Arquivo da categoria: câncer de próstata – Sobrevivência média
Um dia num centro avançado de tratamento do câncer
Fui, hoje, ao Sloan Kettering. Parece que o tratamento anti-hormonal está fazendo efeito. Eu sei que é só por algum tempo (a mediana está entre 18 e 24 meses). Depois o PSA volta a crescer, indicando tendência semelhante do câncer. Eu tinha dois nódulos no pulmão, que provocaram duas hipóteses:
-
não eram cânceres porque mudavam muito devagar ou
-
Eram e eu resistia bem.
Eles desapareceram do CT scan, o que sugere que já eram metástases. Mais duas hipóteses: o câncer já tinha metástase e era mais agressivo do que pensávamos, mas o tratamento está funcionando. Como, se não estivesse, sobrariam menos opções (e menos tempo de vida), o resultado foi bom.
O médico está preocupado com meus ossos, que estão enfraquecendo, devido ao tratamento. Era esperado. Porém, acha que não posso tomar remédio para isso agora por causa dos implantes – só mais tarde. O tratamento preventivo, com denosumab, será começado em seis meses. Enquanto isso, tenho que malhar muito, e continuar a tomar doses altas de vitamina D3 e ter uma exposição diária, se possível, ao sol. Lembro que, nesse momento, esse problema não deriva do câncer e sim do tratamento.
Na conversa com meu médico, levantei o problema de pesquisa recente que conclui que o uso de terapia intermitente não é aconselhado para pessoas cujo câncer NÃO estiver MUITO avançado. É o meu caso. Ele deixa a decisão nas mãos dos pacientes, como acho que deve ser. Porém, agrega que a pesquisa, até agora, é um resumo apresentado numa conferencia e que quando o artigo/relatório inteiro for publicado e submetido às críticas do mundo profissional, as conclusões podem mudar e os conselhos também.
Nessa altura, alguns leitores podem estar perguntando: qual a diferença entre os dois tipos de tratamento?
O contínuo e o intermitente, inicialmente, são iguais. As primeiras doses e os espaços entre elas são definidos da mesma maneira. Porém, na versão intermitente, após umas doses se define uma linha, usualmente um valor do PSA, que provoca o reinício do tratamento. É uma linha arbitrária. Uns definem o valor a partir do PSA que o paciente apresentava no início do tratamento (a mais freqüente é a metade). O meu PSA era 22 e fração; de acordo com essa vertente, eu não tomaria as injeções de Lupron enquanto meu PSA estivesse abaixo de 11. A grande vantagem da intermitente é que a quantidade de acetato de luprolide colocada dentro do paciente é muito menor e os efeitos colaterais também. A qualidade da vida é mais alta.
O médico tinha uma observação fria e ponderada: os pacientes que decidirem “shave off some months from their life expectancy, Will have a better quality of life.”
Shave off….
Tomei uma dose cavalar de Lupron hoje, para só voltar em seis meses.
Esse é mais um capítulo da história da minha luta contra o câncer. E vamos em frente!
O teste PCA3 – a pedidos
Para saber mais sobre o PCA3 teste, leia (em Inglês)
http://www.prostate-cancer.org/pcricms/node/122
Muitos hospitais e laboratórios oferecem o teste.
Um laboratório perto de onde eu trabalhava (longe de ser o único ou de ser considerado o melhor, mas perto dos parques de recreação, tipo Disney):
4600 S.W. 46th Court, Suite 160
Ocala, Florida 34474
Toll Free: (352) 861-2296
Toll Free: (866) 301-0960
Fax: (352) 671-2737
Eu me trato no Memorial Sloan Kettering Cancer Center em Nova Iorque
um abraço e boa sorte
Gláucio Soares
Testes melhores para o câncer da próstata
Os testes atuais para detectar o câncer da próstata são bons, mas podem ser muito melhores. O melhor que se usa é o PSA. Porém, o PSA produz aproximadamente quinze por cento de falsos negativos. O que é isso? O teste é interpretado como negativo, ou seja, o paciente não tem câncer, mas de fato tem. Os erros são maiores do lado positivo: há falsos positivos cerca de 50% até 75% dos casos, dependendo da definição. Falso positivo? O teste indica câncer, o paciente é diagnosticado como tal, mas não tem câncer.
Não é “só” um erro. O diagnóstico de câncer é uma porrada. Muitos pacientes perdem o controle emocional, ficam traumatizados. Esses pacientes pagam um alto preço pela imperfeição do teste.
Está sendo testado um teste que usa a urina em dois hospitais de Cleveland e um de Boston. É chamado de PSA/SIA. O atual teste de PSA nos diz quanto PSA circula no sangue do paciente. O PSA/SAI informa a respeito de muitas mudanças na proteína que chamamos de PSA. Ele consegue diferenciar a estrutura molecular de um PSA canceroso daquela de um PSA normal, saudável. Além de informar se o paciente está no nível em que o câncer é provável, informa também se ele é agressivo. São informações importantes para recomendar um tratamento ou outro. Nos diz qual o nível do câncer. Se for um nível alto, a despeito de uma quantidade ainda moderada sendo produzida, pode ser aconselhável fazer logo uma cirurgia.
Um primeiro teste com 222 homens produziu uma sensitividade de cem por cento (não há falsos negativos – se o resultado for negativo, o paciente não tem câncer e pronto).
E a especificidade? Esse teste permite quantos falsos positivos? Comparativamente poucos: vinte por cento de falsos positivos, muito menos do que o teste de PSA.
Esse teste não deve eliminar o de PSA, nem o toque retal. O uso de vários testes reduz os erros.
Você pode obter muitas informações em vídeos da equipe dirigida pelo Dr. David Samadi:
New Study On Prostate Cancer Screening Effectiveness http://www.youtube.com/watch?v=KFH1XFgoziQ
Comparing Prostate Cancer Treatment Options – Robotic Surgery Vs. Watchful Waiting
http://www.youtube.com/watch?v=9dC4T9JAJss
Outro Link: Smart-Surgery.com
FONTE: RoboticOncology.com
GLÁUCIO SOARES IESP-UERJ
var _gaq = _gaq || [];
_gaq.push([‘_setAccount’, ‘UA-25519738-1’]);
_gaq.push([‘_trackPageview’]);
(function() {
var ga = document.createElement(‘script’); ga.type = ‘text/javascript’; ga.async = true;
ga.src = (‘https:’ == document.location.protocol ? ‘https://ssl’ : ‘http://www’) + ‘.google-analytics.com/ga.js’;
var s = document.getElementsByTagName(‘script’)[0]; s.parentNode.insertBefore(ga, s);
})();
Experimento sobre cancer da próstata avançado que inclui locais no Brasil
Temos poucas oportunidades de participar em pesquisas Fase III. Essa é uma. Se perderem tempo podem perder a oportunidade. Não tenho mais informações, mas ha um endereço eletrônico no fim deste post onde podem buscar.
Gláucio Soares
Phase 3 Study of Immunotherapy in Advanced Prostate Cancer
This study is currently recruiting participants
The purpose of this study is to determine if patients with metastatic prostate cancer who have not received chemotherapy live longer when treated with ipilimumab than those treated with a placebo.
Study Type: Interventional
Study Design:
Allocation: Randomized
Endpoint Classification: Efficacy Study
Intervention Model: Parallel Assignment
Masking: Double Blind (Subject, Caregiver, Investigator, Outcomes Assessor)
Primary Purpose: Treatment
Phase 3 Study of Immunotherapy to Treat Advanced Prostate Cancer
This study is currently recruiting participants.
