Reduzindo os erros no diagnóstico do câncer da próstata

Novas pesquisas feitas em duas instituições, NewYork-Presbyterian Hospital/Weill Cornell Medical Center, mostram que é possível melhorar os testes de PSA, reduzindo os seus erros, através da combinação com um medicamento. O que a combinação permite é reduzir os falsos negativos, identificando cânceres que antes escapavam à detecção. O Pesquisador Responsável, Dr. Steven A. Kaplan, afirma que é possível melhorar os testes usando-os em  conjunção com outras drogas. Essa combinação é útil especialmente nos casos em que o PSA é elevado, mas foram feitas biópsias sem encontrar o câncer. A biópsia permite falsos negativos porque não recolhe amostras de tecido de certas áreas “ocultas”. Ou seja, o câncer existe, mas a biópsia não traz tecido canceroso para o microscópio. Eu, pessoalmente, fiz duas baterias – uma com quatro agulhas e outra com seis que não revelaram câncer, mas havia câncer. A prática, usada posteriormente, de fazer biópsias “de saturação”, com muitas agulhas e guiadas por instrumentos visuais como o ultra-som, reduziu muito os falsos negativos, mas não os eliminou. 

Além disso, há conclusões baseadas em PSAs elevados que são falsas – falsos positivos – porque o PSA aumenta com outras doenças, como inflamação e/ou aumento do tamanho da próstata. É preciso controlar a inflamação e diminuir o tamanho da próstata para obter melhores resultados. Os pesquisadores concluíram que analisar os níveis de PSA depois de usar dois medicamentos que inibem 5-alfa-reductase (finasterida and dutasterida), que reduzem o tamanho da próstata produziam melhores resultados: se o PSA permanecia igual ou aumentava depois que a próstata encolhia, o risco de que houvesse câncer era grande. 

Que pacientes foram estudados? Um total de 276 homens, com PSA acima de 4, mas com toque retal normal, e duas ou mais biópsias negativas. 

Eliminar falsos positivos significa reduzir sofrimento, possibilidade de infecções e mais, causadas por biópsias, além de reduzir os custos; reduzir os falsos negativos, potencialmente, salva vidas.

São boas notícias para as pessoas que estão passando pela provação dos primeiros exames necessários para o diagnóstico.

 

Leia mais: http://medicalxpress.com/news/2012-08-doctors-hard-to-diagnose-prostate-cancer.html#jCp  e

http://www.dnainfo.com/new-york/20120809/upper-east-side/weill-cornell-researchers-develop-new-prostate-cancer-screening-method#ixzz23BQOgw1p

 

Gláucio Soares                                                    IESP-UERJ

 

 

Teste que reduz muito os erros das biópsias

O último número de Modern Medicine traz uma notícia que poderá evitar dores e preocupações, além de reduzir custos.

É um novo teste que diagnostica o câncer da próstata. Esse teste, ainda em fase experimental, poderá evitar erros com graves conseqüências nas biópsias. Há erros nas biópsias. Um dos poucos erros que o excelente cirurgião que me operou cometeu derivou de uma frase infeliz, porque é errada, a de que faríamos uma biópsia “to rule out” o câncer, para eliminar a hipótese de que eu tinha câncer. Eu fiz, há 17 anos, uma bateria de quatro agulhas, todas negativas; seguida de outra bateria de seis agulhas, também todas negativas. Foi somente na terceira bateria – e muitas semanas depois – que uma terceira bateria detectou o câncer. Esse erro talvez tenha me custado a cura, porque havia uma perfuração mínima, não visível, na próstata, provocada pelo câncer, que só foi detectada pelo exame histológico na próstata já retirada. Eu, como tantos e tantos pacientes, tive biópsias que produziram falsos negativos.

Por quê? Porque a biópsia é probabilística e não é certeza.

O que o novo teste, que implica num exame histopatológico da amostra retirada, fará é reduzir muito o erro, separando muito melhor os pacientes cancerosos dos não cancerosos, reduzindo os perigosos falsos negativos.

O teste tem um nome complicado – por enquanto: Prostate ConfirmMDx, capaz de detectar mudanças epigenéticas nos genes associados com o câncer da próstata. Cerca de trinta por cento dos homens sobre os quais há suspeita de câncer, não teriam que fazer novas biópsias para detectar o câncer. Foram analisados os resultados referentes a 86 pacientes que tiveram biópsias negativas, mas tinham outras características que criavam a suspeita de que tinham câncer (como um PSA elevado, ou um crescimento acelerado do mesmo).

Esse teste trabalha um gene chamado de APC (adenomatous polyposis coli), cujo valor preditivo negativo (que exclui o câncer) foi de 96%. Ainda não é certeza, mas reduz dramaticamente a margem de erro.

Menos mal…

 

Gláucio Soares                      IESP/UERJ

 

Teste que reduz muito os erros das biópsias

O último número de Modern Medicine traz uma notícia que poderá evitar dores e preocupações, além de reduzir custos.

É um novo teste que diagnostica o câncer da próstata. Esse teste, ainda em fase experimental, poderá evitar erros com graves conseqüências nas biópsias. Há erros nas biópsias. Um dos poucos erros que o excelente cirurgião que me operou cometeu derivou de uma frase infeliz, porque é errada, a de que faríamos uma biópsia “to rule out” o câncer, para eliminar a hipótese de que eu tinha câncer. Eu fiz, há 17 anos, uma bateria de quatro agulhas, todas negativas; seguida de outra bateria de seis agulhas, também todas negativas. Foi somente na terceira bateria – e muitas semanas depois – que uma terceira bateria detectou o câncer. Esse erro talvez tenha me custado a cura, porque havia uma perfuração mínima, não visível, na próstata, provocada pelo câncer, que só foi detectada pelo exame histológico na próstata já retirada. Eu, como tantos e tantos pacientes, tive biópsias que produziram falsos negativos.

Por quê? Porque a biópsia é probabilística e não é certeza.

O que o novo teste, que implica num exame histopatológico da amostra retirada, fará é reduzir muito o erro, separando muito melhor os pacientes cancerosos dos não cancerosos, reduzindo os perigosos falsos negativos.

O teste tem um nome complicado – por enquanto: Prostate ConfirmMDx, capaz de detectar mudanças epigenéticas nos genes associados com o câncer da próstata. Cerca de trinta por cento dos homens sobre os quais há suspeita de câncer, não teriam que fazer novas biópsias para detectar o câncer. Foram analisados os resultados referentes a 86 pacientes que tiveram biópsias negativas, mas tinham outras características que criavam a suspeita de que tinham câncer (como um PSA elevado, ou um crescimento acelerado do mesmo).

Esse teste trabalha um gene chamado de APC (adenomatous polyposis coli), cujo valor preditivo negativo (que exclui o câncer) foi de 96%. Ainda não é certeza, mas reduz dramaticamente a margem de erro.

