Químio durante a terapia hormonal?

Minha primeira reação ao receber o diagnóstico do câncer foi a de usar logo todo o arsenal disponível: opera, faz radiação, toma tudo quanto é medicamento, faz químio etc. Depois de ler muito e de conversar com muitos médicos me dei conta de que essa reação, psicológica e humanamente compreensível, precisa ser controlada, contida. Acho que é meu dever de paciente explicar o porquê a outros pacientes.

Uma pesquisa Fase III, conhecida como E3805 CHAARTED Trial, respondeu à pergunta: há vantagens em usar químio (docetaxel) juntamente com a terapia hormonal em pacientes que ainda respondem à essa terapia (hormonal)?

A resposta diz que depende…

Depende de quão séria é a metástase. Nas metástases avançadas, definidas como aquelas que apresentam metástases em uma víscera e/ou quatro ou mais metástases ósseas, com pelo menos uma delas fora da coluna ou dos quadris, vale a pena. É uma definição exigente. Nesse grupo, a mediana da sobrevivência total foi de 51,2 meses com a químio e de 34,4 meses sem a químio, somente com a terapia hormonal. Uma diferença de mais de quase um ano e meio.[i]

E nos demais casos, definidos como tendo metástases menos extensas? É uma mistura heterogênea (na minha leitura, três lesões ósseas não é pouca coisa, mas…).

Esses pacientes, com um volume menor da doença, não se beneficiaram da inclusão da quimioterapia no tratamento.[ii]

O uso do docetaxel (75 mg/m2 com um máximo de seis ciclos) não aumentou significativamente a sobrevivência nesse grupo, mas a aumentou muito no grupo com canceres mais avançados.

Não é uma descoberta a respeito de tratamentos inócuos. A químio é um tratamento pesadíssimo, com muitos efeitos colaterais, que podem danificar o seu corpo. A conclusão a partir desses dados é que incluir a químio em um momento do seu tratamento em que ela não acrescentará nada à sobrevivência seria uma decisão “burra”. Esse trabalho foi e-publicado neste mês e aguarda outras pesquisas para ver se elas confirmam esses resultados. Pode demorar.

Essa é uma conversa entre pacientes e nada mais do que isso. Não somos médicos. Escolha um bom oncólogo e um bom urólogo. Converse com eles e siga suas recomendações.

GLÁUCIO SOARES


[i] (Razão de risco [RR] 0,72; 95% CI, 0,59 a 0,89; P = 0,0018).

[ii] (RR, 1,04; 95% CI, 0,70 a 1,55; P = 0,86).

CONVERSA TRISTE

 

Conversei, pelo telefone, com um colega pesquisador, biólogo, amizade de muitas décadas. Alguém que fez muito pela educação no Brasil.
Tem uma variante mais agressiva do mesmo câncer que eu enfrento. Chegou ao limite dos tratamentos disponíveis. Nenhum funciona mais. Tem muitas metástases, tanto em tecidos suaves quanto ósseos, que são muito dolorosas. Com a coluna vertebral e o quadril muito comprometidos não consegue sentar. Por que é importante sentar? Porque quer muito terminar seu último livro. Ele quer viver uns meses mais também para levar um pouco mais adiante uns projetos sociais, individualizados, mas sociais, algumas famílias pobres que ele ajuda, cujos filhos ele educa. Sugeri que poderia escrever falando, que a Google tem um bom sistema de transformar som em texto, que aprende fácil. Permitiria ditar o livro. Assim, poderia trabalhar deitado. A sugestão, que eu considero para meu próprio uso, não emplacou.
A proximidade da morte traz uma decisão difícil, a de aceitar e abandonar a vida e seus projetos. É duro, duríssimo. Me lembrei de um livro escrito pelo Cardeal Bernadin, ele próprio vítima de um fulminante câncer do pâncreas, que o levou em um ano. Tinha um projeto semelhante, escrever um livro sobre essa experiência. Escreveu. Se chama The Gift of Peace e seu capitulo mais interessante, e que mais me tocou, se chama Letting Go, onde fala da necessidade do abandono, da entrega. Abandono de quê? Dos projetos (Bernardin tinha muitos projetos), dos sonhos terrestres, da vida. É o momento em que o moribundo aceita a morte, aceita que a vida não termina “bonitinha”, que não tem fecho dourado. Simplesmente acaba. A entrega, para os que acreditam, é a entrega total a Deus, abdicando de toda e qualquer vontade de controlar a vida que… já não pode controlar. Entregando a vida, a transição para a morte é muito mais fácil. Se agarrando a ela, é muito mais difícil.
Não obstante, milagres acontecem. Você pode ajudar a que um aconteça. Reze, ore, em conformidade com o que acredita, direcione energias positivas, mobilize amigos e quem sabe? Quem sabe, meu amigo terminará seu livro?