Verified on January 2011 by Bristol-Myers Squibb
First Received on January 26, 2010. Last Updated on August 3, 2011 History of Changes
Sponsor: |
Bristol-Myers Squibb | |
Information provided by: |
Bristol-Myers Squibb | |
ClinicalTrials.gov Identifier: |
NCT01057810 |
Purpose
The purpose of this study is to determine if patients with metastatic prostate cancer who have not received chemotherapy live longer when treated with ipilimumab than those treated with a placebo
Prostate Cancer | Drug: Ipilimumab Drug: Placebo |
Phase III |
Study Type: | Interventional | |
Study Design: | Allocation: Randomized Endpoint Classification: Efficacy Study Intervention Model: Parallel Assignment Masking: Double Blind (Subject, Caregiver, Investigator, Outcomes Assessor) Primary Purpose: Treatment |
Locations
United States, Alaska | |
Alaska Clinical Research Center, Llc | Recruiting |
Anchorage, Alaska, United States, 99508 | |
Contact: William R Clark, Site 141 907-267-1455 | |
United States, Arizona | |
Pinnacle Oncology Hematology | Recruiting |
Scottsdale, Arizona, United States, 85258 | |
Contact: David S Mendelson, Site 036 | |
Arizona Cancer Center | Recruiting |
Tucson, Arizona, United States, 85724 | |
Contact: Frederick Ahmann, Site 137 520-626-8096 | |
United States, California | |
Local Institution | Not yet recruiting |
Los Angeles, California, United States, 90048 | |
Contact: Site 213 | |
Prostate Oncology Specialists, Inc. | Recruiting |
Marina Del Rey, California, United States, 90292 | |
Contact: Mark Scholz, Site 071 310-827-7707 | |
Local Institution | Not yet recruiting |
Palm Springs, California, United States, 92262 | |
Contact: Site 180 | |
Desert Hematology Oncology | Recruiting |
Rancho Mirage, California, United States, 92270 | |
Contact: Luke P Dreisbach, Site 138 760-568-3613 | |
Southern California Permanente Medical Group | Recruiting |
San Diego, California, United States, 92108 | |
Contact: Jonathan Polikoff, Site 115 619-641-2675 | |
Pacific Hematology Oncology Associates | Recruiting |
San Francisco, California, United States, 94115 | |
Contact: Ari David Baron, Site 077 | |
United States, Colorado | |
Local Institution | Not yet recruiting |
Aurora, Colorado, United States, 80045 | |
Contact: Site 126 | |
United States, District of Columbia | |
George Washington University | Recruiting |
Washington, District of Columbia, United States, 20037 | |
Contact: Robert S. Siegel, Site 169 | |
United States, Florida | |
Lynn Cancer Institute Center For Hematology-Oncology | Recruiting |
Boca Raton, Florida, United States, 33486 | |
Contact: Lloyd D Berkowitz, Site 175 561-955-6613 | |
University Of Florida | Recruiting |
Gainesville, Florida, United States, 32610 | |
Contact: Long H. Dang, Site 157 352-273-9168 | |
Baptist Cancer Institute | Recruiting |
Jacksonville, Florida, United States, 32207 | |
Contact: Troy H. Guthrie Jr., Site 158 904-202-7051 | |
Local Institution | Not yet recruiting |
Miami Beach, Florida, United States, 33140 | |
Contact: Site 203 | |
Md Anderson Can Ctr Orlando | Recruiting |
Orlando, Florida, United States, 32806 | |
Contact: Julio Hajdenberg, Site 112 321-841-1075 | |
Hematology Oncology Associates Of The Treasure Coast | Recruiting |
Port St. Lucie, Florida, United States, 34952 | |
Contact: Nicholas O. Iannotti, Site 105 772-408-5159 | |
United States, Georgia | |
Georgia Cancer Specialists | Recruiting |
Atlanta, Georgia, United States, 30341 | |
Contact: Mansoor N Saleh, Site 049 770-496-9403 | |
Theresa Coleman, Md | Recruiting |
Augusta, Georgia, United States, 30912 | |
Contact: Teresa Coleman, Site 082 706-721-2505 | |
Suburban Hematology/Oncology Associates, Pc | Recruiting |
Lawrenceville, Georgia, United States, 30046 | |
Contact: Aldemar Montero, Site 147 678-533-1567 | |
United States, Hawaii | |
Straub Clinic And Hospital | Recruiting |
Honolulu, Hawaii, United States, 96813 | |
Contact: Ian Okazaki, Site 160 | |
United States, Illinois | |
University Of Chicago | Recruiting |
Chicago, Illinois, United States, 60637 | |
Contact: Russell Szmulewitz, Site 085 773-834-5137 | |
Cancer Care Specialists Of Central Illinois | Recruiting |
Decatur, Illinois, United States, 62526 | |
Contact: James Lloyd Wade, Iii, Site 056 217-876-4760 | |
Loyola University Chicago | Recruiting |
Maywood, Illinois, United States, 60153 | |
Contact: Ellen Gaynor, Site 183 708-327-3101 | |
United States, Indiana | |
Indiana University Health | Recruiting |
Goshen, Indiana, United States, 46526 | |
Contact: Ebenezer Kio, Site 027 574-535-2888 | |
United States, Kansas | |
Hutchinson Clinic, Pa | Recruiting |
Hutchinson, Kansas, United States, 67502 | |
Contact: Fadi Estephan, Site 054 620-694-2053 | |
Colmery-O’Neil Va Medical Center | Recruiting |
Topeka, Kansas, United States, 66622 | |
Contact: Ace Allen, Site 196 | |
Cancer Center Of Kansas | Recruiting |
Wichita, Kansas, United States, 67214 | |
Contact: Shaker R Dakhil, Site 178 316-262-4467 | |
United States, Maine | |
Maine Center For Cancer Medicine | Recruiting |
Scarborough, Maine, United States, 04074 | |
Contact: Frederick R. Aronson, Site 171 207-396-7600 | |
United States, Maryland | |
Local Institution | Not yet recruiting |
Baltimore, Maryland, United States, 21201 | |
Contact: Site 083 | |
Sidney Kimmel Comprehensive Cancer Center At Johns Hopkins | Recruiting |
Batlimore, Maryland, United States, 21231 | |
Contact: Charles Drake, Site 181 | |
United States, Minnesota | |
Mayo Clinic | Recruiting |
Rochester, Minnesota, United States, 55905 | |
Contact: Eugene D Kwon, Site 057 507-284-5365 | |
United States, Missouri | |
Ellis Fischel Cancer Center | Recruiting |
Columbia, Missouri, United States, 65203 | |
Contact: Michael C. Perry, Site 069 573-882-4979 | |
Kansas City Veterans Affairs Medical Center | Recruiting |
Kansas City, Missouri, United States, 64128 | |
Contact: Peter J. Van Veldhuizen, Site 173 816-861-4700 ext 56775 | |
United States, Nevada | |
Nevada Cancer Institute | Recruiting |
Las Vegas, Nevada, United States, 89135 | |
Contact: Oscar Goodman Jr., Site 067 702-822-5433 | |
United States, New Jersey | |
The John Theurer Cancer Center | Recruiting |
Hackensack, New Jersey, United States, 07601 | |
Contact: Robert Alter, Site 142 | |
United States, New York | |
Montefiore Medical Center | Recruiting |
Bronx, New York, United States, 10461 | |
Contact: Sanjay Goel, Site 050 718-920-6193 | |
North Shore Hematology/Oncology Associates, P.C. | Recruiting |
East Setauket, New York, United States, 11733 | |
Contact: Noshir Dacosta, Site 055 631-751-3000 | |
Goshen Medical Associates | Recruiting |
Goshen, New York, United States, 10924 | |
Contact: William Cieplinski, Site 092 845-294-8888 | |
Stony Brook University Medical Center | Recruiting |
Stony Brook, New York, United States, 11794 | |
Contact: Shenhong Wu, Site 048 | |
Syracuse Va Medical Center | Recruiting |
Syracuse, New York, United States, 13210 | |
Contact: Ajeet Gajra, Site 127 315-425-3459 | |
Suny Upstate Medical University | Recruiting |
Syracuse, New York, United States, 13210 | |
