska, United States, 99508
Contact: William R Clark, Site 141     907-267-1455        
United States, Arizona
Pinnacle Oncology Hematology Recruiting
Scottsdale, Arizona, United States, 85258
Contact: David S Mendelson, Site 036            
Arizona Cancer Center Recruiting
Tucson, Arizona, United States, 85724
Contact: Frederick Ahmann, Site 137     520-626-8096        
United States, California
Local Institution Not yet recruiting
Los Angeles, California, United States, 90048
Contact: Site 213            
Prostate Oncology Specialists, Inc. Recruiting
Marina Del Rey, California, United States, 90292
Contact: Mark Scholz, Site 071     310-827-7707        
Local Institution Not yet recruiting
Palm Springs, California, United States, 92262
Contact: Site 180            
Desert Hematology Oncology Recruiting
Rancho Mirage, California, United States, 92270
Contact: Luke P Dreisbach, Site 138     760-568-3613        
Southern California Permanente Medical Group Recruiting
San Diego, California, United States, 92108
Contact: Jonathan Polikoff, Site 115     619-641-2675        
Pacific Hematology Oncology Associates Recruiting
San Francisco, California, United States, 94115
Contact: Ari David Baron, Site 077            
United States, Colorado
Local Institution Not yet recruiting
Aurora, Colorado, United States, 80045
Contact: Site 126            
United States, District of Columbia
George Washington University Recruiting
Washington, District of Columbia, United States, 20037
Contact: Robert S. Siegel, Site 169            
United States, Florida
Lynn Cancer Institute Center For Hematology-Oncology Recruiting
Boca Raton, Florida, United States, 33486
Contact: Lloyd D Berkowitz, Site 175     561-955-6613        
University Of Florida Recruiting
Gainesville, Florida, United States, 32610
Contact: Long H. Dang, Site 157     352-273-9168        
Baptist Cancer Institute Recruiting
Jacksonville, Florida, United States, 32207
Contact: Troy H. Guthrie Jr., Site 158     904-202-7051        
Local Institution Not yet recruiting
Miami Beach, Florida, United States, 33140
Contact: Site 203            
Md Anderson Can Ctr Orlando Recruiting
Orlando, Florida, United States, 32806
Contact: Julio Hajdenberg, Site 112     321-841-1075        
Hematology Oncology Associates Of The Treasure Coast Recruiting
Port St. Lucie, Florida, United States, 34952
Contact: Nicholas O. Iannotti, Site 105     772-408-5159        
United States, Georgia
Georgia Cancer Specialists Recruiting
Atlanta, Georgia, United States, 30341
Contact: Mansoor N Saleh, Site 049     770-496-9403        
Theresa Coleman, Md Recruiting
Augusta, Georgia, United States, 30912
Contact: Teresa Coleman, Site 082     706-721-2505        
Suburban Hematology/Oncology Associates, Pc Recruiting
Lawrenceville, Georgia, United States, 30046
Contact: Aldemar Montero, Site 147     678-533-1567        
United States, Hawaii
Straub Clinic And Hospital Recruiting
Honolulu, Hawaii, United States, 96813
Contact: Ian Okazaki, Site 160            
United States, Illinois
University Of Chicago Recruiting
Chicago, Illinois, United States, 60637
Contact: Russell Szmulewitz, Site 085     773-834-5137        
Cancer Care Specialists Of Central Illinois Recruiting
Decatur, Illinois, United States, 62526
Contact: James Lloyd Wade, Iii, Site 056     217-876-4760        
Loyola University Chicago Recruiting
Maywood, Illinois, United States, 60153
Contact: Ellen Gaynor, Site 183     708-327-3101        
United States, Indiana
Indiana University Health Recruiting
Goshen, Indiana, United States, 46526
Contact: Ebenezer Kio, Site 027     574-535-2888        
United States, Kansas
Hutchinson Clinic, Pa Recruiting
Hutchinson, Kansas, United States, 67502
Contact: Fadi Estephan, Site 054     620-694-2053        
Colmery-O’Neil Va Medical Center Recruiting
Topeka, Kansas, United States, 66622
Contact: Ace Allen, Site 196            
Cancer Center Of Kansas Recruiting
Wichita, Kansas, United States, 67214
Contact: Shaker R Dakhil, Site 178     316-262-4467        
United States, Maine
Maine Center For Cancer Medicine Recruiting
Scarborough, Maine, United States, 04074
Contact: Frederick R. Aronson, Site 171     207-396-7600        
United States, Maryland
Local Institution Not yet recruiting
Baltimore, Maryland, United States, 21201
Contact: Site 083            
Sidney Kimmel Comprehensive Cancer Center At Johns Hopkins Recruiting
Batlimore, Maryland, United States, 21231
Contact: Charles Drake, Site 181            
United States, Minnesota
Mayo Clinic Recruiting
Rochester, Minnesota, United States, 55905
Contact: Eugene D Kwon, Site 057     507-284-5365        
United States, Missouri
Ellis Fischel Cancer Center Recruiting
Columbia, Missouri, United States, 65203
Contact: Michael C. Perry, Site 069     573-882-4979        
Kansas City Veterans Affairs Medical Center Recruiting
Kansas City, Missouri, United States, 64128
Contact: Peter J. Van Veldhuizen, Site 173     816-861-4700 ext 56775        
United States, Nevada
Nevada Cancer Institute Recruiting
Las Vegas, Nevada, United States, 89135
Contact: Oscar Goodman Jr., Site 067     702-822-5433        
United States, New Jersey
The John Theurer Cancer Center Recruiting
Hackensack, New Jersey, United States, 07601
Contact: Robert Alter, Site 142            
United States, New York
Montefiore Medical Center Recruiting
Bronx, New York, United States, 10461
Contact: Sanjay Goel, Site 050     718-920-6193        
North Shore Hematology/Oncology Associates, P.C. Recruiting
East Setauket, New York, United States, 11733
Contact: Noshir Dacosta, Site 055     631-751-3000        
Goshen Medical Associates Recruiting
Goshen, New York, United States, 10924
Contact: William Cieplinski, Site 092     845-294-8888        
Stony Brook University Medical Center Recruiting
Stony Brook, New York, United States, 11794
Contact: Shenhong Wu, Site 048            
Syracuse Va Medical Center Recruiting
Syracuse, New York, United States, 13210
Contact: Ajeet Gajra, Site 127     315-425-3459        
Suny Upstate Medical University Recruiting
Syracuse, New York, United States, 13210
Contact: Bernard Poiesz, Site 035     315-464-8253        
United States, North Carolina
Timothy S. Collins, Md Recruiting
Winston Salem, North Carolina, United States, 27103
Contact: Timothy S. Collins, Site 156     336-277-8946        
United States, Oklahoma
Cancer Care Associates Recruiting
Tulsa, Oklahoma, United States, 74136
Contact: Mark R. Olsen, Site 159            
United States, Oregon
Oregon Health And Science University Recruiting
Portland, Oregon, United States, 97239
Contact: Tomasz Beer, Site 047     503-494-6179        
Kaiser Permanente Oncology/Hematology Recruiting
Portland, Oregon, United States, 97227
Contact: Mark Urban Rarick, Site 114     503-249-3506        
United States, Pennsylvania
St Luke’S Hospital And Health Network Recruiting
Bethlehem, Pennsylvania, United States, 18015
Contact: Sanjiv Agarwala, Site 139     610-954-2145        
United States, South Carolina
Local Institution Not yet recruiting
Greenville, South Carolina, United States, 29615
Contact: Site 186            
Local Institution Not yet recruiting
Myrtle Beach, South Carolina, United States, 29572
Contact: Site 197            
United States, Texas
Scott & White Memorial Hospital And Clinic Recruiting
Temple, Texas, United States, 76508
Contact: Sherronda Moore Henderson, Site 148     254-724-5890        
United States, Utah
Utah Cancer Specialists Recruiting
Salt Lake City, Utah, United States, 84106
Contact: W Graydon Harker, Site 140     801-281-6864        
United States, Washington
Providence Regional Medical Center Everett Recruiting
Everett, Washington, United States, 98201
Contact: Peter Jiang, Site 096     425-297-5532        
Local Institution Not yet recruiting
Seattle, Washington, United States, 98109