Menos mal…

 

Gláucio Soares                      IESP/UERJ

 

Teste que reduz muito os erros das biópsias

O último número de Modern Medicine traz uma notícia que poderá evitar dores e preocupações, além de reduzir custos.

É um novo teste que diagnostica o câncer da próstata. Esse teste, ainda em fase experimental, poderá evitar erros com graves conseqüências nas biópsias. Há erros nas biópsias. Um dos poucos erros que o excelente cirurgião que me operou cometeu derivou de uma frase infeliz, porque é errada, a de que faríamos uma biópsia “to rule out” o câncer, para eliminar a hipótese de que eu tinha câncer. Eu fiz, há 17 anos, uma bateria de quatro agulhas, todas negativas; seguida de outra bateria de seis agulhas, também todas negativas. Foi somente na terceira bateria – e muitas semanas depois – que uma terceira bateria detectou o câncer. Esse erro talvez tenha me custado a cura, porque havia uma perfuração mínima, não visível, na próstata, provocada pelo câncer, que só foi detectada pelo exame histológico na próstata já retirada. Eu, como tantos e tantos pacientes, tive biópsias que produziram falsos negativos.

Por quê? Porque a biópsia é probabilística e não é certeza.

O que o novo teste, que implica num exame histopatológico da amostra retirada, fará é reduzir muito o erro, separando muito melhor os pacientes cancerosos dos não cancerosos, reduzindo os perigosos falsos negativos.

O teste tem um nome complicado – por enquanto: Prostate ConfirmMDx, capaz de detectar mudanças epigenéticas nos genes associados com o câncer da próstata. Cerca de trinta por cento dos homens sobre os quais há suspeita de câncer, não teriam que fazer novas biópsias para detectar o câncer. Foram analisados os resultados referentes a 86 pacientes que tiveram biópsias negativas, mas tinham outras características que criavam a suspeita de que tinham câncer (como um PSA elevado, ou um crescimento acelerado do mesmo).

Esse teste trabalha um gene chamado de APC (adenomatous polyposis coli), cujo valor preditivo negativo (que exclui o câncer) foi de 96%. Ainda não é certeza, mas reduz dramaticamente a margem de erro.

Menos mal…

 

Gláucio Soares                      IESP/UERJ

 

Que testes e que tratamentos para o câncer da próstata: o debate é sério

O PSA está elevado. Hora de fazer biópsia, certo?

Não. Depende. Depende da idade e do lugar. Nos Estados Unidos a sabedoria indica biópsia e tratamentos radicais com intenção curativa, mas na Europa, não.

Os escoceses acham que homens com mais de 75 anos, mesmo com PSA ng/ml acima de 20, não devem fazer biópsias porque mesmo se o câncer for detectado a tendência é recomendar um tratamento conservador. Essa é a recomendação de Michael Nomikos e colegas, que estudaram 293 homens com mais de 75 anos que sofreram com as biópsias. Na média tinham 82,6 anos e um PSA de 30. O câncer foi detectado em nove de cada dez homens com mais de 75 anos e um PSA acima de 20.

O que fizeram? Trataram com terapia anti-hormonal (a terapia hormonal, de fato, é hormonal só no nome: ela é anti-hormonal).

O teste digital tem mais erros de sensitividade e de especificidade, particularmente entre os homens com um PSA mais baixo: 69% e 60%, respectivamente. São margens altas de erro.

O gráfico mostra que tanto a idade quanto o PSA indicam e aumentam o risco de câncer da próstata. Entre os com 85 anos ou mais e PSA de mais de 20 ng/ml todos tinham câncer, de acordo com a biópsia.

A lógica do tratamento é prolongar a vida ao máximo com o mínimo de perda na qualidade da vida. Por isso, raramente se recomenda um tratamento radical (cirurgia, radiação) a pacientes muito idosos. O nível do PSA pesa nessa decisão.


O tratamento padrão nesse grupo é antihormonal ou observação, dependendo do PSA e de como o paciente se sente.

Mesmo a biópsia é colocada em dúvida devido às dores e conseqüências colaterais. O PSA + o toque retal, de acordo com esse grupo, forma um teste conjunto o suficientemente exato (menos do que a biópsia, claro). Quando há comorbidades e a esperança de vida é limitada a poucos anos, muitos observadores acham que testes e tratamentos dolorosos, radicais e com sérios efeitos colaterais não fazem sentido

Fonte: Urologia Internationalis (2010)

GLÁUCIO SOARES


 

Mais achados sobre a vigilância ativa em câncer de próstata de baixo risco

   Recebi da Dra. Sonia Ferraz de Andrade

 

