Pode parecer estranho que analisemos o tamanho do mercado para os medicamentos e os tratamentos do câncer da próstata.
Mas não é um jogo de xadrez: é simples. Mercados maiores prometem lucros maiores e as industrias da saúde, inclusive farmacêutica, hospitalar e mais, respondem a essas possibilidades.
A última análise que li sublinha a eficiência de medicamentos como Zytiga e Xtandi, que foram aprovados rapidamente e devem ter muitas vendas e, junto com as vendas, altos lucros. São drogas que aumentaram a sobrevivência em alguns ou muitos meses de pessoas que, pela idade, com o sem câncer teriam apenas alguns anos para viver. A esperança de vida do nosso grupo não se mede em décadas. 
Há mais: alguns médicos estão saltando a etapa quimioterápica, que inclui medicamentos como Taxotere, Cabazitaxel (Jevtana, que acaba de ser lançado no Brasil) devido a produzirem menos efeitos colaterais indesejáveis. Provenge também é eficiente, mas igualmente custoso e mais difícil e trabalhoso de aplicar, o que limita o seu mercado.
O crescimento estimado do mercado (que alcançou USA$4,1 bilhões) em 2012, indica que, em 2019 andará perto de oito bilhões de dólares. Afinal, o mundo está envelhecendo, as doenças mais frequentes mudaram e continuarão a mudar, e os medicamentos acompanham essas mudanças.
GLÁUCIO SOARES IESP-UERJ
Câncer de próstata sem medo 