Contact: Site 070            
Wenatchee Valley Medical Center Recruiting
Wenatchee, Washington, United States, 98801
Contact: Mitchell Garrison, Site 024     509-665-5800        
Argentina
Local Institution Not yet recruiting
Rosario, Santa Fe, Argentina, S2000DSV
Contact: Site 214            
Local Institution Not yet recruiting
Rosario, Santa Fe, Argentina, S2000DSK
Contact: Site 188            
Local Institution Recruiting
Buenos Aires, Argentina, 1120
Contact: Site 090            
Local Institution Recruiting
Buenos Aires, Argentina, C1280AEB
Contact: Site 187            
Local Institution Not yet recruiting
Buenos Aires, Argentina, C1426BOS
Contact: Site 215            
Local Institution Recruiting
Cordoba, Argentina, X5000AAI
Contact: Site 154            
Local Institution Recruiting
La Rioja, Argentina, 5300
Contact: Site 189            
Australia, New South Wales
Local Institution Recruiting
Kogarah, New South Wales, Australia, 2217
Contact: Site 100            
Australia, South Australia
Local Institution Recruiting
Ashford, South Australia, Australia, 5035
Contact: Site 043            
Australia, Victoria
Local Institution Recruiting
Box Hill, Victoria, Australia, 3128
Contact: Site 044            
Local Institution Recruiting
East Bentleigh, Victoria, Australia, 3165
Contact: Site 046            
Local Institution Recruiting
Frankston, Victoria, Australia, 3199
Contact: Site 144            
Local Institution Recruiting
Heidelberg, Victoria, Australia, 3084
Contact: Site 041            
Australia, Western Australia
Local Institution Recruiting
Subiaco, Western Australia, Australia, 6008
Contact: Site 040            
Brazil
Local Institution Recruiting
Brasilia, Distrito Federal, Brazil, 72115
Contact: Site 064            
Local Institution Recruiting
Belo Horizonte, Minas Gerais, Brazil, 30150
Contact: Site 062            
Local Institution Recruiting
Belo Horizonte – Mg, Minas Gerais, Brazil, 31150
Contact: Site 063            
Local Institution Recruiting
Ijui, Rio Grande Do Sul, Brazil, 98700
Contact: Site 143            
Local Institution Recruiting
Porto Alegre, Rio Grande Do Sul, Brazil, 90430
Contact: Site 065            
Local Institution Not yet recruiting
Rio De Janeiro, Brazil, 24033
Contact: Site 136            
Canada, Alberta
Local Institution Recruiting
Edmonton, Alberta, Canada, T6G 1Z2
Contact: Site 091            
Canada, Ontario
Local Institution Recruiting
Kingston, Ontario, Canada, K7L 3J7
Contact: Site 122            
Canada, Quebec
Local Institution Recruiting
Montreal, Quebec, Canada, H2L 4M1
Contact: Site 026            
Canada
Local Institution Recruiting
Quebec, Canada, G1R 2J6
Contact: Site 025            
Chile
Local Institution Recruiting
Temuco, Araucania, Chile, 4810469
Contact: Site 101            
Local Institution Not yet recruiting
Santiago, Metropolitana, Chile, 8380455
Contact: Site 172            
Local Institution Recruiting
Santiago, Metropolitana, Chile, 7510032
Contact: Site 104            
Local Institution Recruiting
Vina Del Mar, Valparaiso, Chile, 2540364
Contact: Site 072            
Colombia
Local Institution Not yet recruiting
Monteria, Cordoba, Colombia
Contact: Site 211            
Local Institution Not yet recruiting
Bogota, Colombia
Contact: Site 004            
Local Institution Not yet recruiting
Bogota, Colombia
Contact: Site 212            
Local Institution Recruiting
Medellin, Colombia, MEDELLIN
Contact: Site 005            
Czech Republic
Local Institution Recruiting
Hradec Kralove, Czech Republic, 500 05
Contact: Site 007            
Local Institution Recruiting
Liberec, Czech Republic, 460 63
Contact: Site 006            
Local Institution Recruiting
Praha 5, Czech Republic, 150 30
Contact: Site 162            
Local Institution Not yet recruiting
Praha 8, Czech Republic, 180 81
Contact: Site 207            
Denmark
Local Institution Recruiting
Herlev, Denmark, 2730
Contact: Site 094            
Local Institution Recruiting
Kobenhavn O, Denmark, 2100
Contact: Site 123            
France
Local Institution Recruiting
Bordeaux, France, 33075
Contact: Site 060            
Local Institution Recruiting
Clermont-Ferrand, France, 63000
Contact: Site 199            
Local Institution Recruiting
Marseille Cedex 9, France, 13273
Contact: Site 068            
Local Institution Recruiting
Pointe A Pitre, France, 97159
Contact: Site 165            
Local Institution Recruiting
Poitiers, France, 86000
Contact: Site 061            
Local Institution Recruiting
Villejuif Cedex, France, 94805
Contact: Site 059            
Germany
Local Institution Recruiting
Aachen, Germany, 52074
Contact: Site 205            
Local Institution Recruiting
Heidelberg, Germany, 69120
Contact: Site 010            
Local Institution Recruiting
Marktredwitz, Germany, 95615
Contact: Site 011            
Local Institution Recruiting
Munich, Germany, 81675
Contact: Site 013            
Local Institution Not yet recruiting
Neuss, Germany, 41464
Contact: Site 017            
Local Institution Recruiting
Wesel, Germany, 46483
Contact: Site 012            
Greece
Local Institution Not yet recruiting
Athens, Greece, 115 28
Contact: Site 185            
Hungary
Local Institution Recruiting
Budapest, Hungary, 1062
Contact: Site 081            
Local Institution Recruiting
Budapest, Hungary, 1145
Contact: Site 079            
Local Institution Not yet recruiting
Gyula, Hungary, 5700
Contact: Site 201            
Local Institution Recruiting
Miskolc, Hungary, 3526
Contact: Site 200            
Local Institution Recruiting
Szekesfehervar, Hungary, H-8000
Contact: Site 080            
Italy
Local Institution Recruiting
Forli, Italy, 47100
Contact: Site 076            
Local Institution Not yet recruiting
Milano, Italy, I-20132
Contact: Site 074            
Local Institution Not yet recruiting
Napoli, Italy, 80131
Contact: Site 075            
Local Institution Recruiting
Siena, Italy, 53100
Contact: Site 073            
Local Institution Not yet recruiting
Terni, Italy, 05100
Contact: Site 216            
Mexico
Local Institution Recruiting
Mexico, Distrito Federal, Mexico, 07760
Contact: Site 182            
Local Institution Recruiting
Mexico City, Distrito Federal, Mexico, 06726
Contact: Site 089            
Local Institution Recruiting
Tlalpan, Distrito Federal, Mexico, 14080
Contact: Site 088            
Local Institution Not yet recruiting
Huixquilucan, Estado De Mexico, Mexico, 52763
Contact: Site 087            
Local Institution Recruiting
Guadalajara, Jalisco, Mexico, 44280
Contact: Site 167            
Local Institution Recruiting
Zapopan, Jalisco, Mexico, 45150
Contact: Site 086            
Local Institution Recruiting
Mexico, Queretaro, Mexico, 76200
Contact: Site 184            
Local Institution Recruiting
San Luis Potosi, Mexico, 78240
Contact: Site 093            
Netherlands
Local Institution Recruiting
Amsterdam, Netherlands, 1081HV
Contact: Site 016            
Local Institution Recruiting
Sittard-Geleen, Netherlands, 6162 BG
Contact: Site 037            
Norway
Local Institution Recruiting
Kristiansand, Norway, 4604
Contact: Site 176            
Local Institution Recruiting
Oslo, Norway, 0450
Contact: Site 177            
Peru
Local Institution Not yet recruiting
Lima, Peru, 11
Contact: Site 002            
Local Institution Not yet recruiting
Lima, Peru, LIMA 11
Contact: Site 003            
Local Institution Not yet recruiting
Lima, Peru, 34
Contact: Site 001            
Poland
Local Institution Recruiting
Gdansk, Poland, 80-402
Contact: Site 107            
Local Institution Recruiting
Koscierzyna, Poland, 83-400
Contact: Site 163            
Local Institution Recruiting
Krakow, Poland, 30-017
Contact: Site 133            
Local Institution Recruiting
Kutno, Poland, 99-300
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Sponsors and Collaborators