Contact: Bernard Poiesz, Site 035 315-464-8253 | |
United States, North Carolina | |
Timothy S. Collins, Md | Recruiting |
Winston Salem, North Carolina, United States, 27103 | |
Contact: Timothy S. Collins, Site 156 336-277-8946 | |
United States, Oklahoma | |
Cancer Care Associates | Recruiting |
Tulsa, Oklahoma, United States, 74136 | |
Contact: Mark R. Olsen, Site 159 | |
United States, Oregon | |
Oregon Health And Science University | Recruiting |
Portland, Oregon, United States, 97239 | |
Contact: Tomasz Beer, Site 047 503-494-6179 | |
Kaiser Permanente Oncology/Hematology | Recruiting |
Portland, Oregon, United States, 97227 | |
Contact: Mark Urban Rarick, Site 114 503-249-3506 | |
United States, Pennsylvania | |
St Luke’S Hospital And Health Network | Recruiting |
Bethlehem, Pennsylvania, United States, 18015 | |
Contact: Sanjiv Agarwala, Site 139 610-954-2145 | |
United States, South Carolina | |
Local Institution | Not yet recruiting |
Greenville, South Carolina, United States, 29615 | |
Contact: Site 186 | |
Local Institution | Not yet recruiting |
Myrtle Beach, South Carolina, United States, 29572 | |
Contact: Site 197 | |
United States, Texas | |
Scott & White Memorial Hospital And Clinic | Recruiting |
Temple, Texas, United States, 76508 | |
Contact: Sherronda Moore Henderson, Site 148 254-724-5890 | |
United States, Utah | |
Utah Cancer Specialists | Recruiting |
Salt Lake City, Utah, United States, 84106 | |
Contact: W Graydon Harker, Site 140 801-281-6864 | |
United States, Washington | |
Providence Regional Medical Center Everett | Recruiting |
Everett, Washington, United States, 98201 | |
Contact: Peter Jiang, Site 096 425-297-5532 | |
Local Institution | Not yet recruiting |
Seattle, Washington, United States, 98109 | |
Contact: Site 070 | |
Wenatchee Valley Medical Center | Recruiting |
Wenatchee, Washington, United States, 98801 | |
Contact: Mitchell Garrison, Site 024 509-665-5800 | |
Argentina | |
Local Institution | Not yet recruiting |
Rosario, Santa Fe, Argentina, S2000DSV | |
Contact: Site 214 | |
Local Institution | Not yet recruiting |
Rosario, Santa Fe, Argentina, S2000DSK | |
Contact: Site 188 | |
Local Institution | Recruiting |
Buenos Aires, Argentina, 1120 | |
Contact: Site 090 | |
Local Institution | Recruiting |
Buenos Aires, Argentina, C1280AEB | |
Contact: Site 187 | |
Local Institution | Not yet recruiting |
Buenos Aires, Argentina, C1426BOS | |
Contact: Site 215 | |
Local Institution | Recruiting |
Cordoba, Argentina, X5000AAI | |
Contact: Site 154 | |
Local Institution | Recruiting |
La Rioja, Argentina, 5300 | |
Contact: Site 189 | |
Australia, New South Wales | |
Local Institution | Recruiting |
Kogarah, New South Wales, Australia, 2217 | |
Contact: Site 100 | |
Australia, South Australia | |
Local Institution | Recruiting |
Ashford, South Australia, Australia, 5035 | |
Contact: Site 043 | |
Australia, Victoria | |
Local Institution | Recruiting |
Box Hill, Victoria, Australia, 3128 | |
Contact: Site 044 | |
Local Institution | Recruiting |
East Bentleigh, Victoria, Australia, 3165 | |
Contact: Site 046 | |
Local Institution | Recruiting |
Frankston, Victoria, Australia, 3199 | |
Contact: Site 144 | |
Local Institution | Recruiting |
Heidelberg, Victoria, Australia, 3084 | |
Contact: Site 041 | |
Australia, Western Australia | |
Local Institution | Recruiting |
Subiaco, Western Australia, Australia, 6008 | |
Contact: Site 040 | |
Brazil | |
Local Institution | Recruiting |
Brasilia, Distrito Federal, Brazil, 72115 | |
Contact: Site 064 | |
Local Institution | Recruiting |
Belo Horizonte, Minas Gerais, Brazil, 30150 | |
Contact: Site 062 | |
Local Institution | Recruiting |
Belo Horizonte – Mg, Minas Gerais, Brazil, 31150 | |
Contact: Site 063 | |
Local Institution | Recruiting |
Ijui, Rio Grande Do Sul, Brazil, 98700 | |
Contact: Site 143 | |
Local Institution | Recruiting |
Porto Alegre, Rio Grande Do Sul, Brazil, 90430 | |
Contact: Site 065 | |
Local Institution | Not yet recruiting |
Rio De Janeiro, Brazil, 24033 | |
Contact: Site 136 | |
Canada, Alberta | |
Local Institution | Recruiting |
Edmonton, Alberta, Canada, T6G 1Z2 | |
Contact: Site 091 | |
Canada, Ontario | |
Local Institution | Recruiting |
Kingston, Ontario, Canada, K7L 3J7 | |
Contact: Site 122 | |
Canada, Quebec | |
Local Institution | Recruiting |
Montreal, Quebec, Canada, H2L 4M1 | |
Contact: Site 026 | |
Canada | |
Local Institution | Recruiting |
Quebec, Canada, G1R 2J6 | |
Contact: Site 025 | |
Chile | |
Local Institution | Recruiting |
Temuco, Araucania, Chile, 4810469 | |
Contact: Site 101 | |
Local Institution | Not yet recruiting |
Santiago, Metropolitana, Chile, 8380455 | |
Contact: Site 172 | |
Local Institution | Recruiting |
Santiago, Metropolitana, Chile, 7510032 | |
Contact: Site 104 | |
Local Institution | Recruiting |
Vina Del Mar, Valparaiso, Chile, 2540364 | |
Contact: Site 072 | |
Colombia | |
Local Institution | Not yet recruiting |
Monteria, Cordoba, Colombia | |
Contact: Site 211 | |
Local Institution | Not yet recruiting |
Bogota, Colombia | |
Contact: Site 004 | |
Local Institution | Not yet recruiting |
Bogota, Colombia | |
Contact: Site 212 | |
Local Institution | Recruiting |
Medellin, Colombia, MEDELLIN | |
Contact: Site 005 | |
Czech Republic | |
Local Institution | Recruiting |
Hradec Kralove, Czech Republic, 500 05 | |
Contact: Site 007 | |
Local Institution | Recruiting |
Liberec, Czech Republic, 460 63 | |
Contact: Site 006 | |
Local Institution | Recruiting |
Praha 5, Czech Republic, 150 30 | |
Contact: Site 162 | |
Local Institution | Not yet recruiting |
Praha 8, Czech Republic, 180 81 | |
Contact: Site 207 | |
Denmark | |
Local Institution | Recruiting |
Herlev, Denmark, 2730 | |
Contact: Site 094 | |
Local Institution | Recruiting |
Kobenhavn O, Denmark, 2100 | |
Contact: Site 123 | |
France | |
Local Institution | Recruiting |
Bordeaux, France, 33075 | |
Contact: Site 060 | |
Local Institution | Recruiting |
Clermont-Ferrand, France, 63000 | |
Contact: Site 199 | |
Local Institution | Recruiting |
Marseille Cedex 9, France, 13273 | |
Contact: Site 068 | |
Local Institution | Recruiting |
Pointe A Pitre, France, 97159 | |
Contact: Site 165 | |
Local Institution | Recruiting |
Poitiers, France, 86000 | |
Contact: Site 061 | |
Local Institution | Recruiting |
Villejuif Cedex, France, 94805 | |
Contact: Site 059 | |
Germany | |
Local Institution | Recruiting |
Aachen, Germany, 52074 | |
Contact: Site 205 | |
Local Institution | Recruiting |
Heidelberg, Germany, 69120 | |
Contact: Site 010 | |
Local Institution | Recruiting |
Marktredwitz, Germany, 95615 | |
Contact: Site 011 | |
Local Institution | Recruiting |
Munich, Germany, 81675 | |
Contact: Site 013 | |
Local Institution | Not yet recruiting |
Neuss, Germany, 41464 | |
Contact: Site 017 | |
Local Institution | Recruiting |
Wesel, Germany, 46483 | |
Contact: Site 012 | |
Greece | |
Local Institution | Not yet recruiting |
Athens, Greece, 115 28 | |
Contact: Site 185 | |
Hungary | |
Local Institution | Recruiting |
Budapest, Hungary, 1062 | |
Contact: Site 081 | |
Local Institution | Recruiting |