Autor: Nick Mulcahy
Publicado em 06/18/2010
Os resultados de dois novos estudos em homens com baixo risco de câncer de próstata sob vigilância ativa devem dar alguma confiança aos médicos usando esse tipo de tratamento.
Os dois estudos, um publicado em um grande jornal e outro apresentado no Encontro Anual da Sociedade Americana de Oncologia em 2010, possuem distintos desenhos e resultados a serem medidos.
Contudo, nos dois casos, esses achados servem para clarear os riscos quando homens que tem um câncer de baixo risco deixam de ter um tratamento ativo.
O primeiro estudo é um estudo de coorte nacional baseado da população da Suécia que foi publicado online no Journal of the National Cancer Institute.
O estudo de observação comparou homens com câncer de risco baixo ou intermediário tratados com vigilância ativa ou espera atenta com homens que realizaram prostatectomia ou terapia de radiação.
Os investigadores suecos encontraram retrospectivamente que em homens com câncer de próstata localizado e de baixo risco (T1, escore de Gleason ≤6, e antígeno específico de próstata [PSA] <10 ng/mL), a mortalidade de câncer de próstata específica foi de 2,4% (95% intervalo de confiança, 1,2% – 4,1%) nos 1085 pacientes no grupo de vigilância e 0,7% (95% IC, 0,3% – 1,4%) nos 1601 pacientes no grupo de tratamento.
 À pesquisa “soma-se a crescente lista de estudos com base populacional e dados em resultados de longo prazo” para homens com doença localizada, notam Siu-Long Yao, e Grace Lu-Yao, em um editorial que acompanha o estudo.
 Dr. Yao é do Merck Research Laboratories em Kenilworth, New Jersey, e Dr. Lu-Yao é do from Cancer Institute de Nova Jersey na Universidade de Medicina de Nova Jersey em New Brunswick.
 “Provavelmente, o achado mais importante desse estudo e de vários outros  prévios, contudo, é  que a sobrevivência na maioria (e.g., Gleason ≤7), mas não em todos os casos (e.g., Gleason 8–10), em pacientes com doença localizada administrada conservadoramente é agora similar àquela dos pacientes controle cruzados por idade,” escrevem os editorialistas, fazendo referência a homens administrados com vigilância ativa comparados a homens com doença de baixo risco tratados com cirurgia ou radioterapia.
 Uma maior proporção de pacientes saudáveis foi designada para tratamento e por isso podem ter acontecido resultados piores no grupo de vigilância ativa, sugeriram os autores, liderados por Pär Stattin, do Hospital da Universiade Umeå na Suécia.
 “Pacientes com uma pequena expectativa de vida foram mais facilmente selecionados para vigilância dos que para cirurgia ou terapia de radiação,” eles escrevem.
 Apesar disto, tentativas de ajuste para isso nas analises estatísticas não produziram estimativas de risco que fossem “materialmente diferentes” de análises não ajustadas, relatam os autores.
 Os investigadores suecos concluíram que a estratégia de vigilância ativa “parece ser adequado para muitos desses homens,” ao se referir aqueles com doença de baixo risco.
 Contudo, o Dr. Stattin e colegas avisam que o seguimento médio no estudo foi de 8,2 anos e porque “a maioria dos pacientes atualmente diagnosticados com câncer de próstata localizado, tem idades entre  60 a 70 anos e uma expectativa de vida de mais de 15 anos, um seguimento maior faz-se necessário.”
 Outro estudo de homens com câncer de próstata de baixo risco foi apresentado na reunião da ASCO.
 O Estudo de Centro Único (Johns Hopkins em Baltimore, Maryland) comparou os resultados cirúrgicos de homens com câncer de baixo risco tratados com vigilância ativa que, eventualmente realizaram uma prostatectomia radical tardia como tratamento para sua doença, com os resultados cirúrgicos dos homens que realizaram a cirurgia imediatamente.  
 Nesse estudo, investigadores perguntaram se a vigilância ativa compromete as chances de cura em homens com câncer de próstata de baixo risco que escolhem essa estratégia inicialmente, mas eventualmente realizam a prostatectomia radical.
 A resposta depende das circunstâncias que levam homens a eventualmente realizar a cirurgia, explicou Bruce Trock, da Universidade Johns Hopkins de Medicina.
 Desde 1995, 772 homens entraram no programa de vigilância ativa do Johns Hopkins, que é a maior coorte nos Estados Unidos, disse o Dr. Trock.
 Ele explica que o programa tem um dos “critérios mais conservadores” entre as coortes. Para serem eleitos os homens devem ter um escore Gleason de 6 ou menos, 2 ou menos núcleos positivos, 50% ou menos envolvimento de qualquer núcleo com câncer, e PSA com densidade menor que 0,15.
 Os homens são submetidos a novas biópsias, anualmente, e qualquer aumento nos parâmetros supracitados suscita uma recomendação para tratamento.
 Em um seguimento médio de 2 anos, 116 (15%) homens realizaram a cirurgia tardia— 43 por causa de um  escore Gleason maior numa biópisa repetida, 48 em razão de alguma outra mudança na biópsia, e 25 por causa de razão pessoal em mudar.A patologia cirúrgica desses 116 pacientes foi comparada com os resultados cirúrgicos de 348 homens que realizaram a cirurgia imediatamente.
Os investigadores encontraram que os 116 homens que inicialmente administraram a doença com vigilância ativa e depois trocaram para cirurgia tinham maiores chances de serem diagnosticados com um tumor à distância (P = 0,009) e um tumor de alto grau (P = 0,0001) do que homens que realizaram a cirurgia imediatamente. 
Todavia, essas aparentes notícias ruins são facilmente explicáveis e isso é balanceada por outro achado do estudo, Dr. Trock reportou.
“Quando homens com doença de baixo risco realizam a cirurgia a qualquer tempo, nos descobrimos que historicamente 25% deles terá, na realidade, um tumor de grau maior ao encontrado na biópsia, “ ele disse.
 Isso ocorre porque uma “biópsia é o resultado da punção randômica de agulhas na próstata” ele disse, adicionando que a biópsia é realizada de acordo com um padrão que tem como intuito realizar a amostragem das regiões onde é mais provável encontrar um tumor.
“A porção da próstata em que é realizada a biópsia é uma porção muito pequena do órgão,” ele explica, adicionando que as biópsias em câncer de mama, por exemplo, são muito mais precisas pois são guiadas por lesões vistas em imagens ou palpáveis. 
Então os investigadores do Johns Hopkins realizaram uma análise adicional: eles excluíram 43 dos 116 homens que tiveram elevação nos escores de Gleason de 7 ou mais na biópsia de seguimento.
Eles encontraram que os 73 homens restantes tiveram “resultados patológicos cirúrgicos similares aos pacientes e prostatectomia imediata.”
Isso é uma ótima notícia sobre vigilância ativa, nota o Dr. Trock.
“Homens em vigilância ativa que continuam a mostrar um tumor de baixo grau segundo o escore de Gleason, possuem o mesmo risco de encontrar um tumor de alto grau quando aqueles que realizam a cirurgia imediatamente,” ele explicou.
Dr. Trock relatou que na coorte de 772 homens em vigilância ativa no Johns Hopkins, o risco de um tumor de alto grau ser encontrado na biópsia e seguimento ou em prostatectomia radical é de 4,5% por ano de seguimento.
Em razão do fato de ter ocorrido um seguimento médio de 2 anos entre homens que trocaram o tratamento para cirurgia, há um outro importante achado, afirma o Dr. Trock. “O risco de um tumor de alto grau não crescer com o tempo em que o indivíduo está no programa de vigilância ativa antes da cirurgia”.
O estudo sugere, disse o Dr. Trock, que “a maioria dos tumores de alto grau encontrados na cirurgia realizada em homens que estavam sob vigilância ativa estavam presentes no momento do diagnóstico, mas foram diagnosticados como menores pela biópsia e não progrediram de um tumor de menor grau em razão do atraso na realização da cirurgia.”
Contudo, o Dr. Trock notou que não está claro se ocorreu uma progressão da doença, e se ela ocorreu, em qual porcentagem dos homens. 
J Natl Cancer Inst. Published online June 18, 2010.American Society of Clinical Oncology (ASCO) 2010 Annual Meeting: Abstract 4506. Presented June 6, 2010.
Informação sobre o autor: Nick Mulcahy é jornalista senior da Medscape Hematology-Oncology.

A consulta com o Dr. Meyers

A van, Ford 1993, equipada para acampar é confortável e agradável. É fácil de dirigir, exceto inicialmente, nos momentos em que tive que dar marcha à ré.
Entre a beleza do inverno e a preocupação da almaAs estradas pequenas, no inverno são bonitas. Infelizmente, a comida de beira de estrada é…a comida de beira de estrada. O estomago e o intestino sofrem durante a viagem e a dieta vai para o brejo.</span>
O estado de espírito de quem tem uma doença incurável e está indo a um médico deve variar muito. Eu consegui curtir parcialmente a viagem, mas ia com esperança. Na clínica, durante todo o tempo que passei lá (umas três horas) vi apenas um ou dois pacientes. Já deu para ver o grau de apreensão em um deles, fiel e importantemente acompanhado pela esposa ou companheira.
Mas não dá para para não curtir (um pouquinho, pelo menos) o visual de estradas pequenas, cercadas de árvores, no meio da neve.