Bristol-Myers Squibb

Investigators

Study Director: Bristol-Myers Squibb Bristol-Myers Squibb

Additional Study Information:   http://www.researchforprostatecancer.com

Onde o câncer da próstata mata mais?


Há uma polêmica entre médicos e entre associações nacionais de medicina de diferentes países. Essa polêmica vinha crescendo, mas teve um incremento extraordinário com a publicação, na Grã-Bretanha, de um trabalho afirmando que uma percentagem bem elevada dos ingleses que são diagnosticados com câncer da próstata acabam morrendo deste câncer, exatamente o contrário do que afirma a medicina dominante nos Estados Unidos, segundo a qual “muitos viveriam com câncer da próstata, mas poucos morreriam dele”


Os americanos são acusados de usar e abusar dos exames de PSA e de tratarem mais pacientes do que é necessário. Com isso, provocariam efeitos secundários sérios, como uma percentagem alta de impotência, outra de incontinência (menos freqüente e duradoura) etc. Os médicos americanos da “linha dura” não querem arriscar a ter mais pacientes mortos além daqueles que não conseguem mesmo salvar.

Uma lembrança aritmética: a percentagem aumenta se aumentarmos o numerador e também aumenta se diminuirmos o denominador. Os americanos afirmam que a taxa deles é mais baixa porque tratam mais e de maneira mais radical e muito europeus dizem que isso é falacioso, que as taxas americanas são artificialmente mais baixas do que as européias porque há muitos casos que, na Europa, não entrariam na estatística dos que tinham câncer (o denominador) e que nos Estados Unidos entram. Exemplo: um idoso de mais de 75, com um PSA na área cinza e nenhum outro indicador não seria biopsiado e não entraria nas estatísticas européias; nos Estados Unidos seria biopsiado e se algum câncer fosse encontrado seria tratado e entraria nas estatísticas dos “salvos”.

Os perigos são claros:

  1. tratar quem não precisa e vai morrer de outras causas devido à idade avançada e/ou a co-morbidades (outras doenças), criando medo e ansiedade, reduzindo a qualidade da vida, desnecessariamente, ou, do outro lado,
  2. não tratar, aconselhar ao “watchful waiting”, que muitos pacientes redefinem como “não são cancerosos”, deixando de tratar e curar ou postergar a morte por muitos anos de muitos pacientes.

As estatísticas brasileiras nos dão números que geram uma taxa de mortalidade de 38%, melhor que a da Europa do Sul e a da Europa do Norte. Mas nossas estatísticas – tanto de quem tem o câncer quanto de quem morre dele – são muito, mas muito deficientes. Eu não levo em consideração as estimativas para o Brasil.

GLÁUCIO SOARES

IESP/UERJ 

Onde os pacientes morrem mais?