 

Gláucio Soares  IESP-UERJ

QUIMIOTERAPIA MAIS CEDO PODE CONCEDER MAIS TEMPO DE VIDA!

 

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Docetaxel, usualmente, é um dos últimos medicamentos usados no tratamento do câncer. Surge a notícia de que é muito mais eficiente usá-lo antes, no início da terapia hormonal. Se confirmada, essa notícia mudará o tratamento do câncer da próstata. Implica em começar a quimioterapia com Docetaxel antes, durante o tratamento hormonal, e não após, como é praxe.

Os principais resultados da pesquisa que serão apresentados à American Society of Clinical Oncology mostram que começar esse tratamento mais cedo pode aumentar a esperança de vida de 43 meses, mais de três anos e meio) para 65 meses, quase cinco anos e meio. Um ganho de 43 meses, mais de três anos e meio!

É uma pesquisa feita na Grã Bretanha e na Suíça. Na idade em que, na mediana, as pessoas não respondem mais ao tratamento hormonal, a esperança de vida – mesmo entre os que não tem câncer – não é muito alta, o que torna esse ganho em termos relativos. O aumento foi maior entre os pacientes com canceres com metástase, muito avançados.

Mas é preciso confirmar a pesquisa!

Um dos pacientes, John Angrave, de 77 anos recebeu a notícia de que teria uns três, estourando cinco anos de vida. Só que isso foi há sete anos…

Mais esperança!

 

GLÁUCIO SOARES IESP-UERJ

COMEÇOU A BATALHA PARA LIBERAR O XOFIGO

Há uma petição para que a ANVISA libere o uso do Xofigo, um medicamento contra o câncer. A justificação no corpo do pedido fala da cura do câncer da próstata. Porém, esse é um câncer que, se não for curado nas primeiras intervenções (por prostatectomia, radiação, implantes radioativos etc.) e houver fracasso bioquímico (volta e crescimento do PSA) é considerada incurável. Mesmo assim, a maioria dos pacientes não morre deste câncer, mas de outra causa.

O que é e o que faz o Xofigo?

O Xofigo é injetável, endovenoso. Contem Radium-223, que é absorvido nas áreas em que há metástase óssea. Ele emite umas partículas chamadas alfa, que atingem as células cancerosas nos ossos sem afetar as células saudáveis. Só é usado quando outros tratamentos já não produzem efeito. Tem três efeitos positivos:

1.Reduz as dores ósseas, que são terríveis;

2.Reduz a velocidade de avanço do câncer

3.Reduz o risco de fraturas ósseas e outros problemas relacionados.

Xofigo não é cura, é um recurso paliativo muito importante para o bem-estar de pacientes com canceres avançados.

Os efeitos colaterais mais comuns são náusea, diarreia, vômitos e inflamações nos braços e pernas. São pesados em um de cada dez pacientes. O Xofigo também reduz as células sanguíneas.

Há um pequeno aumento na sobrevivência: uma pesquisa Fase 3 mostrou uma sobrevivência mediana de 14 meses no grupo Xofigo e de 11,2 meses no grupo placebo.

Não é barato.

 

 

GLÁUCIO SOARES IESP-UERJ

Galeterona para os que não respondem ao Zytiga nem ao Xtandi

A revista GenomeWeb Daily acaba de publicar um artigo no qual anuncia que a empresa farmacêutica Tokai pesquisa, juntamente com a Johns Hopkins University, um teste para diagnosticar os casos em que seu produto em desenvolvimento, Galeterona, que se aplica a um subconjunto de pacientes – os que já não respondem aos tratamentos hormonais E que expressam uma versão danificada do receptor andrógeno AR-V7. Esses pacientes não respondem aos tratamentos de eficiência comprovada, Zytiga (acetato de abiraterona) e Xtandi (enzalutamida). Devido ao grande número de pacientes desse câncer, esse é um grupo numericamente importante de pacientes com câncer avançado, uma importante consideração para uma empresa. O mesmo dado alimenta considerações humanitárias, porque focam uma população com poucas esperanças porque dois dos tratamentos recentes mais badalados não funcionam nelas.

 

GLÁUCIO SOARES IESP-UERJ

Relatório Caríssimo–não dá para comprar

A RESEARCH AND MARKETS. empresa especializada em obter informações, organizá-las e vendê-las, anuncia um extenso relatório sobre todos os testes clínicos em andamento em vários continentes. Foi escrito para instituições e não para pessoas. Talvez uma clínica ou um hospital se interesse.

 

Abaixo o anúncio do relatório e se eu conseguir colar, o preço – 1845 EUROS….