Estrada e mais estrada

A chegada mostra uma casinha simpática, simples, com estacionamento para poucos carros. Não é uma operação industrial. Feita, como tantas casas (e universidades) americanas, de tijolinho aparente.


A chegada é marcada por uma placa simples. Depois de quase três dias na van (rebatizada de school bus) pelo meu filho, foi um alívio chegar ao lugar certo.

As estradas pequenas são mais bonitas

Aqui dentro vi um tipo de atendimento ao paciente muito diferente do usado nos Estados Unidos onde somos primeiro recebidos por uma enfermeira, que pesa, tira a pressão, temperatura etcx. Um primeiro e importante cuidado – a pressão é tirada duas vezes, além do que a enfermeira pergunta se essa é a pressão habitual. Ela mostra consciência da chamada “white coat syndrome”: a pressão aumenta na presença de médicos etc. Estava lá por 180, na segunda por 160 e eu aduzi que poderia reduzí-la em outros vinte pontos.
Visitei o AIDP no dia anterior, turbinado pela insegurança de não me perder, chegar atrazado, essas coisas. Uma das secretárias estava preparando o meu dossier. Quando cheguei no dia seguinte vi um senhor baixo, sem gordura para mostrar, de cabelos brancos estudando uns records que eu sabia serem os meus.

Perto, estradas menores, mais curvas e mais beleza

O Dr. Meyers é simpático, agradável. Me tratou com o respeito de quem tem uma doença grave, considerada incurável, que ele também teve ou tem.
Muitos dos suplementos que eu usava ele desaconselhou porque não confiava no fabricante. Traçou um plano de ação que consistia em me preparar para uma terapia hormonal(que deveria ser chamada de anti-hormonal) porque ela tem muitos efeitos colaterais. Há uma diferença em relação ao procedimento habitual, que consiste em iniciar a terapia e aconselhar o paciente a tomar essas e aquelas medidas: ela prepara o paciente e depois inicia a terapia – nos casos em que é possível esperar um pouco. É onde estou e é minha responsabilidade atingir as metas marcadas, ajudado por muitos remédios, mas com compromisso com uma dieta mediterrânea e muito exercício.

O AIDP - uma casinha desprentensiosa com estacionamento para poucos carros

Dr. Meyers me convenceu de algumas coisas, particularmente de que a relação custo/benefício da terapia hormonal pode ser menor e precisa de especificação. A duração do efeito dos tratamentos varia muito e varia de acordo com a doença do paciente e os procedimentos adotados anteriormente.
Os famosos 18 meses de atuação se referem com a próstata, metástase generalizada e que ainda tem a próstata. Análise patológica mostra que metade do crescimento do câncer depois da terapia se inicia na próstata. Nos casos em que houve metástase para os nódulos linfáticos e houve prostatectomia o efeito dura dez anos em 50% a 95% dos casos, dependendo do estudo e da publicação. No caso dos que preservaram a próstata em metade dos casos a terapia hormonal fracassa aos 7-8 anos.
Nos pacientes com metástase generalizada e com sintomas, o efeito é reduzido: em metade dos casos a doença volta a crescer em 8 a 9 meses.
A lição: dependendo do paciente, a duração dos benefícios da terapia hormonal varia de menos de oito a nove meses a mais de dez anos.
Continuarei relatando essa experiência para beneficiar o leitor. Porém, estou preocupado com um grande número de  leitores com acesso à internet mas sem capacidade analítica e com um nível educacional muito baixo. Pediria a cada um dos pacientes mais informados e seus familiares que divulgassem o conhecimento que adquiriram (rão) aqui e em outras fontes entre os que não conseguem entender o que escrevemos.

A placa que garante que chegamos ao lugar certo

Ir ao Dr. Meyers não sai barato. Ele não aceita o seguro tradicional do Medicare (tem um contrato de não aceitação) e custa 350 dólares por cada meia hora. Minha entrevista durou duas horas e o custo total foi de mil e quatrocentos dólares. Uma viagem que eu planejava foi para o espaço. Valeu a pena.


2010 começou mal para mim

Meus Amigos e Amigas:

2010 não me recebeu bem. O câncer, que vinha piorando desde julho, deu um salto para pior. Cresceu, nos últimos seis meses, mais do que em todos os anos antes disso, desde que o PSA voltou a ser detectável. As pessoas que têm uma taxa de crescimento semelhante à minha vivem, comparativamente, muito pouco. Já comecei com a terapia anti-hormonal, da qual fugi sempre.

O que menos entendo é que isso aconteceu pouco tempo depois de eu ter recebido sinais no bom sentido. Na conversa que tive pelo telefone em julho com o Pe. Aírton, que é o meu guia espiritual, quando detectei essa tendência negativa pela primeira vez, ele me disse que eu estava deprimido à toa, porque o câncer estava começando a regredir; rezei uma novena para Santa Terezinha do Menino Jesus com dois pequenos pedidos e uma grande graça que era o câncer entrar em remissão durante muitos, muitos, muitos anos. Recebi rosas, que seriam a confirmação de que a graça seria concedida. A nossa Cirlene, diretora da Penitenciária de Caruaru, me contou um sonho no qual Deus dizia que me amava e reservava para mim algo que no fundo do meu coração era o que eu queria. Uma ex-ajudante me disse que sentiu a necessidade de escrever algo parecido. Fiquei com altas expectativas e vieram as piores noticias desde 2002, ano do fracasso bioquímico, da volta do PSA a um nível detectável.

Se eu fosse um demônio, elevaria as esperanças de gente como eu para que não se realizassem as promessas e as pessoas perdessem a fé. Confesso que fiquei tanto ou mais decepcionado com a não realização das promessas do que com a explosão do câncer. Se explodisse sem sinais, sem mensagens nem esperança não seria tão ruim.

Eu preciso entender a contradição entre os sinais e promessas e a realidade. Alguém pode me ajudar? Criei os sinais? A remissão virá depois, a despeito de exames e prognósticos no sentido contrário?  É um teste de fé e perseverança? Esses sinais não se referem ao câncer, mas a algo após a morte, como sugere minha companheira, que é espírita?

Talvez Deus possa me iluminar para que eu entenda essa hora que não é fácil.

Um abraço

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Reações à carta na qual descrevi a avanço do “meu”câncer:

Oi Glaucio,

Feliz ano novo (sim!), que 2010 te surpreenda de forma positiva.

Glaucio, tenho muuuuuuuito a te falar, então acho que vou falar por etapas. Costumo ser muito prolixa e já visualizei um livro (ruim, mas um livro de tão grande) que eu poderia escrever sobre seus questionamentos.