Budapest, Hungary, 1145 | |
Contact: Site 079 | |
Local Institution | Not yet recruiting |
Gyula, Hungary, 5700 | |
Contact: Site 201 | |
Local Institution | Recruiting |
Miskolc, Hungary, 3526 | |
Contact: Site 200 | |
Local Institution | Recruiting |
Szekesfehervar, Hungary, H-8000 | |
Contact: Site 080 | |
Italy | |
Local Institution | Recruiting |
Forli, Italy, 47100 | |
Contact: Site 076 | |
Local Institution | Not yet recruiting |
Milano, Italy, I-20132 | |
Contact: Site 074 | |
Local Institution | Not yet recruiting |
Napoli, Italy, 80131 | |
Contact: Site 075 | |
Local Institution | Recruiting |
Siena, Italy, 53100 | |
Contact: Site 073 | |
Local Institution | Not yet recruiting |
Terni, Italy, 05100 | |
Contact: Site 216 | |
Mexico | |
Local Institution | Recruiting |
Mexico, Distrito Federal, Mexico, 07760 | |
Contact: Site 182 | |
Local Institution | Recruiting |
Mexico City, Distrito Federal, Mexico, 06726 | |
Contact: Site 089 | |
Local Institution | Recruiting |
Tlalpan, Distrito Federal, Mexico, 14080 | |
Contact: Site 088 | |
Local Institution | Not yet recruiting |
Huixquilucan, Estado De Mexico, Mexico, 52763 | |
Contact: Site 087 | |
Local Institution | Recruiting |
Guadalajara, Jalisco, Mexico, 44280 | |
Contact: Site 167 | |
Local Institution | Recruiting |
Zapopan, Jalisco, Mexico, 45150 | |
Contact: Site 086 | |
Local Institution | Recruiting |
Mexico, Queretaro, Mexico, 76200 | |
Contact: Site 184 | |
Local Institution | Recruiting |
San Luis Potosi, Mexico, 78240 | |
Contact: Site 093 | |
Netherlands | |
Local Institution | Recruiting |
Amsterdam, Netherlands, 1081HV | |
Contact: Site 016 | |
Local Institution | Recruiting |
Sittard-Geleen, Netherlands, 6162 BG | |
Contact: Site 037 | |
Norway | |
Local Institution | Recruiting |
Kristiansand, Norway, 4604 | |
Contact: Site 176 | |
Local Institution | Recruiting |
Oslo, Norway, 0450 | |
Contact: Site 177 | |
Peru | |
Local Institution | Not yet recruiting |
Lima, Peru, 11 | |
Contact: Site 002 | |
Local Institution | Not yet recruiting |
Lima, Peru, LIMA 11 | |
Contact: Site 003 | |
Local Institution | Not yet recruiting |
Lima, Peru, 34 | |
Contact: Site 001 | |
Poland | |
Local Institution | Recruiting |
Gdansk, Poland, 80-402 | |
Contact: Site 107 | |
Local Institution | Recruiting |
Koscierzyna, Poland, 83-400 | |
Contact: Site 163 | |
Local Institution | Recruiting |
Krakow, Poland, 30-017 | |
Contact: Site 133 | |
Local Institution | Recruiting |
Kutno, Poland, 99-300 | |
Contact: Site 164 | |
Local Institution | Not yet recruiting |
Lublin, Poland, 20-090 | |
Contact: Site 210 | |
Local Institution | Not yet recruiting |
Poznan, Poland, 60-693 | |
Contact: Site 206 | |
Local Institution | Recruiting |
Slupsk, Poland, 76-200 | |
Contact: Site 145 | |
Puerto Rico | |
Local Institution | Terminated |
San Juan, Puerto Rico, 00921 | |
Romania | |
Local Institution | Not yet recruiting |
Bucharest, Romania, 011172 | |
Contact: Site 209 | |
Local Institution | Recruiting |
Bucuresti, Romania, 022328 | |
Contact: Site 102 | |
Local Institution | Not yet recruiting |
Cluj Napoca, Romania, 00124 | |
Contact: Site 208 | |
Local Institution | Not yet recruiting |
Cluj-Napoca, Cluj County, Romania, 400046 | |
Contact: Site 152 | |
Local Institution | Recruiting |
Timisoara,Timis County, Romania, 300376 | |
Contact: Site 151 | |
Spain | |
Local Institution | Recruiting |
Barcelona, Spain, 08036 | |
Contact: Site 023 | |
Local Institution | Recruiting |
Hospitalet De Llobregat, Spain, 08907 | |
Contact: Site 020 | |
Local Institution | Recruiting |
Madrid, Spain, 28040 | |
Contact: Site 022 | |
Local Institution | Recruiting |
Sevilla, Spain, 41071 | |
Contact: Site 021 | |
Local Institution | Recruiting |
Valencia, Spain, 46009 | |
Contact: Site 019 | |
Sweden | |
Local Institution | Recruiting |
Stockholm, Sweden, 171 76 | |
Contact: Site 095 | |
Local Institution | Recruiting |
Uppsala, Sweden, 751 85 | |
Contact: Site 125 | |
Local Institution | Recruiting |
Vaxjo, Sweden, 351 85 | |
Contact: Site 168 | |
Turkey | |
Local Institution | Recruiting |
Adana, Turkey, 01330 | |
Contact: Site 128 | |
Local Institution | Recruiting |
Bornova, Izmir, Turkey, 35100 | |
Contact: Site 078 | |
Local Institution | Recruiting |
Gaziantep, Turkey, 27310 | |
Contact: Site 130 | |
Local Institution | Recruiting |
Kocaeli, Turkey, 41400 | |
Contact: Site 051 | |
Local Institution | Recruiting |
Kocaeli, Turkey, 41380 | |
Contact: Site 150 | |
United Kingdom | |
Local Institution | Recruiting |
Glasgow, Lanarkshire, United Kingdom, G12 0YN | |
Contact: Site 009 | |
Local Institution | Recruiting |
Guildford, Surrey, United Kingdom, GU2 7WG | |
Contact: Site 109 | |
Local Institution | Recruiting |
Birmingham, West Midlands, United Kingdom, B9 5SS | |
Contact: Site 084 |
Sponsors and Collaborators
Bristol-Myers Squibb
Investigators
Study Director: | Bristol-Myers Squibb | Bristol-Myers Squibb |
Additional Study Information: http://www.researchforprostatecancer.com
Onde o câncer da próstata mata mais?
Há uma polêmica entre médicos e entre associações nacionais de medicina de diferentes países. Essa polêmica vinha crescendo, mas teve um incremento extraordinário com a publicação, na Grã-Bretanha, de um trabalho afirmando que uma percentagem bem elevada dos ingleses que são diagnosticados com câncer da próstata acabam morrendo deste câncer, exatamente o contrário do que afirma a medicina dominante nos Estados Unidos, segundo a qual “muitos viveriam com câncer da próstata, mas poucos morreriam dele”
Os americanos são acusados de usar e abusar dos exames de PSA e de tratarem mais pacientes do que é necessário. Com isso, provocariam efeitos secundários sérios, como uma percentagem alta de impotência, outra de incontinência (menos freqüente e duradoura) etc. Os médicos americanos da “linha dura” não querem arriscar a ter mais pacientes mortos além daqueles que não conseguem mesmo salvar.
Uma lembrança aritmética: a percentagem aumenta se aumentarmos o numerador e também aumenta se diminuirmos o denominador. Os americanos afirmam que a taxa deles é mais baixa porque tratam mais e de maneira mais radical e muito europeus dizem que isso é falacioso, que as taxas americanas são artificialmente mais baixas do que as européias porque há muitos casos que, na Europa, não entrariam na estatística dos que tinham câncer (o denominador) e que nos Estados Unidos entram. Exemplo: um idoso de mais de 75, com um PSA na área cinza e nenhum outro indicador não seria biopsiado e não entraria nas estatísticas européias; nos Estados Unidos seria biopsiado e se algum câncer fosse encontrado seria tratado e entraria nas estatísticas dos “salvos”.
Os perigos são claros:
- tratar quem não precisa e vai morrer de outras causas devido à idade avançada e/ou a co-morbidades (outras doenças), criando medo e ansiedade, reduzindo a qualidade da vida, desnecessariamente, ou, do outro lado,
- não tratar, aconselhar ao “watchful waiting”, que muitos pacientes redefinem como “não são cancerosos”, deixando de tratar e curar ou postergar a morte por muitos anos de muitos pacientes.