 

  • SINGLE USER Electronic (PDF)

  • EUR 1845

 

 

Hormone Refractory (Castration Resistant, Androgen-Independent) Prostate Cancer Global Clinical Trials Review, H1, 2014

  • Published: March 2014
  • Region: Global
  • 229 pages
  • GlobalData

Hormone Refractory (Castration Resistant, Androgen-Independent) Prostate Cancer Global Clinical Trials Review, H1, 2014
Summary
Our clinical trial report, “Hormone Refractory (Castration Resistant, Androgen-Independent) Prostate Cancer Global Clinical Trials Review, H1, 2014″ provides data on the Hormone Refractory (Castration Resistant, Androgen-Independent) Prostate clinical trial scenario. This report provides elemental information and data relating to the clinical trials on Hormone Refractory (Castration Resistant, Androgen-Independent) Prostate. It includes an overview of the trial numbers and their recruitment status as per the site of trial conduction across the globe. The databook offers a preliminary coverage of disease clinical trials by their phase, trial status, prominence of the sponsors and also provides briefing pertaining to the number of trials for the key drugs for treating Hormone Refractory (Castration Resistant, Androgen-Independent) Prostate. This report is built using data and information sourced from proprietary databases, primary and secondary research and in-house analysis by Our team of industry experts.

A Enzalutamida aumenta a sobrevivência e o tempo até a químioterapia

A enzalutamida aumenta a sobrevivência e protela o avanço do câncer, de acordo com testes radiográficos, em pacientes que não respondem mais aos tratamentos hormonais.  É o que demonstra um trabalho apresentado ao   2014 Genitourinary Cancers Symposium. Como não houve outros tratamentos, o efeito protelativo pode ser atribuído à enzalutamida, disse o conhecido especialista Tomasz M. Beer.

Os testes com medicamentos, nos Estados Unidos, com frequência são feitos com tipos de pacientes e não com todos os pacientes. Antes as pesquisas com pacientes muito avançados, que haviam feito químioterapia com docetaxel, demonstraram que a enzalutamida aumentava a sobrevivência.

Mas, e entre os pacientes que ainda não fizeram químioterapia? A enzalutamida funciona?

Esse é um grupo grande de pacientes, maior que o anterior, sendo de interesse para o fabricante que o medicamento fosse indicado também para essa faixa do mercado. Daí a pesquisa, que custa caro.

A faixa é a de pacientes sem sintomas ou com poucos sintomas, que não respondem ao tratamento anti-hormonal. Como de praxe, grupo experimental (160 mg de enzalutamida diariamente) e grupo controle. Mais de mil e setecentos pacientes no total.

Fizeram uma primeira avaliação depois que perto de um terço (539) dos pacientes faleceu. Naquele momento, 35% do grupo placebo morreram, estatisticamente mais do que os 28% do grupo enzalutamida. A grande diferença foi no avanço da doença, 85% menor.  Um indicador do avanço é a quimioterapia: os pacientes do grupo enzalutamida fizeram químio 17 meses mais tarde que os do grupo placebo.

Interessante como parece, as desistências devidas aos efeitos colaterais foram iguais nos dois grupos: 6%.

A enzalutamida (o nome na farmácia é Xtandi) é mais uma opção para nós, com cânceres avançados. Sua principal contribuição não me parece o ganho de dois meses na sobrevivência geral e sim o ganho no tempo até quando teremos que usar o docetaxel, a químioterapia: 17 meses.

 

GLÁUCIO SOARES                                  IESP/UERJ

PEQUENAS DOSES DE ASPIRINA CONTRA O CÂNCER DA PRÓSTATA

Uma pesquisa confirma resultados anteriores: uma pequena dose de aspirina regularmente aumenta a sobrevivência de homens que fizeram cirurgia e/ou radiação para o câncer da próstata. Kevin Choe, em trabalho publicado no Journal of Clinical Oncology, revela que uma análise de seis mil pacientes que os subdividiu em dois grupos, os que tomavam regularmente um dos anticoagulantes comuns, encontrou diferenças significativas depois de dez anos: 3% no grupo que tomava anticoagulantes regularmente por prescrição médica, e 8% entre os que não tomavam. A diferença é estatisticamente significativa. O risco de “volta” do câncer e de metástase também era significativamente mais baixo. Esse benefício se deveu, principalmente, às pequenas doses de aspirina. Como a aspirina é anticoagulante e idosos frequentemente tomam outros anticoagulantes, como warfarina, a dose tem que ser calculada para não provocar hemorragia.

 

 

    GLÁUCIO SOARES          IESP/UERJ    

ESCORE GLEASON: 3+4 E 4+3 SÃO IGUAIS?

O escore Gleason é simples: os patologistas olham amostra da próstata pelo microscópio e verificam qual é o tipo de célula mais frequente. As células normais são diferenciadas, exercem múltiplas funções. As cancerosas são menos diferenciadas e perdem funções. As mais agressivas só fazem reproduzir e parecem u’a massa sem formas, sem nada. As células podem ser classificadas até o valor 5, que são as mais violentas, indiferenciadas. Em qualquer amostra, há células mais diferenciadas e menos diferenciadas, há amostras de todos os valores. O primeiro valor no escore Gleason é o que aparece com mais frequência, o “que tem mais”. E o segundo valor? Ë o segundo  mais frequente. A soma dos dois é o valor do Gleason, mas é importante manter as parcelas separadas. Um 5+2 é muito mais agressivo do que um 3+4. Os autores de uma pesquisa publicada em 2009 perguntaram se fazia muita diferença se era 3+4 ou 4+3.

