Será que o Avodart pode retardar alguns cancers?


A disputa sobre o Avodart é antiga. Vários artigos sugeriam um benefício. Mas tinham um problema de origem: o autor de quase todos, Andreole, tem vínculos conhecidos e admitidos publicamente com a empresa que o fabrica, a GlaxoSmithKline.

Outros estudos apareceram, demonstrando que o medicamento baixava “artificialmente” o PSA. Dificultava a expressão do PSA, mas não tocava no câncer. Ora, o que se quer curar é o câncer e não o PSA…

Surgiram mais estudos recentes sugerindo que o Avodart, afinal de contas, tem um efeito positivo. O Avodart era usado para tratar próstatas artificialmente grandes e não o câncer. O que “surgiu” é que o Avodart desacelera o câncer. Uma implicação, dependendo da idade e estado geral de saúde do paciente, é tornar desnecessários procedimentos de diagnósticos e curativos que sejam caros e dolorosos. Os pacientes, com o câncer crescendo mais lentamente, podem “ficar de olho” na doença sem uma intervenção imediata.

Há uma clara diferença entre os Estados Unidos e vários países europeus no caminho a seguir. Os americanos têm um receio tão grande do câncer que 80% exigem tratamentos imediatos e radicais.

Já na Europa a maioria opta por acompanhar a doença e só tratar se adoecerem claramente. Muitos pacientes vivem muito e morrem de outras causas sem qualquer tratamento para o câncer. Dois medicamentos, Avodart e Proscar, ajudam a impedir o câncer – os que seguem esse tratamento têm perto de 20% de probabilidade a menos de desenvolvê-lo.

Em que essa pesquisa difere das anteriores? Neil Fleshner da University Health Network and Princess Margaret Hospital em Toronto diz que o Avodart dificulta o progresso da doença. A pesquisa estudou trezentos cancerosos de baixo risco, confirmados por uma biopsia. Receberam Avodart ou placebo diariamente durante um ano e meio ou três anos. O câncer piorou em 38% dos pacientes tomando Avodart e em 49% dos que tomaram o placebo. Foram feitas novas biópsias que em 36% dos pacientes que tomaram Avodart não encontraram nenhum câncer (o que não quer dizer que não estivesse lá) e em 23% dos que tomaram um placebo.

Avodart e Proscar têm efeitos colaterais. A pílula de Avodart custa perto de quatro dólares e a genérica de Proscar perto de dois.


 

GLÁUCIO SOARES


 

A consulta com o Dr. Meyers

A van, Ford 1993, equipada para acampar é confortável e agradável. É fácil de dirigir, exceto inicialmente, nos momentos em que tive que dar marcha à ré.
Entre a beleza do inverno e a preocupação da almaAs estradas pequenas, no inverno são bonitas. Infelizmente, a comida de beira de estrada é…a comida de beira de estrada. O estomago e o intestino sofrem durante a viagem e a dieta vai para o brejo.</span>
O estado de espírito de quem tem uma doença incurável e está indo a um médico deve variar muito. Eu consegui curtir parcialmente a viagem, mas ia com esperança. Na clínica, durante todo o tempo que passei lá (umas três horas) vi apenas um ou dois pacientes. Já deu para ver o grau de apreensão em um deles, fiel e importantemente acompanhado pela esposa ou companheira.
Mas não dá para para não curtir (um pouquinho, pelo menos) o visual de estradas pequenas, cercadas de árvores, no meio da neve.

Estrada e mais estrada

A chegada mostra uma casinha simpática, simples, com estacionamento para poucos carros. Não é uma operação industrial. Feita, como tantas casas (e universidades) americanas, de tijolinho aparente.


A chegada é marcada por uma placa simples. Depois de quase três dias na van (rebatizada de school bus) pelo meu filho, foi um alívio chegar ao lugar certo.

As estradas pequenas são mais bonitas

Aqui dentro vi um tipo de atendimento ao paciente muito diferente do usado nos Estados Unidos onde somos primeiro recebidos por uma enfermeira, que pesa, tira a pressão, temperatura etcx. Um primeiro e importante cuidado – a pressão é tirada duas vezes, além do que a enfermeira pergunta se essa é a pressão habitual. Ela mostra consciência da chamada “white coat syndrome”: a pressão aumenta na presença de médicos etc. Estava lá por 180, na segunda por 160 e eu aduzi que poderia reduzí-la em outros vinte pontos.
Visitei o AIDP no dia anterior, turbinado pela insegurança de não me perder, chegar atrazado, essas coisas. Uma das secretárias estava preparando o meu dossier. Quando cheguei no dia seguinte vi um senhor baixo, sem gordura para mostrar, de cabelos brancos estudando uns records que eu sabia serem os meus.