As estatísticas brasileiras nos dão números que geram uma taxa de mortalidade de 38%, melhor que a da Europa do Sul e a da Europa do Norte. Mas nossas estatísticas – tanto de quem tem o câncer quanto de quem morre dele – são muito, mas muito deficientes. Eu não levo em consideração as estimativas para o Brasil.
GLÁUCIO SOARES
IESP/UERJ
Onde os pacientes morrem mais?
Há uma polêmica entre médicos e entre associações nacionais de medicina de diferentes países. Essa polêmica vinha crescendo, mas teve um incremento extraordinário com a publicação, na Grã-Bretanha, de um trabalho afirmando que uma percentagem bem elevada dos ingleses que são diagnosticados com câncer da próstata acabam morrendo deste câncer, exatamente o contrário do que afirma a medicina dominante nos Estados Unidos, segundo a qual “muitos viveriam com câncer da próstata, mas poucos morreriam dele”
Os americanos são acusados de usar e abusar dos exames de PSA e de tratarem mais pacientes do que é necessário. Com isso, provocariam efeitos secundários sérios, como uma percentagem alta de impotência, outra de incontinência (menos freqüente e duradoura) etc. Os médicos americanos da “linha dura” não querem arriscar a ter mais pacientes mortos além daqueles que não conseguem mesmo salvar.
Uma lembrança aritmética: a percentagem aumenta se aumentarmos o numerador e também aumenta se diminuirmos o denominador. Os americanos afirmam que a taxa deles é mais baixa porque tratam mais e de maneira mais radical e muito europeus dizem que isso é falacioso, que as taxas americanas são artificialmente mais baixas do que as européias porque há muitos casos que, na Europa, não entrariam na estatística dos que tinham câncer (o denominador) e que nos Estados Unidos entram. Exemplo: um idoso de mais de 75, com um PSA na área cinza e nenhum outro indicador não seria biopsiado e não entraria nas estatísticas européias; nos Estados Unidos seria biopsiado e se algum câncer fosse encontrado seria tratado e entraria nas estatísticas dos “salvos”.
Os perigos são claros:
- tratar quem não precisa e vai morrer de outras causas devido à idade avançada e/ou a co-morbidades (outras doenças), criando medo e ansiedade, reduzindo a qualidade da vida, desnecessariamente, ou, do outro lado,
- não tratar, aconselhar ao “watchful waiting”, que muitos pacientes redefinem como “não são cancerosos”, deixando de tratar e curar ou postergar a morte por muitos anos de muitos pacientes.
As estatísticas brasileiras nos dão números que geram uma taxa de mortalidade de 38%, melhor que a da Europa do Sul e a da Europa do Norte. Mas nossas estatísticas – tanto de quem tem o câncer quanto de quem morre dele – são muito, mas muito deficientes. Eu não levo em consideração as estimativas para o Brasil.
GLÁUCIO SOARES
IESP/UERJ
O tratamento (anti)hormonal juntamente com a radiação salva vidas
O leitor tem visto como a opinião médica varia: entre médicos, no tempo, de lugar para lugar. Houve muitas publicações críticas do tratamento (anti)hormonal, em boa parte devido à combinação entre efeitos colaterais e duração dos benefícios.
Agora surgiu um trabalho que apóia o uso do tratamento (anti)hormonal em combinação com a radiação. Seis meses desse tratamento aumentam muito a sobrevivência em comparação com a radiação isoladamente. Um resultado que não deve ser esquecido é que essa pesquisa sugere que um tratamento de duração limitada – seis meses – produz efeitos tão bons quanto um tratamento mais extenso e demorado, com a duração de dois ou três anos. E, claro, os efeitos colaterais também duram menos.
O que faz esse tratamento? Reduz ou zera a produção de hormônios masculinos que são o alimento predileto dos cânceres da próstata.
Onde e como foi feita a pesquisa? Foi feita na Nova Zelândia e dirigida pelo Dr. Lamb, da Universidade de Otago. A pesquisa distribuiu um total de 802 pacientes que tinham um câncer da próstata localizado e avançado. Um grupo fez radioterapia; outro radioterapia mais três meses de tratamento (anti)hormonal e um terceiro aumentou esse tratamento para seis meses.
Acompanharam esses pacientes, na média, 10,6 anos – bastante.
Os resultados são mais do que sugestivos:
- O grupo submetido a terapia (anti)hormonal muito curta (três meses) não se diferenciou do grupo sem essa terapia;
- No grupo submetido a terapia (anti)hormonal de seis meses 11% morreram do câncer, a metade da percentagem (22%) dos que só fizeram radiação;
- No que concerne mortes por outras causas, há uma ligeira vantagem para o grupo que combinou as duas terapias;
- No total, morreram 43% do grupo que somente fez radiação e 29% do grupo que combinou os tratamentos;
- Nos dois grupos a grande maioria (78% num caso e 89% no outro) não morreram do câncer da próstata.
As taxas relativamente altas de mortalidade geral entre pacientes de câncer da próstata quando o acompanhamento é longo (como esse, mais de dez anos na média) são esperadas porque a grande maioria dos pacientes é diagnosticada após os sessenta anos. Trata-se de uma população de idosos que, câncer ou não câncer, tem uma sobrevivência muito menor do que uma população jovem.
Um conhecido oncólogo, Anthony D’Amico, comentou essa pesquisa afirmando que esses resultados são semelhantes aos encontrados por ele.
E os efeitos colaterais? São conhecidos, os mesmos encontrados em outras pesquisas, sendo os problemas cardíacos os mais perigosos.
ESCRITO POR GLÁUCIO SOARES COM BASE EM DIVULGAÇÃO DOS RESULTADOS
Será que o Avodart pode retardar alguns cancers?
A disputa sobre o Avodart é antiga. Vários artigos sugeriam um benefício. Mas tinham um problema de origem: o autor de quase todos, Andreole, tem vínculos conhecidos e admitidos publicamente com a empresa que o fabrica, a GlaxoSmithKline.
Outros estudos apareceram, demonstrando que o medicamento baixava “artificialmente” o PSA. Dificultava a expressão do PSA, mas não tocava no câncer. Ora, o que se quer curar é o câncer e não o PSA…
Surgiram mais estudos recentes sugerindo que o Avodart, afinal de contas, tem um efeito positivo. O Avodart era usado para tratar próstatas artificialmente grandes e não o câncer. O que “surgiu” é que o Avodart desacelera o câncer. Uma implicação, dependendo da idade e estado geral de saúde do paciente, é tornar desnecessários procedimentos de diagnósticos e curativos que sejam caros e dolorosos. Os pacientes, com o câncer crescendo mais lentamente, podem “ficar de olho” na doença sem uma intervenção imediata.
Há uma clara diferença entre os Estados Unidos e vários países europeus no caminho a seguir. Os americanos têm um receio tão grande do câncer que 80% exigem tratamentos imediatos e radicais.
Já na Europa a maioria opta por acompanhar a doença e só tratar se adoecerem claramente. Muitos pacientes vivem muito e morrem de outras causas sem qualquer tratamento para o câncer. Dois medicamentos, Avodart e Proscar, ajudam a impedir o câncer – os que seguem esse tratamento têm perto de 20% de probabilidade a menos de desenvolvê-lo.
Em que essa pesquisa difere das anteriores? Neil Fleshner da University Health Network and Princess Margaret Hospital em Toronto diz que o Avodart dificulta o progresso da doença. A pesquisa estudou trezentos cancerosos de baixo risco, confirmados por uma biopsia. Receberam Avodart ou placebo diariamente durante um ano e meio ou três anos. O câncer piorou em 38% dos pacientes tomando Avodart e em 49% dos que tomaram o placebo. Foram feitas novas biópsias que em 36% dos pacientes que tomaram Avodart não encontraram nenhum câncer (o que não quer dizer que não estivesse lá) e em 23% dos que tomaram um placebo.
Avodart e Proscar têm efeitos colaterais. A pílula de Avodart custa perto de quatro dólares e a genérica de Proscar perto de dois.
GLÁUCIO SOARES
Outro que resistiu mais de vinte anos ao câncer da próstata
Eugene Goldwasser era um bioquímico da Universidade de Chicago que nos interessa por duas razões. A primeira é que seu grupo de pesquisas isolou uma proteína que deu início à biotecnologia e à indústria biotecnológica; a segunda é que ele enfrentou um câncer da próstata por mais de duas décadas.