Há uma polêmica entre médicos e entre associações nacionais de medicina de diferentes países. Essa polêmica vinha crescendo, mas teve um incremento extraordinário com a publicação, na Grã-Bretanha, de um trabalho afirmando que uma percentagem bem elevada dos ingleses que são diagnosticados com câncer da próstata acabam morrendo deste câncer, exatamente o contrário do que afirma a medicina dominante nos Estados Unidos, segundo a qual “muitos viveriam com câncer da próstata, mas poucos morreriam dele”

Os americanos são acusados de usar e abusar dos exames de PSA e de tratarem mais pacientes do que é necessário. Com isso, provocariam efeitos secundários sérios, como uma percentagem alta de impotência, outra de incontinência (menos freqüente e duradoura) etc. Os médicos americanos da “linha dura” não querem arriscar a ter mais pacientes mortos além daqueles que não conseguem mesmo salvar.

Uma lembrança aritmética: a percentagem aumenta se aumentarmos o numerador e também aumenta se diminuirmos o denominador. Os americanos afirmam que a taxa deles é mais baixa porque tratam mais e de maneira mais radical e muito europeus dizem que isso é falacioso, que as taxas americanas são artificialmente mais baixas do que as européias porque há muitos casos que, na Europa, não entrariam na estatística dos que tinham câncer (o denominador) e que nos Estados Unidos entram. Exemplo: um idoso de mais de 75, com um PSA na área cinza e nenhum outro indicador não seria biopsiado e não entraria nas estatísticas européias; nos Estados Unidos seria biopsiado e se algum câncer fosse encontrado seria tratado e entraria nas estatísticas dos “salvos”.

Os perigos são claros:

  1. tratar quem não precisa e vai morrer de outras causas devido à idade avançada e/ou a co-morbidades (outras doenças), criando medo e ansiedade, reduzindo a qualidade da vida, desnecessariamente, ou, do outro lado,
  2. não tratar, aconselhar ao “watchful waiting”, que muitos pacientes redefinem como “não são cancerosos”, deixando de tratar e curar ou postergar a morte por muitos anos de muitos pacientes.

As estatísticas brasileiras nos dão números que geram uma taxa de mortalidade de 38%, melhor que a da Europa do Sul e a da Europa do Norte. Mas nossas estatísticas – tanto de quem tem o câncer quanto de quem morre dele – são muito, mas muito deficientes. Eu não levo em consideração as estimativas para o Brasil.


 

GLÁUCIO SOARES

IESP/UERJ

O tratamento (anti)hormonal juntamente com a radiação salva vidas

O leitor tem visto como a opinião médica varia: entre médicos, no tempo, de lugar para lugar. Houve muitas publicações críticas do tratamento (anti)hormonal, em boa parte devido à combinação entre efeitos colaterais e duração dos benefícios.

Agora surgiu um trabalho que apóia o uso do tratamento (anti)hormonal em combinação com a radiação. Seis meses desse tratamento aumentam muito a sobrevivência em comparação com a radiação isoladamente. Um resultado que não deve ser esquecido é que essa pesquisa sugere que um tratamento de duração limitada – seis meses – produz efeitos tão bons quanto um tratamento mais extenso e demorado, com a duração de dois ou três anos. E, claro, os efeitos colaterais também duram menos.

O que faz esse tratamento? Reduz ou zera a produção de hormônios masculinos que são o alimento predileto dos cânceres da próstata.

Onde e como foi feita a pesquisa? Foi feita na Nova Zelândia e dirigida pelo Dr. Lamb, da Universidade de Otago. A pesquisa distribuiu um total de 802 pacientes que tinham um câncer da próstata localizado e avançado. Um grupo fez radioterapia; outro radioterapia mais três meses de tratamento (anti)hormonal e um terceiro aumentou esse tratamento para seis meses.


Acompanharam esses pacientes, na média, 10,6 anos – bastante.

Os resultados são mais do que sugestivos:

  • O grupo submetido a terapia (anti)hormonal muito curta (três meses) não se diferenciou do grupo sem essa terapia;
  • No grupo submetido a terapia (anti)hormonal de seis meses 11% morreram do câncer, a metade da percentagem (22%) dos que só fizeram radiação;
  • No que concerne mortes por outras causas, há uma ligeira vantagem para o grupo que combinou as duas terapias;
  • No total, morreram 43% do grupo que somente fez radiação e 29% do grupo que combinou os tratamentos;
  • Nos dois grupos a grande maioria (78% num caso e 89% no outro) não morreram do câncer da próstata.

As taxas relativamente altas de mortalidade geral entre pacientes de câncer da próstata quando o acompanhamento é longo (como esse, mais de dez anos na média) são esperadas porque a grande maioria dos pacientes é diagnosticada após os sessenta anos. Trata-se de uma população de idosos que, câncer ou não câncer, tem uma sobrevivência muito menor do que uma população jovem.

Um conhecido oncólogo, Anthony D’Amico, comentou essa pesquisa afirmando que esses resultados são semelhantes aos encontrados por ele.

E os efeitos colaterais? São conhecidos, os mesmos encontrados em outras pesquisas, sendo os problemas cardíacos os mais perigosos.

ESCRITO POR GLÁUCIO SOARES COM BASE EM DIVULGAÇÃO DOS RESULTADOS

Será que o Avodart pode retardar alguns cancers?


A disputa sobre o Avodart é antiga. Vários artigos sugeriam um benefício. Mas tinham um problema de origem: o autor de quase todos, Andreole, tem vínculos conhecidos e admitidos publicamente com a empresa que o fabrica, a GlaxoSmithKline.

Outros estudos apareceram, demonstrando que o medicamento baixava “artificialmente” o PSA. Dificultava a expressão do PSA, mas não tocava no câncer. Ora, o que se quer curar é o câncer e não o PSA…

Surgiram mais estudos recentes sugerindo que o Avodart, afinal de contas, tem um efeito positivo. O Avodart era usado para tratar próstatas artificialmente grandes e não o câncer. O que “surgiu” é que o Avodart desacelera o câncer. Uma implicação, dependendo da idade e estado geral de saúde do paciente, é tornar desnecessários procedimentos de diagnósticos e curativos que sejam caros e dolorosos. Os pacientes, com o câncer crescendo mais lentamente, podem “ficar de olho” na doença sem uma intervenção imediata.

Há uma clara diferença entre os Estados Unidos e vários países europeus no caminho a seguir. Os americanos têm um receio tão grande do câncer que 80% exigem tratamentos imediatos e radicais.

Já na Europa a maioria opta por acompanhar a doença e só tratar se adoecerem claramente. Muitos pacientes vivem muito e morrem de outras causas sem qualquer tratamento para o câncer. Dois medicamentos, Avodart e Proscar, ajudam a impedir o câncer – os que seguem esse tratamento têm perto de 20% de probabilidade a menos de desenvolvê-lo.