Perto, estradas menores, mais curvas e mais beleza

O Dr. Meyers é simpático, agradável. Me tratou com o respeito de quem tem uma doença grave, considerada incurável, que ele também teve ou tem.
Muitos dos suplementos que eu usava ele desaconselhou porque não confiava no fabricante. Traçou um plano de ação que consistia em me preparar para uma terapia hormonal(que deveria ser chamada de anti-hormonal) porque ela tem muitos efeitos colaterais. Há uma diferença em relação ao procedimento habitual, que consiste em iniciar a terapia e aconselhar o paciente a tomar essas e aquelas medidas: ela prepara o paciente e depois inicia a terapia – nos casos em que é possível esperar um pouco. É onde estou e é minha responsabilidade atingir as metas marcadas, ajudado por muitos remédios, mas com compromisso com uma dieta mediterrânea e muito exercício.

O AIDP - uma casinha desprentensiosa com estacionamento para poucos carros

Dr. Meyers me convenceu de algumas coisas, particularmente de que a relação custo/benefício da terapia hormonal pode ser menor e precisa de especificação. A duração do efeito dos tratamentos varia muito e varia de acordo com a doença do paciente e os procedimentos adotados anteriormente.
Os famosos 18 meses de atuação se referem com a próstata, metástase generalizada e que ainda tem a próstata. Análise patológica mostra que metade do crescimento do câncer depois da terapia se inicia na próstata. Nos casos em que houve metástase para os nódulos linfáticos e houve prostatectomia o efeito dura dez anos em 50% a 95% dos casos, dependendo do estudo e da publicação. No caso dos que preservaram a próstata em metade dos casos a terapia hormonal fracassa aos 7-8 anos.
Nos pacientes com metástase generalizada e com sintomas, o efeito é reduzido: em metade dos casos a doença volta a crescer em 8 a 9 meses.
A lição: dependendo do paciente, a duração dos benefícios da terapia hormonal varia de menos de oito a nove meses a mais de dez anos.
Continuarei relatando essa experiência para beneficiar o leitor. Porém, estou preocupado com um grande número de  leitores com acesso à internet mas sem capacidade analítica e com um nível educacional muito baixo. Pediria a cada um dos pacientes mais informados e seus familiares que divulgassem o conhecimento que adquiriram (rão) aqui e em outras fontes entre os que não conseguem entender o que escrevemos.

A placa que garante que chegamos ao lugar certo

Ir ao Dr. Meyers não sai barato. Ele não aceita o seguro tradicional do Medicare (tem um contrato de não aceitação) e custa 350 dólares por cada meia hora. Minha entrevista durou duas horas e o custo total foi de mil e quatrocentos dólares. Uma viagem que eu planejava foi para o espaço. Valeu a pena.


2010 começou mal para mim

Meus Amigos e Amigas:

2010 não me recebeu bem. O câncer, que vinha piorando desde julho, deu um salto para pior. Cresceu, nos últimos seis meses, mais do que em todos os anos antes disso, desde que o PSA voltou a ser detectável. As pessoas que têm uma taxa de crescimento semelhante à minha vivem, comparativamente, muito pouco. Já comecei com a terapia anti-hormonal, da qual fugi sempre.

O que menos entendo é que isso aconteceu pouco tempo depois de eu ter recebido sinais no bom sentido. Na conversa que tive pelo telefone em julho com o Pe. Aírton, que é o meu guia espiritual, quando detectei essa tendência negativa pela primeira vez, ele me disse que eu estava deprimido à toa, porque o câncer estava começando a regredir; rezei uma novena para Santa Terezinha do Menino Jesus com dois pequenos pedidos e uma grande graça que era o câncer entrar em remissão durante muitos, muitos, muitos anos. Recebi rosas, que seriam a confirmação de que a graça seria concedida. A nossa Cirlene, diretora da Penitenciária de Caruaru, me contou um sonho no qual Deus dizia que me amava e reservava para mim algo que no fundo do meu coração era o que eu queria. Uma ex-ajudante me disse que sentiu a necessidade de escrever algo parecido. Fiquei com altas expectativas e vieram as piores noticias desde 2002, ano do fracasso bioquímico, da volta do PSA a um nível detectável.