O câncer metastizou para os rins, que pararam de funcionar. Viu-se diante de uma escolha: fazer diálise e um regime severíssimo, ou se entregar. Decidiu se entregar e foi para um lugar onde as pessoas terminam seus dias com o mínimo de dor e desconforto. O nome desses estabelecimentos, em Inglês, pode levar a erro – hospice – nada tem a ver com hospício. Faleceu depois de algum tempo, aos 88 anos.
A diálise foi um dos subprodutos da criação de Goldwasser e seu time. Durante a Guerra Fria, trabalhou na cura das doenças associadas à exposição à radiação. Encontrou e purificou a EPO, um hormônio produzido pelos rins, EPO (erythropoietin). Hoje, o EPO, modificada pela Engenharia Genética, é usado para curar anemia nas diálises e em pacientes de câncer.
A Universidade de Chicago bobeou e nunca patenteou a descoberta de Goldwasser. A indústria bioquímica faturou alto em cima dela.
O câncer da próstata também mata os ricos e famosos
O câncer da próstata pode matar e nem os ricos e famosos estão imunes. Há pouco noticiei que Dennis Hopper, conhecido ator, estava morrendo de câncer e, infelizmente, numa batalha judicial com a ex-mulher. Ele acaba de morrer em casa, na Califórnia.
Hopper estrelou em muitos, muitos filmes. Alguns dos mais conhecidos foram Easy Rider e Rebelde sem Causa (em 1955), que celebrizou James Dean.
Hopper não se entregou fácil. Lutou durante muitos, muitos anos.
Vacina contra vários cânceres
Uma empresa denominada Immunovaccine Inc. está selecionando pacientes para um clinical trial, ainda na Fase I, de uma vacina contra diferentes tipos de câncer (na mama, nos ovários e na próstata) chamada DPX-0907. O objetivo dessa etapa é garantir que a vacina é segura e não causa sérios efeitos colaterais. Outros objetivos incluem averiguar quais as dosagens adequadas e uma espiada inicial na resposta do sistema imune. Ela inclui uma delivery platform, que se refere à maneira pela qual a vacina é aplicada, chamada de DepoVax. São duas coisas diferentes: a plataforma que pode ser ajustada, calibrada e usada por outras vacinas e a vacina em si.
Caso os resultados sejam bons, a empresa tentará registrar e licenciar a plataforma e investigar mais a fundo (com experimentos nas Fases II e III) a vacina.
A DPX-0907 reúne vários antígenos, que são combinados e introduzidos nessa plataforma. Como sempre, o objetivo é matar células cancerosas sem afetar as saudáveis. Usa sete peptídeos antígenos que estão (ou estariam) presentes na membrana das células de cânceres da mama, dos ovários e da próstata. É usada de maneira liofilizada (congelada e seca).
O experimento será feito em lugares diferentes, inicialmente com apenas 24 pacientes com cânceres avançados, mas ainda não com metástases extensas. Não é fácil conseguir ser um desses pacientes, particularmente se o(a) paciente for tratado(a) fora de centros de renome mundial, parte da rede usada pelos pesquisadores.
A utilidade é óbvia. O câncer da mama matou perto de quarenta mil mulheres somente nos Estados Unidos e o seu tratamento custou mais de oito bilhões de dólares somente naquele país. O câncer dos ovários é agressivo – com alta taxa de mortalidade porque raramente é descoberto cedo. Mata cerca de 15 mil americanas cada ano e seu tratamento consome outros 2,2 bilhões de dólares. O câncer de próstata é o mais comum entre os homens – um em seis o terá, perto de 200 mil somente nos Estados Unidos e, desses, 13% morrerão da doença naquele país. Em outros países, inclusive desenvolvidos e industrializados, a percentagem dos que morrem é mais elevada.
Para mais informações sobre a plataforma e a vacina, buscar em www.imvaccine.com
Uma vacina contra três cânceres
Uma empresa denominada Immunovaccine Inc. está selecionando pacientes para um clinical trial, ainda na Fase I, de uma vacina contra diferentes tipos de câncer (na mama, nos ovários e na próstata) chamada DPX-0907. O objetivo dessa etapa é garantir que a vacina é segura e não causa sérios efeitos colaterais. Outros objetivos incluem averiguar quais as dosagens adequadas e uma espiada inicial na resposta do sistema imune. Ela inclui uma delivery platform, que se refere à maneira pela qual a vacina é aplicada, chamada de DepoVax. São duas coisas diferentes: a plataforma que pode ser ajustada, calibrada e usada por outras vacinas e a vacina em si.
Caso os resultados sejam bons, a empresa tentará registrar e licenciar a plataforma e investigar mais a fundo (com experimentos nas Fases II e III) a vacina.
A DPX-0907 reúne vários antígenos, que são combinados e introduzidos nessa plataforma. Como sempre, o objetivo é matar células cancerosas sem afetar as saudáveis. Usa sete peptídeos antígenos que estão (ou estariam) presentes na membrana das células de cânceres da mama, dos ovários e da próstata. É usada de maneira liofilizada (congelada e seca).
O experimento será feito em lugares diferentes, inicialmente com apenas 24 pacientes com cânceres avançados, mas ainda não com metástases extensas. Não é fácil conseguir ser um desses pacientes, particularmente se o(a) paciente for tratado(a) fora de centros de renome mundial, parte da rede usada pelos pesquisadores.
A utilidade é óbvia. O câncer da mama mata anualmente perto de quarenta mil mulheres somente nos Estados Unidos e o seu tratamento custou mais de oito bilhões de dólares – somente naquele país. O câncer dos ovários é agressivo – com alta taxa de mortalidade porque raramente é descoberto cedo. Mata cerca de 15 mil americanas cada ano e seu tratamento consome outros 2,2 bilhões de dólares. O câncer de próstata é o mais comum entre os homens – um em seis o terá, perto de 200 mil somente nos Estados Unidos e, desses, 13% morrerão da doença naquele país. Em outros países, inclusive desenvolvidos e industrializados, a percentagem dos que morrem é mais elevada.
Para mais informações sobre a plataforma e a vacina, buscar em www.imvaccine.com
Informação para um paciente com câncer avançado
Para quem já esgotou os benefícios da terapia hormonal e da químio há dois medicamentos recentes que ampliam a sobrevivência: Provenge (sipuleucel-T), fabricado pela Dendreon e acetato de abiraterona, agora nas mãos da Johnson. Provenge aumentou a sobrevivência aos três anos em 40% – 32% vs. 24% do grupo placebo, o que dá uma diferença de 4,1 meses. Não é muito mas, levando em consideração nossa idade e o estágio da doença tudo é lucro. A Dendreon, se bem me lembro, está fazendo testes abertos a pessoas com esse câncer em estágios diferentes. Convém dar uma olhada no site.
Para tal um conhecimento mínimo de busca na internet e um conhecimento de leitura em Inglês são indispensáveis. Se não souber, busque quem saiba. Perca a vergonha – afinal é o aumento da sua sobrevivência que está em jogo.
Quem chega nos estágios avançados e não tem sintomas, particularmente dores, tem sorte dentro do azar. A maioria tem metástase nos ossos, que é muito dolorosa.
O acetato de abiraterona já pode ser receitado em alguns lugares da Europa. Também é questão de buscar. O ganho na sobrevivência é maior, embora esteja longe do oba-oba que a mídia lhe atribuiu.
Nenhum dos dois é “cura”. Estamos falando de aumentar a sobrevivência e de atingir o objetivo que é não morrer por causa desta besta, mas de outra causa – morrer com o câncer da próstata, mas não por causa dele.
Informação para um paciente com câncer avançado
Para quem já esgotou os benefícios da terapia hormonal e da químio há dois medicamentos recentes que ampliam a sobrevivência: Provenge (sipuleucel-T), fabricado pela Dendreon e acetato de abiraterona, agora nas mãos da Johnson. Provenge aumentou a sobrevivência aos três anos em 40% – 32% vs. 24% do grupo placebo, o que dá uma diferença de 4,1 meses. Não é muito mas, levando em consideração nossa idade e o estágio da doença tudo é lucro. A Dendreon, se bem me lembro, está fazendo testes abertos a pessoas com esse câncer em estágios diferentes. Convém dar uma olhada no site.
http://www.dendreon.com/
Para tal um conhecimento mínimo de busca na internet e um conhecimento de leitura em Inglês são indispensáveis. Se não souber, busque quem saiba. Perca a vergonha – afinal é o aumento da sua sobrevivência que está em jogo.