Deixa ver se consigo organizar minhas idéias:

– Acho que seu questionamento sobre por que a doença piorar muito assim que você teve sinais “divinos” de que ela melhoraria, passa por dois aspectos. O primeiro é mais mecânico, dentro da minha visão espírita (kardecista), sobre a mediunidade, sobre, portanto, a capacidade maior ou menor e em diferentes qualidades (tipos) das pessoas captarem o mundo espiritual. O segundo aspecto é mais filosófico, e passa pela questão de “Por que sofremos?” “Por que pessoas boas sofrem? (não só as ruins, as ‘afastadas de Deus’)”.

Falando do primeiro aspecto, eu diria que os sinais que vc recebeu tiveram ruídos e estática próprios de cada mensageiro que te entregou a mensagem. Divaldo Franco, um super médium e uma pessoa MUITO bondosa, que tem uma instituição de caridade que cuida de milhares de pessoas na Bahia, disse em uma palestra: O médium entrega uma mensagem que recebeu de outra pessoa. Logicamente o mensageiro vai usar suas palavras, suas metáforas, e vai assim ‘temperar’ a mensagem com sua própria emotividade, segundo sua percepção do fato, segundo seus conceitos, sua experiência de vida, etc. E, no caso específico dos médiuns, também segundo a sua maior ou menor capacidade de ouvir a mensagem em si. A mensagem não é exata, escrita em pedra… é um pensamento, um conjunto de idéias… os intérpretes (em sua maioria médiuns comuns)  os vestem de palavras e sons.

No meu entender, Deus, e desta forma toda a hierarquia do plano espiritual, sabia que viria uma piora do seu quadro. E, para que vc soubesse mais uma vez que não está sozinho, que não estamos todos soltos no mundo a mercê de tempestades, que Deus tem um plano para nós e está nos cuidando, embora muitas vezes por caminhos que a gente não entenda, o plano espiritual criou uma onda de sensibilização a você para que a mensagem chegasse a você. Esta onda foi captada por algumas pessoas mais sensíveis que têm contato com você (médiuns, cada um com seu estilo, maior ou menor sensibilidade). E cada uma delas lhe entregou sua mensagem, que, no meu entender, simplesmente diz “Existimos, estamos aqui, estamos acompanhando o seu caso, Tenha fé, estou cuidando de você”, embora algumas pessoas tenham lhe entregado a “cena” “Deus vai especificamente te curar  do cancer da forma que você está desejando”.


Além disso, você próprio, ao receber as primeiras notícias ruins, também enviou mensagens mentais, vibratórias, energéticas (como se queira chamar) de insegurança quanto à sua saúde. Isso funciona como as ondas de uma pedrinha que se atirou num lago. Algumas das pessoas sensíveis (ao ponto de as chamarmos de sensitivas) captaram esta onda, misturarm com seus sentimentos, foram inspiradas pelo plano espiritual e também construiram uma mensagem a você.

Quando descobrimos a doença no meu marido, resolvemos não contar à grande família (a família dele é imensa). Mas no espaço de uma semana ligou para minha sogra, uma tia do meu marido, que é meio distante dele, dizendo “tenho pensado muito nele, a todo momento ele me vem à cabeça, está tudo bem com ele?” Ela NUNCA tinha feito este tipo de ligação antes. E um outro tio, este um médium bem avançado, que vê cenas detalhadas do plano espiritual, ouve conversas, dá informações detalhadas, etc, ligou diretamente para meu marido perguntando “Escuta, está tudo bem com você?” E brincou “Você está com furúnculo, ou o que?” Eu acho que nos casos deles a primeira tia não captou uma mensagem DO PLANO ESPIRITUAL a respeito do meu marido. Ela tem uma afinidade com meu marido e captou seus pensamentos e sentimentos de apreensão, incerteza, com relação à saúde dele. Já o tio, que tem mediunidade muito desenvolvida, provalvelmente recebeu indicações espirituais mesmo de que havia um problema de saúde física e que era sério.

Imagine que você está trabalhando no seu escritório normalmente e sua esposa nunca vem pessoalmente falar com você. Se telefona no meio da tarde, normalmente é só para tratar de coisas pequenas cotidianas. Aí em uma tarde ela aparece no seu escritório, do nada, com um semblante meio sério, meio triste, meio sorrindo e diz que precisa falar com você com calma. No meu entender é lógico pensar que se ela veio pessoalmente é para te dar alguma má notícia de forma mais… aconchegante, para te confortar no momento em que tiver a notícia ruim.

Os sinais que você recebeu, antes da piora, foram esta vinda de ‘Deus” ao seu escritório, para ficar com você sabendo que você receberia ‘um tranco’.

Agora… Por que você tem a doença? Por que você não sarou mesmo sendo um ser humano bom, mesmo sendo religioso, mesmo tendo rezado a novena? Por que se sofre neste mundo? Por que São Francisco de Assis, uma dos espíritos mais elevados que já ‘pousaram’ na Terra, teve tracoma nos dois olhos e teve de cauterizá-los a ferro em brasa? Por que Chico Xavier, a bondade e doação em forma de gente, teve tanto sofrimento na infância e tantas doenças físicas a vida inteira? Por que a irmã Dulce tinha aqueles problemas horríveis nos pulmões?

Isso é assunto para outro email. Neste tratamos dos sinais em si. Ok? Desculpe se não fui clara o suficiente acima. Acho que seria mais fácil nos falarmos por áudio talvez…

Glaucio, esteja com Deus, coloque-se nas mãos dele, para o que ele tiver reservado para você. Ele sabe melhor do que você o que é melhor para você. Digo isso pois acho que ter esta fé profunda e verdadeira é algo maravillhoso, embora eu esteja muito longe dela. Se Meu marido estivesse na sua situação, não sei se eu mesma conseguiria seguir meus conselhos… ainda assim, acredito neles…

abraços

C.

Olá, Glaucio, como passou hoje?

Queria completar meu email anterior dizendo que não acho que os sinais que vc recebeu significam que a coisa ia ficar realmente feia, ou que vá ficar terrivelmente feia. Significam que haveria um momento de provação, que nenhum de nós sabe quanto/como vai durar.

O que você achou de tudo que te disse?

Vou te contar no próximo email, como foi a cirurgia espiritual do meu marido, ok?

abraços

C.

Querido Glaúcio,

Eu não sei como responder mais do que isto: a vida acaba um dia e a gente precisa receber este fato com serenidade.
Com todo o respeito que me merecem as pessoas religiosas e temerosas a Deus, a morte não tem nada a ver com Deus mas, sim, com a finitude biológica.
Eu só sei que quando isso chegar, é melhor que a gente deixe saudades e esperança, como será no teu caso: uma pessoa solidária, amorosa e construtiva, que através do seu conhecimento terá levado esperança de uma vida eterna a muitos. Que a tua Santa Terezinha do Menino Jesus te dê toda a graça. Tenha certeza de que até lá eu estarei solidário e torcendo para que o teu Deus reverta o teu sofrimento.
Um abraço afetuoso e agradecido do J.