Em que essa pesquisa difere das anteriores? Neil Fleshner da University Health Network and Princess Margaret Hospital em Toronto diz que o Avodart dificulta o progresso da doença. A pesquisa estudou trezentos cancerosos de baixo risco, confirmados por uma biopsia. Receberam Avodart ou placebo diariamente durante um ano e meio ou três anos. O câncer piorou em 38% dos pacientes tomando Avodart e em 49% dos que tomaram o placebo. Foram feitas novas biópsias que em 36% dos pacientes que tomaram Avodart não encontraram nenhum câncer (o que não quer dizer que não estivesse lá) e em 23% dos que tomaram um placebo.

Avodart e Proscar têm efeitos colaterais. A pílula de Avodart custa perto de quatro dólares e a genérica de Proscar perto de dois.


 

GLÁUCIO SOARES


 

Outro que resistiu mais de vinte anos ao câncer da próstata


Eugene Goldwasser era um bioquímico da Universidade de Chicago que nos interessa por duas razões. A primeira é que seu grupo de pesquisas isolou uma proteína que deu início à biotecnologia e à indústria biotecnológica; a segunda é que ele enfrentou um câncer da próstata por mais de duas décadas.

O câncer metastizou para os rins, que pararam de funcionar. Viu-se diante de uma escolha: fazer diálise e um regime severíssimo, ou se entregar. Decidiu se entregar e foi para um lugar onde as pessoas terminam seus dias com o mínimo de dor e desconforto. O nome desses estabelecimentos, em Inglês, pode levar a erro – hospice – nada tem a ver com hospício. Faleceu depois de algum tempo, aos 88 anos.

A diálise foi um dos subprodutos da criação de Goldwasser e seu time. Durante a Guerra Fria, trabalhou na cura das doenças associadas à exposição à radiação. Encontrou e purificou a EPO, um hormônio produzido pelos rins, EPO (erythropoietin). Hoje, o EPO, modificada pela Engenharia Genética, é usado para curar anemia nas diálises e em pacientes de câncer.

A Universidade de Chicago bobeou e nunca patenteou a descoberta de Goldwasser. A indústria bioquímica faturou alto em cima dela.

O câncer da próstata também mata os ricos e famosos


O câncer da próstata pode matar e nem os ricos e famosos estão imunes. Há pouco noticiei que Dennis Hopper, conhecido ator, estava morrendo de câncer e, infelizmente, numa batalha judicial com a ex-mulher. Ele acaba de morrer em casa, na Califórnia.

Hopper estrelou em muitos, muitos filmes. Alguns dos mais conhecidos foram Easy Rider e Rebelde sem Causa (em 1955), que celebrizou James Dean.

Hopper não se entregou fácil. Lutou durante muitos, muitos anos.

Vacina contra vários cânceres

Uma empresa denominada Immunovaccine Inc. está selecionando pacientes para um clinical trial, ainda na Fase I, de uma vacina contra diferentes tipos de câncer (na mama, nos ovários e na próstata) chamada DPX-0907. O objetivo dessa etapa é garantir que a vacina é segura e não causa sérios efeitos colaterais. Outros objetivos incluem averiguar quais as dosagens adequadas e uma espiada inicial na resposta do sistema imune. Ela inclui uma delivery platform, que se refere à maneira pela qual a vacina é aplicada, chamada de DepoVax. São duas coisas diferentes: a plataforma que pode ser ajustada, calibrada e usada por outras vacinas e a vacina em si.

Caso os resultados sejam bons, a empresa tentará registrar e licenciar a plataforma e investigar mais a fundo (com experimentos nas Fases II e III) a vacina.

A DPX-0907 reúne vários antígenos, que são combinados e introduzidos nessa plataforma. Como sempre, o objetivo é matar células cancerosas sem afetar as saudáveis. Usa sete peptídeos antígenos que estão (ou estariam) presentes na membrana das células de cânceres da mama, dos ovários e da próstata. É usada de maneira liofilizada (congelada e seca).

O experimento será feito em lugares diferentes, inicialmente com apenas 24 pacientes com cânceres avançados, mas ainda não com metástases extensas. Não é fácil conseguir ser um desses pacientes, particularmente se o(a) paciente for tratado(a) fora de centros de renome mundial, parte da rede usada pelos pesquisadores.

A utilidade é óbvia. O câncer da mama matou perto de quarenta mil mulheres somente nos Estados Unidos e o seu tratamento custou mais de oito bilhões de dólares somente naquele país. O câncer dos ovários é agressivo – com alta taxa de mortalidade porque raramente é descoberto cedo. Mata cerca de 15 mil americanas cada ano e seu tratamento consome outros 2,2 bilhões de dólares. O câncer de próstata é o mais comum entre os homens – um em seis o terá, perto de 200 mil somente nos Estados Unidos e, desses, 13% morrerão da doença naquele país. Em outros países, inclusive desenvolvidos e industrializados, a percentagem dos que morrem é mais elevada.

Para mais informações sobre a plataforma e a vacina, buscar em www.imvaccine.com

Uma vacina contra três cânceres

Uma empresa denominada Immunovaccine Inc. está selecionando pacientes para um clinical trial, ainda na Fase I, de uma vacina contra diferentes tipos de câncer (na mama, nos ovários e na próstata) chamada DPX-0907. O objetivo dessa etapa é garantir que a vacina é segura e não causa sérios efeitos colaterais. Outros objetivos incluem averiguar quais as dosagens adequadas e uma espiada inicial na resposta do sistema imune. Ela inclui uma delivery platform, que se refere à maneira pela qual a vacina é aplicada, chamada de DepoVax. São duas coisas diferentes: a plataforma que pode ser ajustada, calibrada e usada por outras vacinas e a vacina em si.

Caso os resultados sejam bons, a empresa tentará registrar e licenciar a plataforma e investigar mais a fundo (com experimentos nas Fases II e III) a vacina.

A DPX-0907 reúne vários antígenos, que são combinados e introduzidos nessa plataforma. Como sempre, o objetivo é matar células cancerosas sem afetar as saudáveis. Usa sete peptídeos antígenos que estão (ou estariam) presentes na membrana das células de cânceres da mama, dos ovários e da próstata. É usada de maneira liofilizada (congelada e seca).

O experimento será feito em lugares diferentes, inicialmente com apenas 24 pacientes com cânceres avançados, mas ainda não com metástases extensas. Não é fácil conseguir ser um desses pacientes, particularmente se o(a) paciente for tratado(a) fora de centros de renome mundial, parte da rede usada pelos pesquisadores.