A resposta: faz, e muita.

Como foi feita a pesquisa (os pesquisadores foram Stark, Perner, Stampfer, Sinnott, Finn S, Eisenstein, Ma, Fiorentino, Kurth, Loda,  Giovannucci, Rubin e Mucci)?

Recorreram a três patologistas que examinaram e classificaram o Gleason primário (que aparece primeiro) e o secundário (o que vem depois) de material retirado de 693 pacientes de prostatectomia e 119 de biopsia. Elas foram retiradas de pacientes entre 1984 e 2004. Voltaram aos mesmos pacientes, tempos depois, para ver o que aconteceu.
    Definiram os processos como letais e não letais. Os letais, além dos que morreram, incluíam os que tinham metástases ósseas; os demais eram não letais. Em dez anos houve 53 cânceres letais (entre 7% e 8%). As amostras derivadas de prostatectomias mostraram que os Gleasons 4+3 apresentavam um risco três vezes maior de ter um câncer letal. As amostras obtidas via biópsias também revelaram fortes diferenças.

Não é sentença de morte; é risco maior. Meu escore Gleason na biópsia era 3+3, mas na prostatectomia era 4+3. Felizmente, dezessete anos mais tarde, estou aqui.

Porém, esses resultados mostram que confiar apenas na soma Gleason pode camuflar cânceres perigosos que requerem tratamento imediato e mais radical.

 

GLÁUCIO SOARES             IESP/UERJ

Um dia num centro avançado de tratamento do câncer

Fui, hoje, ao Sloan Kettering. Parece que o tratamento anti-hormonal está fazendo efeito. Eu sei que é só por algum tempo (a mediana está entre 18 e 24 meses). Depois o PSA volta a crescer, indicando tendência semelhante do câncer. Eu tinha dois nódulos no pulmão, que provocaram duas hipóteses:

  1. não eram cânceres porque mudavam muito devagar ou

  2. Eram e eu resistia bem.

Eles desapareceram do CT scan, o que sugere que já eram metástases. Mais duas hipóteses: o câncer já tinha metástase e era mais agressivo do que pensávamos, mas o tratamento está funcionando. Como, se não estivesse, sobrariam menos opções (e menos tempo de vida), o resultado foi bom.

O médico está preocupado com meus ossos, que estão enfraquecendo, devido ao tratamento. Era esperado. Porém, acha que não posso tomar remédio para isso agora por causa dos implantes – só mais tarde. O tratamento preventivo, com denosumab, será começado em seis meses. Enquanto isso, tenho que malhar muito, e continuar a tomar doses altas de vitamina D3 e ter uma exposição diária, se possível, ao sol. Lembro que, nesse momento, esse problema não deriva do câncer e sim do tratamento.

Na conversa com meu médico, levantei o problema de pesquisa recente que conclui que o uso de terapia intermitente não é aconselhado para pessoas cujo câncer NÃO estiver MUITO avançado. É o meu caso. Ele deixa a decisão nas mãos dos pacientes, como acho que deve ser. Porém, agrega que a pesquisa, até agora, é um resumo apresentado numa conferencia e que quando o artigo/relatório inteiro for publicado e submetido às críticas do mundo profissional, as conclusões podem mudar e os conselhos também.

Nessa altura, alguns leitores podem estar perguntando: qual a diferença entre os dois tipos de tratamento?

O contínuo e o intermitente, inicialmente, são iguais. As primeiras doses e os espaços entre elas são definidos da mesma maneira. Porém, na versão intermitente, após umas doses se define uma linha, usualmente um valor do PSA, que provoca o reinício do tratamento. É uma linha arbitrária. Uns definem o valor a partir do PSA que o paciente apresentava no início do tratamento (a mais freqüente é a metade). O meu PSA era 22 e fração; de acordo com essa vertente, eu não tomaria as injeções de Lupron enquanto meu PSA estivesse abaixo de 11. A grande vantagem da intermitente é que a quantidade de acetato de luprolide colocada dentro do paciente é muito menor e os efeitos colaterais também. A qualidade da vida é mais alta.

O médico tinha uma observação fria e ponderada: os pacientes que decidirem “shave off some months from their life expectancy, Will have a better quality of life.”

Shave off….

Tomei uma dose cavalar de Lupron hoje, para só voltar em seis meses.

Esse é mais um capítulo da história da minha luta contra o câncer. E vamos em frente!

Atualização sobre o Câncer da Próstata

Uma excelente discussão – em Inglês – dos últimos avanços em cânceres adiantados se encontra em

 

http://www.cancernetwork.com/prostate-cancer/content/article/10165/2065202

 

Sem dúvida, é mais um serviço da instituição – Cancer Networks – à nossa comunidade de pacientes.