Filho tão querido,

Sabendo que Deus nunca deixa sem resposta o que lhe pedem seus filhos,

Aos céus dirijo minhas preces por ti e por todos os que a ti estejam ligados.

Entendo o que se passa contigo.

Sei que Deus está atento aos apelos que lhe tens feito.

Se, em tudo, quiseres ver, encontrarás um sentido.

No tempo devido, virá como resposta o que mais tem te ocupado.

Estou contigo.

Em preces por ti estarei ao teu lado.

Confia no Senhor.

Em tudo, seja ele para ti o primeiro e o que há de maior valor.

A ti e quantos te são caros,

Eu desejo o melhor para o ano que vai começar.

Conta sempre com a atenção e preces

Obrigado por tudo o que fazes, que bem expressa o que crês e como és.

Estou contigo

Feliz 2010, 2011, 2012, 2013…

Deste servo e padre,

Com zelo e atenção constantes.

In Christo,

Pe Airton

Servo.

Olá amigão! muita paz e muita luz para você .Está tudo bem por aqui . Aguardamos dentre em breve que possa vir nos visitar. O Peró está o contrário do Rio :Aqui uma brisa suave sopra constantemente enquanto o Rio a temperatura às vezes ultrapassa quarenta graus. Agora faço-lhe um pedido: não se deixe abater por estes momentos difíceis .Faça do seu poder criativo uma grande arma . Voce escreve tão bem .Use e abuse deste dom que Deus lhe deu . Beijos e abraços de sua amiga . S.

Estimado amigo e companheiro!

Sei que estou com o problema há três anos e meio. Quando detectei-o já era tarde para retirar a próstata e já tinha uma metástase. Iniciei o tratamento hormonal e apliquei vacinas do FK de Porto Alegre.
Em razão de um enfarto suspendi a aplicação da zoladex, ficando só com três cápsulas diárias da casodex. Meio ano após, meu  psa subiu de 2,06 para 11,7. Ao invés de ir para a quimio, retornei ao Zoladex e, três meses depois, o PSA voltou para 2,4.
Sei que são estágios e, ineitavelmente, vão sendo superados e substituídos por outros dado ao inexorável avanço da doença. Tenho 69 anos e nao sei se morro dela ou com ela, mas isso pouco importa, já que, como todos, devo morrerr de alguma coisa.

Recebi minha doença com resignação e dando graças a Deus que era desse tipo, já que outros cânceres são mais violentos e acabam conosco em período bem mais curto.

Depois da minha descoberta, como já disse, sofri um enfarto e, descobrimos que minha esposa estava com câncer no  intestino. Submetida à uma operação, extirpou parte parte dele e submeteu-se à quimioterapia, estando agora, bem de saúde, tendo já realizado diversos exames.

Tenho fé em Deus. Mas, tenho sempre presente aquela parte do Pai Nosso que refere “seja feita a Tua vontade, assim na terra como no céu”, a significar que nem sempre prevalece a nossa vontade, mas a Dele.

Ele que sabe e traça nossos caminhos. Se a preservação de nossas vidas dependesse somente de nossa fé, dificilmente alguém morreria.

A fé importa em reconhecer nossa passagem pela terra, rumo à vida eterna. Nao é por menos que ao final da oração da Ave Maria, dizemos: Rogai por nós, agora e na hora de nossa morte.” E, no Salve Rainha, concluímos dizendo: Rogai por nós Santa Mãe de Deus, para que sejamos dignos das promessas de Cristo.”

Nos meus momentos de aflição busco socorro nas orações, nao na expectativa de resovê-las de acordo com minha vontade, mas para que Deus me mostre o melhor caminho que, pode ser, nao aquele que escolheríamos.

Força e fé meu amigo. Se alguém for merecer das promessas de Cristo, por certo, tu és um deles, pelo bem que espalhastes durante tua vida.
Um abraço.
Sergio Haas

Prezado Gláucio!

Eu  vejo muitas crianças morrendo no meu dia a dia, e muitas de câncer avançado, algumas sem nem ter tido alguma chance tratamento E todas indo embora deste mundo sem viver experiência alguma, como estudar, trabalhar, namorar, viajar,  casar, ter filhos etc…

E mesmo pouco sabendo do que vivestes sei já sei que realizastes muito mais que a grande maioria das pessoas. Fostes um bom filho, tivestes uma saúde e energia invejável durante grande parte da tua vida (até o fatídico câncer) e tivestes filhos maravilhosos, com saúde e muito inteligentes. Vivestes em duas pátrias (Brasil e USA). Estudastes muito e te tornastes referencia nos dois países. Vais deixar muitos livros escritos e estudos inquestionáveis na área da criminologia

E  adquiristes sabedoria que conseguistes compartilhar na tua área e fora dela com milhares de pessoas.

Melhorastes com teus estudos e orientações a cidade em que nascestes  ( Rio de Janeiro)  e contribuístes muito com o entendimento da violência social.

Aprendestes varia línguas (eu contei 5) heheheh Viajastes o mundo todo, fazendo turismo e/ou dividindo e compartilhando teus conhecimentos

Amastes muitas pessoas nesta tua vida, mulheres, amigos, crianças (do Arcoverde, netos etc.)

Nos últimos anos finalmente encontrastes uma mulher com a qual casastes e te trouxe a paz que sempre almejavas

Enfim, tens que ver a vida como ela foi vivida… se foi plenamente ( a tua, penso que foi), e ter paz nesta fase pela qual todos os mihões que deixaram esta terra já passaram e que TODOS nós  vivos vamos passar ( pq a única certeza que temos ao nascer é que vamos morrer)

E mais, alguns ou muitos podem morrer ainda antes de ti, sem que possas ter domínio algum sobre esta cronologia…

Isso não é decisão nossa….logo ter paz, viver feliz,  numa atitude de gratidão e esperança num futuro reencontro é só o que nos resta.

Beijos

Sonia

Tenho 74 anos e acho que estou com cancer há mais de dez anos. Fiz radsioterapia no A.C. Camargo em São Paulo, terminada em setembro de 2008. Confio num médico no Rio de Janeiro que recomenda um tratamento intermitente de anti-hormonal que eu escolhi não fazer. Meu pai morreu com 93 e tinha cancer proveniente da prostata por mais de 20 anos. Tudo o que acontecer será bem vindo e da maneira que ocorrer. Não se preocupe muito. Os valores do PSA nunca serão uma sentença de morte. Saude, aceite o que acontecer. Os médicos por melhores que sejam nunca poderão dar sentença de morte para ninguém.

J.

Tratamentos para o futuro próximo

Células do câncer da próstata podem produzir o que necessitam para crescer: no caso, sintetizam enzimas para produzir os andrógenos que ativam os receptores. As pesquisas também demonstram que os tumores não são todos iguais. Os que são resistentes (chamados de cânceres de próstata resistentes à castração (física ou hormonal) fazem com que a terapia hormonal perca seu poder inicial e o câncer volta a crescer. Alguns medicamentos bombardeiam os receptores de andrógenos. Alguns dos mais eficientes estão sendo desenvolvidos, como o MDV3100, a abiraterona e o Hsp27 (OGX-427).