A utilidade é óbvia. O câncer da mama mata anualmente perto de quarenta mil mulheres somente nos Estados Unidos e o seu tratamento custou mais de oito bilhões de dólares – somente naquele país. O câncer dos ovários é agressivo – com alta taxa de mortalidade porque raramente é descoberto cedo. Mata cerca de 15 mil americanas cada ano e seu tratamento consome outros 2,2 bilhões de dólares. O câncer de próstata é o mais comum entre os homens – um em seis o terá, perto de 200 mil somente nos Estados Unidos e, desses, 13% morrerão da doença naquele país. Em outros países, inclusive desenvolvidos e industrializados, a percentagem dos que morrem é mais elevada.

Para mais informações sobre a plataforma e a vacina, buscar em www.imvaccine.com

Informação para um paciente com câncer avançado

Para quem já esgotou os benefícios da terapia hormonal e da químio há dois medicamentos recentes que ampliam a sobrevivência: Provenge (sipuleucel-T), fabricado pela Dendreon e acetato de abiraterona, agora nas mãos da Johnson. Provenge aumentou a sobrevivência aos três anos em 40% – 32% vs. 24% do grupo placebo, o que dá uma diferença de 4,1 meses. Não é muito mas, levando em consideração nossa idade e o estágio da doença tudo é lucro. A Dendreon, se bem me lembro, está fazendo testes abertos a pessoas com esse câncer em estágios diferentes. Convém dar uma olhada no site.

http://www.dendreon.com/

Para tal um conhecimento mínimo de busca na internet e um conhecimento de leitura em Inglês são indispensáveis. Se não souber, busque quem saiba. Perca a vergonha – afinal é o aumento da sua sobrevivência que está em jogo.

Quem chega nos estágios avançados e não tem sintomas, particularmente dores, tem sorte dentro do azar. A maioria tem metástase nos ossos, que é muito dolorosa.

O acetato de abiraterona já pode ser receitado em alguns lugares da Europa. Também é questão de buscar. O ganho na sobrevivência é maior, embora esteja longe do oba-oba que a mídia lhe atribuiu.

Nenhum dos dois é “cura”. Estamos falando de aumentar a sobrevivência e de atingir o objetivo que é não morrer por causa desta besta, mas de outra causa – morrer com o câncer da próstata, mas não por causa dele.

Informação para um paciente com câncer avançado


Para quem já esgotou os benefícios da terapia hormonal e da químio há dois medicamentos recentes que ampliam a sobrevivência: Provenge (sipuleucel-T), fabricado pela Dendreon e acetato de abiraterona, agora nas mãos da Johnson. Provenge aumentou a sobrevivência aos três anos em 40% – 32% vs. 24% do grupo placebo, o que dá uma diferença de 4,1 meses. Não é muito mas, levando em consideração nossa idade e o estágio da doença tudo é lucro. A Dendreon, se bem me lembro, está fazendo testes abertos a pessoas com esse câncer em estágios diferentes. Convém dar uma olhada no site.

http://www.dendreon.com/

Para tal um conhecimento mínimo de busca na internet e um conhecimento de leitura em Inglês são indispensáveis. Se não souber, busque quem saiba. Perca a vergonha – afinal é o aumento da sua sobrevivência que está em jogo.

Quem chega nos estágios avançados e não tem sintomas, particularmente dores, tem sorte dentro do azar. A maioria tem metástase nos ossos, que é muito dolorosa.

O acetato de abiraterona já pode ser receitado em alguns lugares da Europa. Também é questão de buscar. O ganho na sobrevivência é maior, embora esteja longe do oba-oba que a mídia lhe atribuiu.

Nenhum dos dois é “cura”. Estamos falando de aumentar a sobrevivência e de atingir o objetivo que é não morrer por causa desta besta, mas de outra causa – morrer com o câncer da próstata, mas não por causa dele.

Ouro e calor contra câncer

Há uma nova perspective no tratamento de cânceres que, na minha opinião, é promissor. O primeiro passo consiste em injetar nano partículas de ouro nos pacientes. Essas nano partículas são preparadas de maneira a procurar as células cancerosas e grudar nelas. A partir daí há diferentes caminhos para atacar o câncer. Uma consiste em derramar seu conteúdo dentro das células cancerosas. Esse conteúdo usualmente é tóxico e mata as células. O outro está sendo testado na Washington University em St. Louis. Essa universidade é especialmente querida por mim porque foi lá onde me doutorei. Esse caminho também congrega as nano partículas ao redor das células cancerosas, se possível “grudando-as” nelas, usando depois uma terapia fotodinâmica. Um laser é dirigido para essas partículas, iniciando uma terapia fototérmica. O laser esquenta o ouro e esse aumento na temperatura é o suficiente para matar as células cancerosas. Um dos pesquisadores se chama Michael J. Welch.

Mas há problemas. O principal deles talvez seja o fato de que nosso sistema imune percebe as nano partículas como invasoras e as ataca. Os pesquisadores banharam as partículas numa substância chamada PEG que não é toxica. A PEG “engana” o sistema imune por um tempo, o suficiente para as nano partículas identificarem as células cancerosas e furarem em suas paredes, alojando-se parcialmente no seu interior. Posteriormente, o laser as aquece e a elevação da temperatura mata as células cancerosas.

Essa promissora terapia continua a ser desenvolvida, tendo recebido uma dotação de pouco mais de dois milhões de dólares do National Cancer Institute. Reiterando informação que veiculei anteriormente, essa dotação equivale a 0,004% do custo de construção do porta aviões Ronald Reagan. Para ser equânime,  o Aerolula, que é o avião presidencial de luxo comprado em 2005 pelo governo Lula custou US$ 56,7 milhões, custou o equivalente a 26,6 pesquisas desse tipo.

A vez e a hora do mamão?

Pesquisadores da Universidade da Flórida e no Japão, publicaram um artigo no Journal of Ethnopharmacology que documenta as propriedades anti-câncer do mamão. Não obstante, não é exatamente o mamão que foi estudado, mas a papaya que, nos supermercados americanos, se refere a uma fruta com volume bem menor do que o mamão; além disso, eram as folhas e não a fruta que provocaram esse efeito desejado. Os pesquisadores testaram as propriedades de um chá de folhas de papaya sobre células de diversos cânceres – mama, fígado, pulmão, pâncreas etc. – e os efeitos foram maiores quando essas células receberam quantidades maiores do chá. Nam Dang e associados argumentaram que o chá estimula a produção de moléculas sinalizadoras chamadas de citokinos Th-1 que regulam o sistema imune.