 

 

Gláucio Soares                   IESP-UERJ

 

NOVO MEDICAMENTO SERÁ TESTADO CONTRA O CÂNCER DA PRÓSTATA

Há algum tempo houve esperança entre pacientes, amigos e familiares com os testes de uma nova droga contra o câncer da próstata chamada Capesaris. Capesaris estava sendo testada pela GTx como uma droga para o tratamento primário deste câncer. O teste foi parado porque havia um número inaceitável de pessoas com efeitos colaterais – embolias e semelhantes.
Agora a GTx anunciou que testará o medicamento em doses mais baixas – como tratamento de segunda linha, quando o tratamento anti(hormonal) não está mais parando o câncer. Essa retomada está prevista para o terceiro trimestre deste ano. A previsão é de que testarão três doses e usarão 75 pacientes, creio que 25 para cada dose. 
Testes anteriores estavam dando certo, mas os efeitos colaterais foram considerados inaceitáveis. Doses mais baixas devem minorar os efeitos colaterais, mas isso precisa ser demonstrado. Além disso, resta saber se em doses menores e – oxalá! – seguras, o medicamento ainda surte efeito sobre o câncer. 
Os investidores americanos e seus consultores parecem crer que sim: as ações da GTx subiram no mercado no dia em que o novo teste foi anunciado.
GLÁUCIO SOARES            IESP/UERJ

UM MEDICAMENTO POSTO À PROVA

Alguns medicamentos são aprovados para determinados momentos do avanço de um câncer, mas não para outros. Essas permissões impedem o uso do medicamento certo no momento errado e do medicamento errado no momento certo. A lógica do sistema empurra para vender mais e mais, dentro de limites, às vezes demasiado amplos. Usar um medicamento num estágio no qual ele ainda não produz efeitos, ou onde já não produz efeitos é perda de recursos e tempo, e pode ser perigoso se estiver sendo usado em  lugar do medicamento adequado. Pior, o medicamento errado pode ter efeitos colaterais pesados.
Noticiei que o denosumab (vendido como Xgeva) retarda a metástase óssea e deve ser usado em pacientes com alto risco de desenvolver esse tipo de metástase no caso de outros tipos de cânceres – e somente neles. Porém, não foi aprovado para ser usado em casos de câncer da próstata. 
O objetivo do medicamento é postergar ao máximo os problemas derivados das metástases ósseas: fraturas patológicas, compressão na espinha dorsal e outras.
Os dados a respeito do uso de denosumab em pacientes com câncer da próstata mostram que o medicamento retarda a metástase óssea em homens que já não respondem à terapia (anti)hormonal. A metástase demoraria 29,5 meses nos que receberam o tratamento em comparação com 25,2 dos que não receberam nada. Um ganho de pouco mais de quatro meses. Dada a idade dos pacientes e o seu sofrimento, há um argumento favorável. 
Porém, o grupo que examina essas propostas, o FDA Oncologic Drugs Advisory Committee foi mais cauteloso: o medicamento não aumenta a sobrevivência e tem um possível efeito colateral pesadíssimo, que é a osteonecrose da mandíbula que afeta 5% dos que usam esse medicamento. A votação dos membros do comitê não deixou lugar a dúvidas: 12 a 1. Seria um risco inaceitável para um medicamento que não aumenta a sobrevivência. 
Pediram mais dados à companhia que o fabrica. Se quiserem vender, têm que demonstrar mais benefícios e menos risco.
GLÁUCIO SOARES           IESP-UERJ

ORÉGANO CONTRA O CÂNCER DA PRÓSTATA

O orégano é um condimento usado em vários países e conhecido, no Brasil, por ser frequente nos pratos italianos, particularmente a pizza.
Porém, o orégano é mais do que um condimento: ele contém poderosos antioxidantes; um dos seus componentes pode atacar células cancerosas da próstata, além de suas propriedades antibacterianas e anti-inflamatórias.  

Há uma pesquisa que pode abrir o caminho para pesquisas mais profundas, que talvez provoquem recomendações para uma dieta anticancerígena e para compor novos medicamentos. Essa pesquisa da Federation of American Societies for Experimental Biology analisou um componente do orégano chamado carvacrol. O pesquisador Supriya Bavadekar está convencido de que o carvacrol é um agente anticâncer. Nos primeiros testes, causou a  morte de quase todas as células do câncer da próstata. Variaram a concentração e os intervalos de tempo (24, 48 e 96 horas). Seu maior impacto foi no tempo de 96 horas de tratamento. 
Como?
Parece que o carvacrol provoca a apoptose de muitas células cancerosas. A apoptose é popularmente chamada de suicídio celular. 
Como sabem, falta muita pesquisa e muito tempo, mas é possível que em alguns anos tenhamos medicamentos com base no carvacrol.
GLÁUCIO SOARES              IESP-UERJ