Quem chega nos estágios avançados e não tem sintomas, particularmente dores, tem sorte dentro do azar. A maioria tem metástase nos ossos, que é muito dolorosa.
O acetato de abiraterona já pode ser receitado em alguns lugares da Europa. Também é questão de buscar. O ganho na sobrevivência é maior, embora esteja longe do oba-oba que a mídia lhe atribuiu.
Nenhum dos dois é “cura”. Estamos falando de aumentar a sobrevivência e de atingir o objetivo que é não morrer por causa desta besta, mas de outra causa – morrer com o câncer da próstata, mas não por causa dele.
Ouro e calor contra câncer
Há uma nova perspective no tratamento de cânceres que, na minha opinião, é promissor. O primeiro passo consiste em injetar nano partículas de ouro nos pacientes. Essas nano partículas são preparadas de maneira a procurar as células cancerosas e grudar nelas. A partir daí há diferentes caminhos para atacar o câncer. Uma consiste em derramar seu conteúdo dentro das células cancerosas. Esse conteúdo usualmente é tóxico e mata as células. O outro está sendo testado na Washington University em St. Louis. Essa universidade é especialmente querida por mim porque foi lá onde me doutorei. Esse caminho também congrega as nano partículas ao redor das células cancerosas, se possível “grudando-as” nelas, usando depois uma terapia fotodinâmica. Um laser é dirigido para essas partículas, iniciando uma terapia fototérmica. O laser esquenta o ouro e esse aumento na temperatura é o suficiente para matar as células cancerosas. Um dos pesquisadores se chama Michael J. Welch.
Mas há problemas. O principal deles talvez seja o fato de que nosso sistema imune percebe as nano partículas como invasoras e as ataca. Os pesquisadores banharam as partículas numa substância chamada PEG que não é toxica. A PEG “engana” o sistema imune por um tempo, o suficiente para as nano partículas identificarem as células cancerosas e furarem em suas paredes, alojando-se parcialmente no seu interior. Posteriormente, o laser as aquece e a elevação da temperatura mata as células cancerosas.
Essa promissora terapia continua a ser desenvolvida, tendo recebido uma dotação de pouco mais de dois milhões de dólares do National Cancer Institute. Reiterando informação que veiculei anteriormente, essa dotação equivale a 0,004% do custo de construção do porta aviões Ronald Reagan. Para ser equânime, o Aerolula, que é o avião presidencial de luxo comprado em 2005 pelo governo Lula custou US$ 56,7 milhões, custou o equivalente a 26,6 pesquisas desse tipo.
A vez e a hora do mamão?
Pesquisadores da Universidade da Flórida e no Japão, publicaram um artigo no Journal of Ethnopharmacology que documenta as propriedades anti-câncer do mamão. Não obstante, não é exatamente o mamão que foi estudado, mas a papaya que, nos supermercados americanos, se refere a uma fruta com volume bem menor do que o mamão; além disso, eram as folhas e não a fruta que provocaram esse efeito desejado. Os pesquisadores testaram as propriedades de um chá de folhas de papaya sobre células de diversos cânceres – mama, fígado, pulmão, pâncreas etc. – e os efeitos foram maiores quando essas células receberam quantidades maiores do chá. Nam Dang e associados argumentaram que o chá estimula a produção de moléculas sinalizadoras chamadas de citokinos Th-1 que regulam o sistema imune.
A consulta com o Dr. Meyers
A van, Ford 1993, equipada para acampar é confortável e agradável. É fácil de dirigir, exceto inicialmente, nos momentos em que tive que dar marcha à ré.
As estradas pequenas, no inverno são bonitas. Infelizmente, a comida de beira de estrada é…a comida de beira de estrada. O estomago e o intestino sofrem durante a viagem e a dieta vai para o brejo.</span>
O estado de espírito de quem tem uma doença incurável e está indo a um médico deve variar muito. Eu consegui curtir parcialmente a viagem, mas ia com esperança. Na clínica, durante todo o tempo que passei lá (umas três horas) vi apenas um ou dois pacientes. Já deu para ver o grau de apreensão em um deles, fiel e importantemente acompanhado pela esposa ou companheira.
Mas não dá para para não curtir (um pouquinho, pelo menos) o visual de estradas pequenas, cercadas de árvores, no meio da neve.
A chegada mostra uma casinha simpática, simples, com estacionamento para poucos carros. Não é uma operação industrial. Feita, como tantas casas (e universidades) americanas, de tijolinho aparente.
A chegada é marcada por uma placa simples. Depois de quase três dias na van (rebatizada de school bus) pelo meu filho, foi um alívio chegar ao lugar certo.
Aqui dentro vi um tipo de atendimento ao paciente muito diferente do usado nos Estados Unidos onde somos primeiro recebidos por uma enfermeira, que pesa, tira a pressão, temperatura etcx. Um primeiro e importante cuidado – a pressão é tirada duas vezes, além do que a enfermeira pergunta se essa é a pressão habitual. Ela mostra consciência da chamada “white coat syndrome”: a pressão aumenta na presença de médicos etc. Estava lá por 180, na segunda por 160 e eu aduzi que poderia reduzí-la em outros vinte pontos.
Visitei o AIDP no dia anterior, turbinado pela insegurança de não me perder, chegar atrazado, essas coisas. Uma das secretárias estava preparando o meu dossier. Quando cheguei no dia seguinte vi um senhor baixo, sem gordura para mostrar, de cabelos brancos estudando uns records que eu sabia serem os meus.
O Dr. Meyers é simpático, agradável. Me tratou com o respeito de quem tem uma doença grave, considerada incurável, que ele também teve ou tem.
Muitos dos suplementos que eu usava ele desaconselhou porque não confiava no fabricante. Traçou um plano de ação que consistia em me preparar para uma terapia hormonal(que deveria ser chamada de anti-hormonal) porque ela tem muitos efeitos colaterais. Há uma diferença em relação ao procedimento habitual, que consiste em iniciar a terapia e aconselhar o paciente a tomar essas e aquelas medidas: ela prepara o paciente e depois inicia a terapia – nos casos em que é possível esperar um pouco. É onde estou e é minha responsabilidade atingir as metas marcadas, ajudado por muitos remédios, mas com compromisso com uma dieta mediterrânea e muito exercício.
Dr. Meyers me convenceu de algumas coisas, particularmente de que a relação custo/benefício da terapia hormonal pode ser menor e precisa de especificação. A duração do efeito dos tratamentos varia muito e varia de acordo com a doença do paciente e os procedimentos adotados anteriormente.
Os famosos 18 meses de atuação se referem com a próstata, metástase generalizada e que ainda tem a próstata. Análise patológica mostra que metade do crescimento do câncer depois da terapia se inicia na próstata. Nos casos em que houve metástase para os nódulos linfáticos e houve prostatectomia o efeito dura dez anos em 50% a 95% dos casos, dependendo do estudo e da publicação. No caso dos que preservaram a próstata em metade dos casos a terapia hormonal fracassa aos 7-8 anos.
Nos pacientes com metástase generalizada e com sintomas, o efeito é reduzido: em metade dos casos a doença volta a crescer em 8 a 9 meses.
A lição: dependendo do paciente, a duração dos benefícios da terapia hormonal varia de menos de oito a nove meses a mais de dez anos.
Continuarei relatando essa experiência para beneficiar o leitor. Porém, estou preocupado com um grande número de leitores com acesso à internet mas sem capacidade analítica e com um nível educacional muito baixo. Pediria a cada um dos pacientes mais informados e seus familiares que divulgassem o conhecimento que adquiriram (rão) aqui e em outras fontes entre os que não conseguem entender o que escrevemos.
Ir ao Dr. Meyers não sai barato. Ele não aceita o seguro tradicional do Medicare (tem um contrato de não aceitação) e custa 350 dólares por cada meia hora. Minha entrevista durou duas horas e o custo total foi de mil e quatrocentos dólares. Uma viagem que eu planejava foi para o espaço. Valeu a pena.