Se eu fosse um demônio, elevaria as esperanças de gente como eu para que não se realizassem as promessas e as pessoas perdessem a fé. Confesso que fiquei tanto ou mais decepcionado com a não realização das promessas do que com a explosão do câncer. Se explodisse sem sinais, sem mensagens nem esperança não seria tão ruim.

Eu preciso entender a contradição entre os sinais e promessas e a realidade. Alguém pode me ajudar? Criei os sinais? A remissão virá depois, a despeito de exames e prognósticos no sentido contrário?  É um teste de fé e perseverança? Esses sinais não se referem ao câncer, mas a algo após a morte, como sugere minha companheira, que é espírita?

Talvez Deus possa me iluminar para que eu entenda essa hora que não é fácil.

Um abraço

Reblog this post [with Zemanta]

Reações à carta na qual descrevi a avanço do “meu”câncer:

Oi Glaucio,

Feliz ano novo (sim!), que 2010 te surpreenda de forma positiva.

Glaucio, tenho muuuuuuuito a te falar, então acho que vou falar por etapas. Costumo ser muito prolixa e já visualizei um livro (ruim, mas um livro de tão grande) que eu poderia escrever sobre seus questionamentos.

Deixa ver se consigo organizar minhas idéias:

– Acho que seu questionamento sobre por que a doença piorar muito assim que você teve sinais “divinos” de que ela melhoraria, passa por dois aspectos. O primeiro é mais mecânico, dentro da minha visão espírita (kardecista), sobre a mediunidade, sobre, portanto, a capacidade maior ou menor e em diferentes qualidades (tipos) das pessoas captarem o mundo espiritual. O segundo aspecto é mais filosófico, e passa pela questão de “Por que sofremos?” “Por que pessoas boas sofrem? (não só as ruins, as ‘afastadas de Deus’)”.

Falando do primeiro aspecto, eu diria que os sinais que vc recebeu tiveram ruídos e estática próprios de cada mensageiro que te entregou a mensagem. Divaldo Franco, um super médium e uma pessoa MUITO bondosa, que tem uma instituição de caridade que cuida de milhares de pessoas na Bahia, disse em uma palestra: O médium entrega uma mensagem que recebeu de outra pessoa. Logicamente o mensageiro vai usar suas palavras, suas metáforas, e vai assim ‘temperar’ a mensagem com sua própria emotividade, segundo sua percepção do fato, segundo seus conceitos, sua experiência de vida, etc. E, no caso específico dos médiuns, também segundo a sua maior ou menor capacidade de ouvir a mensagem em si. A mensagem não é exata, escrita em pedra… é um pensamento, um conjunto de idéias… os intérpretes (em sua maioria médiuns comuns)  os vestem de palavras e sons.

No meu entender, Deus, e desta forma toda a hierarquia do plano espiritual, sabia que viria uma piora do seu quadro. E, para que vc soubesse mais uma vez que não está sozinho, que não estamos todos soltos no mundo a mercê de tempestades, que Deus tem um plano para nós e está nos cuidando, embora muitas vezes por caminhos que a gente não entenda, o plano espiritual criou uma onda de sensibilização a você para que a mensagem chegasse a você. Esta onda foi captada por algumas pessoas mais sensíveis que têm contato com você (médiuns, cada um com seu estilo, maior ou menor sensibilidade). E cada uma delas lhe entregou sua mensagem, que, no meu entender, simplesmente diz “Existimos, estamos aqui, estamos acompanhando o seu caso, Tenha fé, estou cuidando de você”, embora algumas pessoas tenham lhe entregado a “cena” “Deus vai especificamente te curar  do cancer da forma que você está desejando”.


Além disso, você próprio, ao receber as primeiras notícias ruins, também enviou mensagens mentais, vibratórias, energéticas (como se queira chamar) de insegurança quanto à sua saúde. Isso funciona como as ondas de uma pedrinha que se atirou num lago. Algumas das pessoas sensíveis (ao ponto de as chamarmos de sensitivas) captaram esta onda, misturarm com seus sentimentos, foram inspiradas pelo plano espiritual e também construiram uma mensagem a você.

Quando descobrimos a doença no meu marido, resolvemos não contar à grande família (a família dele é imensa). Mas no espaço de uma semana ligou para minha sogra, uma tia do meu marido, que é meio distante dele, dizendo “tenho pensado muito nele, a todo momento ele me vem à cabeça, está tudo bem com ele?” Ela NUNCA tinha feito este tipo de ligação antes. E um outro tio, este um médium bem avançado, que vê cenas detalhadas do plano espiritual, ouve conversas, dá informações detalhadas, etc, ligou diretamente para meu marido perguntando “Escuta, está tudo bem com você?” E brincou “Você está com furúnculo, ou o que?” Eu acho que nos casos deles a primeira tia não captou uma mensagem DO PLANO ESPIRITUAL a respeito do meu marido. Ela tem uma afinidade com meu marido e captou seus pensamentos e sentimentos de apreensão, incerteza, com relação à saúde dele. Já o tio, que tem mediunidade muito desenvolvida, provalvelmente recebeu indicações espirituais mesmo de que havia um problema de saúde física e que era sério.