PEQUENA MOLÉCULA REDUZ A METÁSTASE ÓSSEA

Raymond Bergan é um pesquisador de renome, associado com a Northwestern University em Illinois. Ele acaba de nos lembrar que “não é o câncer original que é letal, mas …a metástase.” Aproveitando a maior experiência do câncer da mama, estão desenvolvendo um medicamento que impede – ou, pelo menos, dificulta muito a metástase. Com isso, permite aos médicos que tratem melhor a doença ainda  localizada. O medicamento não escapou aos nomes estranhos característicos desta fase: KBU2046. 
O que é o KBU2046? 
É uma pequena molécula que gruda nas proteínas que estão no tumor e que promovem a metástase. Gruda e neutraliza. Com isso, as células não podem se movimentar e atingir órgãos distantes como o pulmão ou o cérebro. Bergan diz que é como desligar o interruptor do mecanismo que manda a célula passear pelo corpo humano e se instalar em outro lugar.  
Ainda estão na Fase que lida com camundongos. Primeiro, injetaram células cancerosas humanas altamente agressivas, depois submeteram os camundongos a cinco semanas de tratamento com o medicamento. Depois, abriram o pulmão dos camundongos e verificaram que não havia metástase. O pulmão é um dos lugares favoritos da metástase desse tipo de câncer. 
O medicamento parece seguro, sem os pesados efeitos colaterais de outros medicamentos, como o Lupron, que inibe temporariamente a produção de testosterona (é o medicamento que tomo atualmente e os efeitos colaterais são desagradáveis). O KBU2046 quase não afeta as células normais – daí os efeitos colaterais serem mínimos. 
Bergan acha que o KBU2046 poderá ser usado em outros cânceres. A grande dúvida é se um medicamento que funciona com animais, funciona com humanos. Muitas vezes a resposta foi negativa; em outros casos, foi positiva. 
A próxima etapa será um teste na Fase I e II, com um pequeno número de pacientes para ver se funciona mesmo, quais as doses recomendáveis e os efeitos colaterais. São testes mais baratos. Somente depois virá um teste Fase III, com muitos pacientes, grupos controle e tudo o mais. São caríssimos.
Se um inibidor EFICIENTE de circulação for criado, o câncer da próstata será uma doença chata, localizada, mas não letal.
GLÁUCIO SOARES                       IESP/UERJ

Mais cinco meses de vida para os pacientes com câncer da próstata

Uma contradição: a empresa Medivation perdeu credibilidade numa droga para combater o Mal de Alzheimer. Além disso, a Pfizer abandonou o barco, terminando uma parceria. 
A Medivation foi para o brejo, certo?
Errado!
Fiz alguns posters nesse blog sobre a MDV3100, que foi renomeada Enzalutamida. Esse medicamento é eficiente contra o câncer avançado da próstata. Num teste Fase III, ficou claro que a Enzalutamida aumenta a esperança de vida em quase cinco meses, em um grupo quase sem esperanças: com câncer avançado. Aumentar a esperança de vida de idosos cancerosos em cinco meses não é trivial. Vejam que em países com boas estatísticas, a esperança de vida de homens e  mulheres com 80 anos variava de 5,8 anos na Hungria a 8,2 na Islândia. Como a esperança de vida é mais alta para  mulheres, podemos ver que aumenta-la entre pacientes homens com câncer avançado em cinco meses é um ganho razoável, nada desprezível.

Por isso,  o “mercado” reagiu e o preço das ações da companhia aumentou em 65% somente esse ano 
Leia mais: Enzalutamide (formerly MDV3100) – Top 10 Late-Stage Cancer Drugs – 2012 – FierceBiotech http://www.fiercebiotech.com/special-reports/10-promising-late-stage-cancer-drugs-2012/enzalutamide-formerly-mdv3100-10-promising#ixzz1sWKCdFGv
GLÁUCIO ARY DILLON SOARES   IESP/UERJ

Usando o DNA para atacar o câncer da próstata

Talvez a maior esperança baseada em medicamentos para combater o câncer da próstata seja a Prostvac. É uma “vacina” no sentido de que estimula o sistema imune a identificar e atacar as células cancerosas. Está sendo desenvolvida em Kvistgaard na Dinamarca pela Bavarian-Nordic Immunotherapeutics e usa vírus carregados com fragmentos do DNA humano. 

Agora é a o momento de testes tipo Fase III, com muitos pacientes, grupos controle e tudo o mais. Está sendo feito com pacientes avançados, que não respondem mais à terapia (anti)hormonal, nos Estados Unidos, e deverá incluir o Reino Unido e mais dezoito países. Em princípio poderá ser usado em outros tipos de câncer. 

Os quatro genes humanos ajudam os vírus a identificar as células cancerosas, marcando-as, mas deixando as células saudáveis de fora. Esse blog já publicou notícias sobre as pesquisas em Fase II da ProstVac.