A consulta com o Dr. Meyers

A van, Ford 1993, equipada para acampar é confortável e agradável. É fácil de dirigir, exceto inicialmente, nos momentos em que tive que dar marcha à ré.
Entre a beleza do inverno e a preocupação da almaAs estradas pequenas, no inverno são bonitas. Infelizmente, a comida de beira de estrada é…a comida de beira de estrada. O estomago e o intestino sofrem durante a viagem e a dieta vai para o brejo.</span>
O estado de espírito de quem tem uma doença incurável e está indo a um médico deve variar muito. Eu consegui curtir parcialmente a viagem, mas ia com esperança. Na clínica, durante todo o tempo que passei lá (umas três horas) vi apenas um ou dois pacientes. Já deu para ver o grau de apreensão em um deles, fiel e importantemente acompanhado pela esposa ou companheira.
Mas não dá para para não curtir (um pouquinho, pelo menos) o visual de estradas pequenas, cercadas de árvores, no meio da neve.

Estrada e mais estrada

A chegada mostra uma casinha simpática, simples, com estacionamento para poucos carros. Não é uma operação industrial. Feita, como tantas casas (e universidades) americanas, de tijolinho aparente.


A chegada é marcada por uma placa simples. Depois de quase três dias na van (rebatizada de school bus) pelo meu filho, foi um alívio chegar ao lugar certo.

As estradas pequenas são mais bonitas

Aqui dentro vi um tipo de atendimento ao paciente muito diferente do usado nos Estados Unidos onde somos primeiro recebidos por uma enfermeira, que pesa, tira a pressão, temperatura etcx. Um primeiro e importante cuidado – a pressão é tirada duas vezes, além do que a enfermeira pergunta se essa é a pressão habitual. Ela mostra consciência da chamada “white coat syndrome”: a pressão aumenta na presença de médicos etc. Estava lá por 180, na segunda por 160 e eu aduzi que poderia reduzí-la em outros vinte pontos.
Visitei o AIDP no dia anterior, turbinado pela insegurança de não me perder, chegar atrazado, essas coisas. Uma das secretárias estava preparando o meu dossier. Quando cheguei no dia seguinte vi um senhor baixo, sem gordura para mostrar, de cabelos brancos estudando uns records que eu sabia serem os meus.

Perto, estradas menores, mais curvas e mais beleza

O Dr. Meyers é simpático, agradável. Me tratou com o respeito de quem tem uma doença grave, considerada incurável, que ele também teve ou tem.
Muitos dos suplementos que eu usava ele desaconselhou porque não confiava no fabricante. Traçou um plano de ação que consistia em me preparar para uma terapia hormonal(que deveria ser chamada de anti-hormonal) porque ela tem muitos efeitos colaterais. Há uma diferença em relação ao procedimento habitual, que consiste em iniciar a terapia e aconselhar o paciente a tomar essas e aquelas medidas: ela prepara o paciente e depois inicia a terapia – nos casos em que é possível esperar um pouco. É onde estou e é minha responsabilidade atingir as metas marcadas, ajudado por muitos remédios, mas com compromisso com uma dieta mediterrânea e muito exercício.

O AIDP - uma casinha desprentensiosa com estacionamento para poucos carros

Dr. Meyers me convenceu de algumas coisas, particularmente de que a relação custo/benefício da terapia hormonal pode ser menor e precisa de especificação. A duração do efeito dos tratamentos varia muito e varia de acordo com a doença do paciente e os procedimentos adotados anteriormente.
Os famosos 18 meses de atuação se referem com a próstata, metástase generalizada e que ainda tem a próstata. Análise patológica mostra que metade do crescimento do câncer depois da terapia se inicia na próstata. Nos casos em que houve metástase para os nódulos linfáticos e houve prostatectomia o efeito dura dez anos em 50% a 95% dos casos, dependendo do estudo e da publicação. No caso dos que preservaram a próstata em metade dos casos a terapia hormonal fracassa aos 7-8 anos.
Nos pacientes com metástase generalizada e com sintomas, o efeito é reduzido: em metade dos casos a doença volta a crescer em 8 a 9 meses.
A lição: dependendo do paciente, a duração dos benefícios da terapia hormonal varia de menos de oito a nove meses a mais de dez anos.
Continuarei relatando essa experiência para beneficiar o leitor. Porém, estou preocupado com um grande número de  leitores com acesso à internet mas sem capacidade analítica e com um nível educacional muito baixo. Pediria a cada um dos pacientes mais informados e seus familiares que divulgassem o conhecimento que adquiriram (rão) aqui e em outras fontes entre os que não conseguem entender o que escrevemos.

A placa que garante que chegamos ao lugar certo

Ir ao Dr. Meyers não sai barato. Ele não aceita o seguro tradicional do Medicare (tem um contrato de não aceitação) e custa 350 dólares por cada meia hora. Minha entrevista durou duas horas e o custo total foi de mil e quatrocentos dólares. Uma viagem que eu planejava foi para o espaço. Valeu a pena.


Meu próprio tratamento

Meu próprio tratamento

A consulta com dois médicos do Memorial Sloan-Kettering Cancer Center trouxe poucas novidades. O tratamento hormonal seria mais eficiente se iniciado logo após a volta do PSA, há 7 anos.  Agora, ele tem, segundo o Dr. Kempel, benefícios modestos e efeitos colaterais igualmente modestos, que podem ser reduzidos com outros medicamentos.

Fazer ou não fazer não é a questão. Fazer ou não fazer agora é a questão. Uma vez iniciado, posso fazê-lo no Brasil e, inicialmente, seria Casodex e, pouco tempo depois, Lupron. Dr. Kempel prefere o tratamento intermitente – que é suspenso quando o PSA atinge um nível suficientemente baixo e recomeçado quando ele atinge um nível mais alto, predeterminado. Todos os tratamentos hormonais, intermitentes ou não, perdem o efeito após algum tempo. Todos podem ser substituídos por outros, com ingredientes diferentes, mas cada novo remédio tem efeito geralmente bem menor do que o anterior.

A decisão de não iniciá-lo agora foi minha, mas Kempel estava claramente de acordo. Farei exames cada quatro meses. Ele deseja que eu faça exames de imagens – cíntolografia e tomografia computarizada (CT). Farei, mas gostaria de postergá-los porque raramente mostram alguma coisa nesse nível e a descarga radioativa da CT é muito alta. Não obstante, localizar cedo os principais focos tem suas vantagens.

Kempel claramente gostou dos meus indicadores não relacionados ao câncer. Posso melhorar bastante em alguns deles, mas isso requer ter um estilo de vida regular, dieta mais estrita e exercícios mais freqüentes e regulares.