Meu próprio tratamento
Meu próprio tratamento
A consulta com dois médicos do Memorial Sloan-Kettering Cancer Center trouxe poucas novidades. O tratamento hormonal seria mais eficiente se iniciado logo após a volta do PSA, há 7 anos. Agora, ele tem, segundo o Dr. Kempel, benefícios modestos e efeitos colaterais igualmente modestos, que podem ser reduzidos com outros medicamentos.
Fazer ou não fazer não é a questão. Fazer ou não fazer agora é a questão. Uma vez iniciado, posso fazê-lo no Brasil e, inicialmente, seria Casodex e, pouco tempo depois, Lupron. Dr. Kempel prefere o tratamento intermitente – que é suspenso quando o PSA atinge um nível suficientemente baixo e recomeçado quando ele atinge um nível mais alto, predeterminado. Todos os tratamentos hormonais, intermitentes ou não, perdem o efeito após algum tempo. Todos podem ser substituídos por outros, com ingredientes diferentes, mas cada novo remédio tem efeito geralmente bem menor do que o anterior.
A decisão de não iniciá-lo agora foi minha, mas Kempel estava claramente de acordo. Farei exames cada quatro meses. Ele deseja que eu faça exames de imagens – cíntolografia e tomografia computarizada (CT). Farei, mas gostaria de postergá-los porque raramente mostram alguma coisa nesse nível e a descarga radioativa da CT é muito alta. Não obstante, localizar cedo os principais focos tem suas vantagens.
Kempel claramente gostou dos meus indicadores não relacionados ao câncer. Posso melhorar bastante em alguns deles, mas isso requer ter um estilo de vida regular, dieta mais estrita e exercícios mais freqüentes e regulares.
Esse é o panorama. Dia 6 terei uma segunda opinião, do Dr. Meyers, que também foi diagnosticado com câncer da próstata. Funciona mais no estilo brasileiro (não trabalha em um grande hospital) e coloca mais ênfase em dieta e em exercícios.
Fechando, para mim essa é tanto uma questão psicológica quanto oncológica. Em não muito tempo, um novo estilo de vida, bem mais reduzido, vida mais limitada, vai começar. Tenho que me preparar para isso.
xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx
Prof. Glaúcio e demais do grupo:
Meu médico, Dr. Luis Bruno, de Porto Alegre, RS, adotou comigo o mesmo tratamento do Dr.Kempel: depois do Casodex diário e de ampolas de Zoladex injetáveis na barriga a cada 3 meses, ou seja, depois do tratamento hormonal definimos uma nova ação: observação tão somente. Após os primeiros seis meses sem o hormonio, ao fazer os exames habituais de sangue, mais cintilografia óssea, tomografia e ecografia, ele verificou que o câncer tinha andado mais devagar do que enquanto eu tomava o hormonio, meu PSA atualmente em torno de 7. Vamos ver o que vai acontecer daqui para a frente. Eu fiquei bem otimista com os resultados deste procedimento porque o hormonio me traz crescimento de mamilos (e eu já fizera uma cirurgia plástica que resolveu em boa parte a ginecomastia…) e especialmente porque eu voltei e ter ereções e relações sexuais satisfatórias.
Eu acredito MUITO que a dieta alimentar saudável e os exercícios físicos periódicos que repercutem diretamente na qualidade de vida influenciam diretamente nos resultados de qualquer tratamento ou da observação porque, afinal de contas, morrer todos vamos. Que morramos então com qualidade de uma vida mais longa e mais feliz!
DESEJO-LHE e a todos do grupo, sob a sua rica liderança, boas festas e um Ano Novo com muita harmonia e muita paz.
Abraços,
João A.
xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx
Obrigado João.
Meu tratamento é similar. Depois de um “conceituado” (???) médico de Porto Alegre, em agosto de 2006, ter dito que “no seu caso, nada há a fazer”. Estou com três casodez diários e com zoladez de 30 em 30 dias, como o PSA em 2,7 (em agosto/2006 estava em 50).
Feliz Natal a todos e um ano novo repleto de vida.
Abraços
Sergio
xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx
Oi Gláucio,
Entendi e concordo com sua decisão. Gostaria apenas de comentar a perspectiva que você sugeriu sobre o novo estilo de vida que você tem pela frente. Por que você acha que esse novo estilo de vida é mais reduzido e limitado? Vejamos. Talvez porque, ao exigir de você um foco maior na sua existência integrada (com corpo e tudo, duro para um intelectual linha dura) ele implique numa nova etapa de aprendizado. Deve ser esquisito para alguém que nem se lembra de como era sentar-se para ouvir alguém que tenha qualquer coisa digna de se aprender. Não é, não?
Pois é, é duro: agora tem que sentar e aprender. O raiva pior é que não é nem com um terceiro, o que já em si seria surrealista no seu caso, mas com alguém de quem você não deve ter se dignado a aprender ainda: você mesmo.
Pior! Isso toma tempo! E uma nova disciplina! Uma que você também não deve lembrar mais, certo? Porque disciplina para cumprir prazo na entrega de relatório e projeto é bico – para quem faz isso há décadas. Disciplina para cumprir uma agenda intelectual e desenvolver um argumento monográfico idem. Mas e disciplina para re-adquirir habilidades perdidas? Para aprender novas formas de existir corporalmente no mundo? Duro, né?
Não vamos brincar de gente com medo de morrer porque já somos grandes o suficiente para saber que Deus, ou os Deuses, existem. E viver é um processo que se passa entre aparecer aqui em forma de gente e desaparecer – entre nascer e morrer. Sempre, todos, caminhamos para a morte. Por definição, a morte é um momento em que nos DESintegramos nesta forma, nesta configuração, para nos integrar em outra.
Nossas sociedades confundem tudo e nos propõem ficar se desintegrando ao longo do processo, o que é tudo de errado. Muito pelo contrário, temos que lutar para reter aquele estado primordial de integração e ao mesmo tempo adquirir saberes e habilidades (em geral, perdemos um para ganhar os outros). Para que? Para viver com plenitude. Só vivendo com plenitude é que se cumpre a misteriosa missão de percorrer o trajeto entre aparecer aqui e desaparecer aqui (e aparecer “lá”??… sei lá).
Mas meu amor, viver com plenitude não é viver limitado nem reduzido. É viver AMPLIADO. Concordo que vai ser um porre para você, pelo menos no começo. Mas se você adotar uma postura meditativa e espiritual sobre o alimento que ingere, sobre a consciência de seu corpo de vocação motriz, o que você estará fazendo é ampliar em muito os seus horizontes. Não há nada de limitado em ser consicente e focado nesta mágica relação com o que está fora de nossos corpos: o ato de se alimentar. Isso é “dieta”.
Mudar de paradigma na sua prática corporal, então… engrandece o seu ser terreno. Não limita. Bem, não precisa acreditar, mas o fato é que em pouco tempo de uma mudança de paradigma corporal, seu corpo se lilberta das limitações (o inverso do sentido da sua frase).
Quem sabe nisso eu ajudo, hein?…
beijos e bem-vindo à nova jornada em direção ao desconhecido. Wow!
love
Marilia
Células T fabricadas para matar células cancerosas
Richard Junghans afirma que as células T são máquinas de matar. Elas localizam e matam víruses. A dificuldade é fazer com que elas identifiquem as células cancerosas como inimigas e as matem, sem matar as células normais, saudáveis. Elas são atraídas pelas PSMA’s das células cancerosas.
O que é isso?
É um antígeno na membrana das células cancerosas.
O modelo é complexo. O uso da quimioterapia, segundo os pesquisadores, cria um vazio hematológico no qual essas “designer” células T se multiplicam até cem vezes.
O tratamento está sendo desenvolvido, começando com dois pacientes muito avançados. As células T foram injetadas neles, juntamente com uma dose baixa de interleukin-2. Em, aproximadamente, um mês, o PSA baixou 50% num paciente e 75% no outro. Usualmente, o próximo passo seria um teste clínico mais amplo para definir dosagens e confirmar a utilidade através de marcadores (baixa do PSA de tantos % ou mais; aumento da sobrevivência geral, aumento da sobrevivência específica em relação ao câncer da próstata etc.). Se tudo continuar dando certo, teremos que esperar alguns anos até que o tratamento esteja disponível.
Trabalho apresentado ao 100º Encontro Anual da AACR.