Outra “vacina” chamada Provenge já está no mercado e enfrenta dificuldades devido à péssima relação custo/benefício: custa 93 mil dólares e aumenta a esperança mediana de vida em apenas quatro meses. Até agora, os dados Fase II mostram uma ampliação de nove meses de vida.

Saiba mais: http://www.upi.com/Health_News/2012/04/14/Prostate-cancer-treatment-uses-human-DNA/UPI-41861334443743/#ixzz1sCE1CiOb

 

GLÁUCIO SOARES                  IESP/UERJ

 

GALETERONE: NOVA ESPERANÇA CONTRA O CÂNCER DA PRÓSTATA

Agora que pesquisadores “descobriram” o câncer da próstata e que a indústria farmacêutica “descobriu” que, cada ano, o número de novos pacientes ultrapassa duzentos e trinta mil somente nos Estados Unidos, há mais interesse e mais investimentos na área. Nada comparável ao investimento massivo feito para controlar o HIV/AIDS mas, mesmo assim, algo a celebrar.

O tratamento de outros cânceres parecia ter um princípio, uma diretriz: após o diagnóstico, se houver uma decisão de tratar o paciente, partia-se com tudo para cima do câncer. Sabemos que cada câncer inclui subtipos, causados por células diferentes e que muitos medicamentos funcionam bem em umas células, mas não em outras. A simultaneidade de tratamentos, muitos dos quais com pesados efeitos colaterais, obedeciam à lógica de que um medicamento de um tipo atacava células deste e daquele tipo, mas não eliminava as demais, que exigiam outro  medicamento e assim por diante.

A última vez que verifiquei, havia 25 tipos de células de câncer da próstata;  embora várias  delas sejam raridades, são muito tipos, constituindo um alvo difícil de eliminar com  um medicamento só.

Uma tendência mais recente é a de incluir vários alvos num medicamento só. Um dos mais recentes dessa tendência se chama galeterone. Ele lança um ataque em três frentes contra o câncer da próstata. Como se tornou habitual, ele se concentra nos pacientes que já não respondem ao tratamento (anti)hormonal. Os primeiros testes, com poucos pacientes, deram resultados promissores. Não é cura, mas poderá ajudar muitos pacientes.

Quais foram esses resultados obtidos por esses pesquisadores baseados em Harvard?

  1. 1.  Primeiro, em mais da metade dos pacientes, houve uma redução no PSA de 30% ou mais. Esse resultado é modesto, mas me diz algumas coisas:
  • ·       Muitos pacientes não respondem a esse medicamento, embora um número maior possa vir a responder com seu aperfeiçoamento;
  • ·       Redução do PSA não é cura. Cura pode haver, se chegarmos a níveis não detectáveis do PSA.  Para esses pacientes que responderam bem ao medicamento, a grande incógnita é: quanto tempo durarão os benefícios? O tempo conta porque, por se tratar de uma população velha, em duas décadas quase todos morrerão de outras causas.
  • 2.  Em onze pacientes (entre 49) houve uma redução substancial, de 50% ou mais do PSA. A lógica da avaliação é a mesma: nem todos respondem assim (alguns não respondem) e a duração desses benefícios é uma incógnita porque sua determinação depende de um acompanhando de uma população maior por muitos anos;

3.  Em alguns pacientes houve redução dos tumores, que representa uma demonstração mais segura de que o medicamento surte efeito, ainda que não cure.

 

· Galeterone funciona simultaneamente em três direções: bloqueia receptores de proteínas que respondem à testosterona;

  1. ·       Reduz o número de receptores nos tumores e
  2. ·       Foca em um enzima que está ligado com os caminhos dos hormônios ligados ao câncer.

Os resultados dessa pesquisa preliminar foram apresentados à American Association for Cancer Research. Outra pesquisa, Fase II, terá mais pacientes e avaliará a eficiência do medicamento, devendo ser começada ainda este ano.

É praxe conduzir um terceiro (e mais caro e demorado) tipo de pesquisa, chamado de FASE III, com um número maior de pacientes e um grupo controle.

Ainda falta bastante até que o medicamento seja aprovado e possa ser vendido, mas, se funcionar, é provável que muitos dos leitores venham a ser beneficiados por ele.