Há outras linhas de ataque, originadas no conhecimento de que a chamada angiogênese – o crescimento de novos vasos sanguíneos – é essencial para o crescimento dos tumores e para as metástases. Um fator angiogênico, chamado VEGF, e seu receptor também são importantes alvos potenciais. Há agentes que se concentram no VEGF, como Bevacizumab e Sunitinib.

Cânceres resistentes com freqüência dependem da produção de clusterin. Atacar a produção de clusterin é uma nova linha de pesquisa. Uma empresa chamada OncoGenex Technologies está realizando pesquisas com OGX-11. São dois grupos de perto de quarenta pacientes muito avançados, um só recebe docetaxel e outro recebe docetaxel mais OGX-11.

Desculpem o meu cinismo, mas com 200 mil novos diagnósticos de câncer de próstata (e 30 mil mortes) somente nos Estados Unidos, é um mercado gigantesco que está atraindo mais e mais investimentos por parte das empresas farmacêuticas, em parte devido ao envelhecimento da população. Por isso, creio que continuaremos a ter boas pesquisas resultantes da competição entre as empresas por esse mercado.

Ressecção transuretral da próstata pode melhorar sua vida sexual

Recebi da Dra. Sonia Ferraz de Andrade a interessante nota abaixo:Foi observada uma elevada qualidade de vida em longo prazo após ressecção transuretral da próstata

Autora: Martha Kerr
Publicado em 25/09/2008

Dr. Said Fadel Mishriki e colaboradores acompanharam, prospectivamente, 280 pacientes consecutivos de ressecção
transuretral da próstata, que responderam questionários aos 3 e 6 meses e aos 6 e 12 anos, após o procedimento. Os pesquisadores, então, calcularam o escore sintomático da Associação Americana de Urologia e as taxas de fluxo e avaliaram a qualidade de vida, as preocupações e a satisfação.

Os pesquisadores relatam, na seção de agosto de Urology, que as pontuações da qualidade de vida inicial e das
preocupações foram de 8,16 e 15,45, respectivamente. A qualidade de vida média e os níveis de preocupação melhoraram de 2,54 e 4,84, aos 6 meses, para 3,71 e
7,14, aos 6 anos, e para 3,74 e 7,67, aos 12 anos, respectivamente.

“Este, que foi o maior estudo prospectivo publicado na literatura avaliando os resultados da ressecção transuretral da próstata, estabeleceu um marco”, Dr. Mishriki comentou em correspondência com a Reuters Health. “Outros procedimentos ablativos e minimamente invasivos devem ser comparados com os resultados em longo-prazo deste estudo”.

Ele ressaltou que “os aprimoramentos na qualidade de vida e nos níveis de preocupações foram consistentes e estatisticamente significantes, (e foram) associados a uma elevada satisfação dos pacientes por longos períodos”.

“A ressecção transuretral da próstata permanece como padrão-ouro para o tratamento de pacientes com obstrução extrínseca secundária à hiperplasia prostática benigna”, declarou Dr. Mishriki. “Nossos achados definitivamente dispersam qualquer falsa concepção a respeito da ressecção transuretral da próstata, tal como incontinência”.

O pesquisador acrescentou, ainda, que “haverá uma publicação a parte revelando que a ressecção transuretral da próstata não está relacionada com disfunção erétil”.

A equipe do Dr. Mishriki reportou os dados de 6 anos em uma apresentação intitulada “Ressecção transuretral da próstata pode melhorar sua vida sexual”, no encontro anual de 2006 da Associação Americana de Urologia, “que recebeu o prêmio de melhor apresentação”. “Devemos submeter o
estudo de 12 anos de acompanhamento a uma publicação dentro das próximas semanas. Espero que isso aumente a confiança dos pacientes nos resultados da ressecção transuretral da próstata”.

Urology 2008;72:322-328.

Treze anos com câncer de próstata – I

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Esta postagem foi publicada às 11:39:30 de 15/8/2008

Treze anos com câncer de próstata – I

Há treze anos telefonei para o meu urólogo para saber os resultados da biópsia. Eu havia feito dez agulhas anteriormente, todas negativas. Quando a enfermeira não quis me dizer quais os resultados e chamou o médico assistente, Dr. Rivera, eu já sabia qual era o resultado. Eu estava psicologicamente preparado, calmo. Quando ele me disse, em espanhol, “encontramos um adenocarcinoma”, não fiquei surpreendido nem apavorado. Porém, quando perguntei qual o Gleason e ele me respondeu 3+3 perdi a confiança. Parei um pouco, ainda calmo, mas sem entender: afinal se necessitaram de três baterias de agulhas, com 4, 6 e mais 6 para detectar o câncer, como poderia ser agressivo? Entrei no escritório de minha vizinha, Dr. Helen Safa, e conversei calmamente com ela.

A despeito da minha calma, olhando esses treze anos, vejo que minhas respostas tiveram algo de montanha russa. Desenvolvi um TOC, Transtorno Obsessivo Compulsivo, com excessiva preocupação com outros cânceres. Examinando o meu corpo, vejo que não sobrou área grande sem que, em algum momento, eu invocasse que tinha um câncer por lá. Uma pele necrosada debaixo do dedão? Câncer! Tinha que ser! Algumas semanas e “não sarava”. Meu amigo Jorge Zaverucha me levou a um médico que cortou uma parte grande da pele com necrose, calo e tudo o mais. Acabou o câncer. Dor no pé? Câncer! O podiatra alimentou respondendo à minha afirmação em forma de pergunta ansiosa que sim, poderia ser câncer. Os raios X mostraram espigões, colapso da planta do pé (tenho pés exemplarmente chatos), mas nada de câncer. Houve duas cirurgias. Na primeira, a enfermeira deveria ter misturado água quente com a fria e deixou, apenas, a água fervendo. O cirurgião notou porque caiu um pingo na sua mão, que queimou e fez bolha. Fiquei com um cateter metálico uretra a dentro. Urrei durante dois dias e duas noites quando passou o efeito da morfina. Na primeira noite, meu filho Alexei ficou segurando a minha mão e não dormiu. Na segunda, pedi a minha namorada de então que segurasse a minha mão e não deixasse o lençol roçar no cateter porque doía muito, muito. Dormiu em dez minutos. Depois de várias tentativas de pedir que ficasse desperta e fosse companhia, desisti. Ela não conseguia ficar acordada. Voltou meu filho Alexei que me acompanhou sem pestanejar e ela foi dormir. Depois disso fiquei com birra de pessoas dorminhocas. O meu universo encolheu rapidamente. Minha maior preocupação era que o lençol não tocasse no cateter, que estava metido na uretra e na bexiga, que estavam queimadas. Meu sonho era poder virar um pouco, porque minhas costas começavam a incomodar (eu estava na residência de um amigo, Hernan Vera). Se não me virassem, se formavam pequenas irritações que se transformavam em feridinhas. Mas virar era um inferno. Não havia aspirina ou remédio sem receita que ajudasse muito. Depois de dois dias fui retirar o cateter no Cancer Center. Atravessei o espaço da calçada até o consultório com uma escassa roupa hospitalar. Era muita dor. Fui pingando sangue, xixi e cocô. Quando perguntei ao medico assistente como fazer para retirar o cateter metálico (grosso, usando para olhar lá dentro), ele disse “respira fundo e morde”. Foi uma dor muito forte e pude ver sangue e pus caindo no chão. E ainda não tinha feito cirurgia, nem radiação.