Esse é o panorama. Dia 6 terei uma segunda opinião, do Dr. Meyers, que também foi diagnosticado com câncer da próstata. Funciona mais no estilo brasileiro (não trabalha em um grande hospital) e coloca mais ênfase em dieta e em exercícios.

Fechando, para mim essa é tanto uma questão psicológica quanto oncológica. Em não muito tempo, um novo estilo de vida, bem mais reduzido, vida mais limitada, vai começar. Tenho que me preparar para isso.

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Prof. Glaúcio e demais do grupo:

Meu médico, Dr. Luis Bruno, de Porto Alegre, RS, adotou comigo o mesmo tratamento do Dr.Kempel: depois do Casodex diário e de ampolas de Zoladex injetáveis na barriga a cada 3 meses, ou seja, depois do tratamento hormonal definimos uma nova ação: observação tão somente. Após os primeiros seis meses sem o hormonio, ao fazer os exames habituais de sangue,  mais cintilografia óssea, tomografia e ecografia, ele verificou que o câncer tinha andado mais devagar do que enquanto eu tomava o hormonio, meu PSA atualmente em torno de 7. Vamos ver o que vai acontecer daqui para a frente. Eu fiquei bem otimista com os resultados deste procedimento porque o hormonio me traz crescimento de mamilos (e eu já fizera uma cirurgia plástica que resolveu em boa parte a ginecomastia…) e especialmente porque eu voltei e ter ereções e  relações sexuais satisfatórias.
Eu acredito MUITO que a dieta alimentar saudável e os exercícios físicos periódicos que repercutem diretamente na qualidade de vida influenciam diretamente nos resultados de qualquer  tratamento ou da observação porque, afinal de contas, morrer todos vamos. Que morramos então com qualidade de uma vida mais longa e mais feliz!
DESEJO-LHE e  a  todos do grupo,  sob a sua rica liderança, boas festas e um Ano Novo com muita harmonia e muita paz.
Abraços,
João A.

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Obrigado João.

Meu tratamento é similar. Depois de um “conceituado” (???) médico de Porto Alegre, em agosto de 2006, ter dito que “no seu caso, nada há a fazer”. Estou com três casodez diários e com zoladez de 30 em 30 dias, como o PSA em 2,7 (em agosto/2006 estava em 50).
Feliz Natal a todos e um ano novo repleto de vida.
Abraços
Sergio

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Oi Gláucio,

Entendi e concordo com sua decisão. Gostaria apenas de comentar a perspectiva que você sugeriu sobre o novo estilo de vida que você tem pela frente. Por que você acha que esse novo estilo de vida é mais reduzido e limitado? Vejamos. Talvez porque, ao exigir de você um foco maior na sua existência integrada (com corpo e tudo, duro para um intelectual linha dura) ele implique numa nova etapa de aprendizado. Deve ser esquisito para alguém que nem se lembra de como era sentar-se para ouvir alguém que tenha qualquer coisa digna de se aprender. Não é, não?

Pois é, é duro: agora tem que sentar e aprender. O raiva pior é que não é nem com um terceiro, o que já em si seria surrealista no seu caso, mas com alguém de quem você não deve ter se dignado a aprender ainda: você mesmo.

Pior! Isso toma tempo! E uma nova disciplina! Uma que você também não deve lembrar mais, certo? Porque disciplina para cumprir prazo na entrega de relatório e projeto é bico – para quem faz isso há décadas. Disciplina para cumprir uma agenda intelectual e desenvolver um argumento monográfico idem. Mas e disciplina para re-adquirir habilidades perdidas? Para aprender novas formas de existir corporalmente no mundo? Duro, né?

Não vamos brincar de gente com medo de morrer porque já somos grandes o suficiente para saber que Deus, ou os Deuses, existem. E viver é um processo que se passa entre aparecer aqui em forma de gente e desaparecer – entre nascer e morrer. Sempre, todos, caminhamos para a morte. Por definição, a morte é um momento em que nos DESintegramos nesta forma, nesta configuração, para nos integrar em outra.

Nossas sociedades confundem tudo e nos propõem ficar se desintegrando ao longo do processo, o que é tudo de errado. Muito pelo contrário, temos que lutar para reter aquele estado primordial de integração e ao mesmo tempo adquirir saberes e habilidades (em geral, perdemos um para ganhar os outros). Para que? Para viver com plenitude. Só vivendo com plenitude é que se cumpre a misteriosa missão de percorrer o trajeto entre aparecer aqui e desaparecer aqui (e aparecer “lá”??… sei lá).

Mas meu amor, viver com plenitude não é viver limitado nem reduzido. É viver AMPLIADO. Concordo que vai ser um porre para você, pelo menos no começo. Mas se você adotar uma postura meditativa e espiritual sobre o alimento que ingere, sobre a consciência de seu corpo de vocação motriz, o que você estará fazendo é ampliar em muito os seus horizontes. Não há nada de limitado em ser consicente e focado nesta mágica relação com o que está fora de nossos corpos: o ato de se alimentar. Isso é “dieta”.

Mudar de paradigma na sua prática corporal, então… engrandece o seu ser terreno. Não limita. Bem, não precisa acreditar, mas o fato é que em pouco tempo de uma mudança de paradigma corporal, seu corpo se lilberta das limitações (o inverso do sentido da sua frase).

Quem sabe nisso eu ajudo, hein?…

beijos e bem-vindo à nova jornada em direção ao desconhecido. Wow!

love

Marilia

Células T fabricadas para matar células cancerosas

Richard Junghans afirma que as células T são máquinas de matar. Elas localizam e matam víruses. A dificuldade é fazer com que elas identifiquem as células cancerosas como inimigas e as matem, sem matar as células normais, saudáveis. Elas são atraídas pelas PSMA’s das células cancerosas.

O que é isso?

É um antígeno na membrana das células cancerosas.

O modelo é complexo. O uso da quimioterapia, segundo os pesquisadores, cria um vazio hematológico no qual essas “designer” células T se multiplicam até cem vezes.

O tratamento está sendo desenvolvido, começando com dois pacientes muito avançados. As células T foram injetadas neles, juntamente com uma dose baixa de interleukin-2. Em, aproximadamente, um mês, o PSA baixou 50% num paciente e 75% no outro. Usualmente, o próximo passo seria um teste clínico mais amplo para definir dosagens e confirmar a utilidade através de marcadores (baixa do PSA de tantos % ou mais; aumento da sobrevivência geral, aumento da sobrevivência específica em relação ao câncer da próstata etc.). Se tudo continuar dando certo, teremos que esperar alguns anos até que o tratamento esteja disponível.

Trabalho apresentado ao 100º Encontro Anual da AACR.