GLÁUCIO SOARES                 IESP/UERJ

CANCEROSOS ESCALAM O KILIMANJARO

Há um grupo cujo objetivo é mostrar que os cancerosos podem ter uma vida normal, inclusive realizando algumas proezas. Esse grupo se chama Above + Beyond Cancer e se dedica a escalar montanhas difíceis – possíveis, não só para profissionais, mas difíceis para o cidadão comum. Ainda mais para um canceroso, pensará o leitor…
Pois o objetivo desse grupo é demonstrar que cancerosos e sobreviventes do câncer podem ter vidas normais e fazer coisas surpreendentes.
Como escalar o monte  Kilimanjaro, o mais alto da África……
Foram 19, inclusive Gail Endres, diagnosticado com câncer da próstata, tratado e sem fracasso bioquímico desde 2006. Não há garantia de que esteja curado, porque às vezes o PSA “volta” depois de dez, quinze anos…
O grupo foi bolado por um oncólogo com sensibilidade humana, Richard Deming. O nome, Above + Beyond Cancer, indica o propósito e o meio.
A idade desse grupo de alpinistas amadores e cancerosos variava entre 29 e 73. Incluía pacientes do câncer da próstata, da tireóide, da mama, das glândulas salivares, da leucemia, de linfomas… Alguns há anos não apresentam sintomas e outros estão em pleno tratamento para cânceres que já não podem ser curados.  
Profissionalmente, dá de tudo: um tocador de viola, um militar, um estudante, um padre, a mulher de um fazendeiro e muito mais.
No início não sabiam se conseguiriam ou não subir o  Kilimanjaro, mas sabiam que iam tentar para valer. Sabiam, também, que os resultados benéficos dessa tentativa marcaria suas vidas – e sua luta contra o câncer. 
Chegaram na África dia 2 de janeiro e mergulharam na cultura local. Nada de ser turistas, de ver a África através de telescópio. Visitaram a cidade de Moshi, um vilarejo e se mandaram para a montanha.

O Kilimanjaro é um vulcão adormecido: como outros, pode voltar à vida, mas essas voltas usualmente dão aviso prévio. Partiram da base, ainda semi-tropical, de pouco mais de dois quilômetros. A altura do monte é, arredondando, seis quilômetros. Os excursionistas viram e sentiram as mudanças na flora e na fauna que acompanham as mudanças de altitude. Começaram numa floresta tropical, mas logo estavam numa região rochosa, onde viam o legado de erupções antigas. Continuaram pela trilha que leva até a cratera. Passaram por tudo: regiões desérticas e, no topo, neve. Todos sentiam o cansaço que caracteriza a diminuição do suprimento de oxigênio na altura e vários sentiam dores, tinham bolhas, calos, dores nas costas e tudo o mais. Sem falar nos vômitos, náuseas e diarréias. Mas o grupo estimulava a seguir adiante, como deve acontecer na vida de todos nós, cancerosos. E, claro, não havia banheiro nem chuveiro…
Aguente, Raimundo!
Um saudável espírito coletivista surgiu e quem tinha papel higiênico dividiu, quem tinha band-aid dividiu e assim por diante. As necessidades ficaram no Kilimanjaro e banho, bem, melhor esquecer. Todo mundo fedia a suor seco e tinha bafo de tigre. 
Mas era um grupo coeso, que se ajudava, como a humanidade deveria fazer. 
O que surpreendeu a todos foi a solidariedade instantânea que sentiram uns em relação aos outros. O câncer, essa tremenda adversidade, os uniu. Na minha leitura, Deus colocou esse potencial dentro de todos nós, mas foi preciso um câncer e uma escalada para que essas pessoas o descobrissem. E todos mudaram…
O esforço que pessoas que estavam fazendo tratamento, tinham passado recentemente pela debilitante quimioterapia, era gigantesco. Mas todos sabiam que era um passo de cada vez e cada passo exigia sacrifícios. Mesmo que tenham sido um milhão de passos, cada passo era o primeiro, sem pensar nos que viriam depois.
A história de cada um deles é uma história de superação. Foram seis dias duros, duríssimos, até que esse grupo de cancerosos chegasse ao tôpo do Kilimanjaro; chegaram, o que a grande maioria dos não-cancerosos não fez!
Todos temos nosso Kilimanjaro para escalar. Deus nos deu condições para fazê-lo. Vamos lá?
GLÁUCIO SOARES IESP-UERJ

Câncer na próstata: papel da idade, do fumo, da dieta e do exercício

WebMD é uma excelente fonte de informações a respeito de doenças, medicamentos e pesquisas médicas para pessoas com pouco conhecimento na área. NÃO é um site para especialistas. É um site informativo, pedagógico e responsável.   Em um artigo recente, o articulista nos lembra da relação essencial entre idade e câncer da próstata: 80% dos diagnósticos são em pessoas com mais de 65 anos e menos de um por cento em homens com menos de 50 anos. Os cânceres em homens jovens, adolescentes e crianças são raríssimos, mas existem.

O site lembra que há fatores comportamentais que aumentam o risco deste câncer, como a dieta. Quem consome muita gordura de carne vermelha aumenta o risco. Outro fator consensual é a obesidade, que aumenta o risco. Finalmente, um terceiro fator comportamental reduz o risco: os exercícios sistemáticos.

Isso, claro, sem falar no fumo que contribui muito para aumentar o risco de muitos tipos de cânceres.

GLÁUCIO SOARES     IESP/UERJ