Treze anos depois, estou aqui, escrevendo para vocês. (continua)

O Escore Gleason – foto e explicação

O Escore Gleason é um componente importante para o diagnóstico, tratamento e prognóstico do câncer de próstata. As células cancerosas perdem funções, ficam mais e mais desorganizadas e se concentram na sua reprodução. Por isso os cânceres crescem mais rápido do que as células normais. Essa característica é usada por vários tipos de quimioterapia que afeta mais as células que crescem mais rapidamente (entre elas as cancerosas, as que compõem o cabelo etc.) do que as normais, saudáveis.
O Escore Gleason é composto por cinco valores. No gráfico acima vemos os cortes que separam um valor de outro. O valor mais freqüente numa amostra é o que vem primeiro (no caso do exame direto, pós-cirúrgico, da minha próstata: 4+3, o quatro é o mais freqüente); seguido pelo que vem depois (no meu caso, 3). A soma, sete, é o Gleason final. Quando um mesmo tipo de célula é muito dominante, o valor se repete (por exemplo: 3+3, um valor freqüente nas biópsias).
Os escores produzem resultados diferentes. Escores de 8 ou mais são muito agressivos e sugerem tratamento agressivo e imediato. O escore 7 é uma terra de ninguém. O 6 é muito comum.
Os escores mais baixos são considerados menos agressivos e os prognósticos são melhores do que o permitido pelos escores mais altos.

Tecnicamente, alguns estudiosos afirmam que:

o que vem primeiro é mais importante. 4+3 não seria a mesma coisa que 3+4, o que faz sentido histologicamente, ainda que não aritmeticamente. 4+3 é pior do que 3+4.
• o terceiro valor mais freqüente, usado rarissimamente, ajuda o diagnóstico, a terapia e o prognóstico.

O Escore Gleason é um dos elementos mais importantes para o câncer de próstata. Os pacientes que querem reter algum controle sobre seus destinos e vidas devem ser bem informados e ler o máximo (de fontes autorizadas, como a PubMed) sobre seus cânceres, inclusive sobre os Escores Gleason.

Uma família, dois cânceres

Bob Belfit tem uma relação difícil com o câncer. Em 1996, ele fez uma visita ao médico para tratar de artrite e acabou descobrindo que tinha câncer de próstata, depois de testes de PSA e biópsias. O ativismo veio logo depois. Sua mulher, Margaret, morreu de câncer no fígado em 2006. A solidariedade de Belfit é clara: deixou emprego (era Presidente de uma multinacional, a Omni Tech International), tudo, para acompanhar sua mulher na luta contra o câncer. Infelizmente, depois de 14 meses ela faleceu. O câncer tinha sido descoberto tarde.
Hoje, onze anos depois do seu diagnóstico, Belfit é um conhecido ativista. Belfit descobriu uma organização local, a Midland Community Cancer Services e vestiu o seu uniforme; hoje, é um de seus membros mais ativos. Belfit descobriu que a prevenção é essencial e que ele está vivo porque foi diagnosticado cedo.
Há várias lições a serem aprendidas, inclusive e necessidade de testar regularmente os cânceres que ameaçam pessoas na sua condição de sexo, idade, genética etc. além de não esperar ter câncer para se tornar um ativista, um defensor da vida. Vale para todos nós.

Uma família, dois cânceres

Bob Belfit tem uma relação difícil com o câncer. Em 1996, ele fez uma visita ao médico para tratar de artrite e acabou descobrindo que tinha câncer de próstata, depois de testes de PSA e biópsias. O ativismo veio logo depois. Sua mulher, Margaret, morreu de câncer no fígado em 2006. A solidariedade de Belfit é clara: deixou emprego (era Presidente de uma multinacional, a Omni Tech International), tudo, para acompanhar sua mulher na luta contra o câncer. Infelizmente, depois de 14 meses ela faleceu. O câncer tinha sido descoberto tarde.
Hoje, onze anos depois do seu diagnóstico, Belfit é um conhecido ativista. Belfit descobriu uma organização local, a Midland Community Cancer Services e vestiu o seu uniforme; hoje, é um de seus membros mais ativos. Belfit descobriu que a prevenção é essencial e que ele está vivo porque foi diagnosticado cedo.
Há várias lições a serem aprendidas, inclusive e necessidade de testar regularmente os cânceres que ameaçam pessoas na sua condição de sexo, idade, genética etc. além de não esperar ter câncer para se tornar um ativista, um defensor da vida. Vale para todos nós.

Novidades na luta contra o câncer de próstata

Há milhares pesquisas publicadas sobre câncer de próstata, muitas redundantes e algumas que se contradizem.

Pesquisadores da Universidade de Toronto fizeram uma extensa revisão das pesquisas publicadas para ver se estávamos progredindo ou não. Para começar, o papel das 5-alpha reductase inhibitors e drogas que mudam seletivamente os receptores de estrogenio constituem um campo muito promissor.
Não se assuste com esses nomes complicados e insista na sua pesquisa individual porque essas drogas já apresentam bons resultados. A Avodart reduziu em 50% as biópsias de câncer feitas em homens com hipertrofia prostática.

E a dieta?

* Vários estudos mostraram que reduzir as gorduras “más” é muito importante.
* Um estudo importante mostra que tomar suplementos de maneira controlada pode ajudar.
* As pessoas com déficit de selênio na dieta têm risco mais elevado. Um suplemento de selênio durante mais de dez anos reduz o risco de câncer de próstata em 49%. Mas, cuidado!!!! Muitos integrantes de dietas a partir de certas quantidades começam a fazer mais mal do que bem. Em quantidades mais elevadas, selênio é um veneno. Quem come castanhas do Pará regularmente já tem uma dose alta de selênio e não precisa de suplementos. Pelo visto, só quem mora em solos pobres em selênio precisam de suplementos.
* Pesquisas sobre o chá verde mostram resultados contraditórios e sobre a soja e a vitamina D estão em curso.
* Em geral, as pesquisas sobre ingredientes de nossa dieta que são ricos em polifenóis mostram bons resultados.

Depois de ser negligenciado desde sempre, o câncer de próstata está sendo estudado intensamente. Durante os próximos sete anos (prazo superior para a maioria das pesquisas em andamento) vamos aprender muito.