Imagine que você está trabalhando no seu escritório normalmente e sua esposa nunca vem pessoalmente falar com você. Se telefona no meio da tarde, normalmente é só para tratar de coisas pequenas cotidianas. Aí em uma tarde ela aparece no seu escritório, do nada, com um semblante meio sério, meio triste, meio sorrindo e diz que precisa falar com você com calma. No meu entender é lógico pensar que se ela veio pessoalmente é para te dar alguma má notícia de forma mais… aconchegante, para te confortar no momento em que tiver a notícia ruim.

Os sinais que você recebeu, antes da piora, foram esta vinda de ‘Deus” ao seu escritório, para ficar com você sabendo que você receberia ‘um tranco’.

Agora… Por que você tem a doença? Por que você não sarou mesmo sendo um ser humano bom, mesmo sendo religioso, mesmo tendo rezado a novena? Por que se sofre neste mundo? Por que São Francisco de Assis, uma dos espíritos mais elevados que já ‘pousaram’ na Terra, teve tracoma nos dois olhos e teve de cauterizá-los a ferro em brasa? Por que Chico Xavier, a bondade e doação em forma de gente, teve tanto sofrimento na infância e tantas doenças físicas a vida inteira? Por que a irmã Dulce tinha aqueles problemas horríveis nos pulmões?

Isso é assunto para outro email. Neste tratamos dos sinais em si. Ok? Desculpe se não fui clara o suficiente acima. Acho que seria mais fácil nos falarmos por áudio talvez…

Glaucio, esteja com Deus, coloque-se nas mãos dele, para o que ele tiver reservado para você. Ele sabe melhor do que você o que é melhor para você. Digo isso pois acho que ter esta fé profunda e verdadeira é algo maravillhoso, embora eu esteja muito longe dela. Se Meu marido estivesse na sua situação, não sei se eu mesma conseguiria seguir meus conselhos… ainda assim, acredito neles…

abraços

C.

Olá, Glaucio, como passou hoje?

Queria completar meu email anterior dizendo que não acho que os sinais que vc recebeu significam que a coisa ia ficar realmente feia, ou que vá ficar terrivelmente feia. Significam que haveria um momento de provação, que nenhum de nós sabe quanto/como vai durar.

O que você achou de tudo que te disse?

Vou te contar no próximo email, como foi a cirurgia espiritual do meu marido, ok?

abraços

C.

Querido Glaúcio,

Eu não sei como responder mais do que isto: a vida acaba um dia e a gente precisa receber este fato com serenidade.
Com todo o respeito que me merecem as pessoas religiosas e temerosas a Deus, a morte não tem nada a ver com Deus mas, sim, com a finitude biológica.
Eu só sei que quando isso chegar, é melhor que a gente deixe saudades e esperança, como será no teu caso: uma pessoa solidária, amorosa e construtiva, que através do seu conhecimento terá levado esperança de uma vida eterna a muitos. Que a tua Santa Terezinha do Menino Jesus te dê toda a graça. Tenha certeza de que até lá eu estarei solidário e torcendo para que o teu Deus reverta o teu sofrimento.
Um abraço afetuoso e agradecido do J.

Filho tão querido,

Sabendo que Deus nunca deixa sem resposta o que lhe pedem seus filhos,

Aos céus dirijo minhas preces por ti e por todos os que a ti estejam ligados.

Entendo o que se passa contigo.

Sei que Deus está atento aos apelos que lhe tens feito.

Se, em tudo, quiseres ver, encontrarás um sentido.

No tempo devido, virá como resposta o que mais tem te ocupado.

Estou contigo.

Em preces por ti estarei ao teu lado.

Confia no Senhor.

Em tudo, seja ele para ti o primeiro e o que há de maior valor.

A ti e quantos te são caros,

Eu desejo o melhor para o ano que vai começar.

Conta sempre com a atenção e preces

Obrigado por tudo o que fazes, que bem expressa o que crês e como és.

Estou contigo

Feliz 2010, 2011, 2012, 2013…

Deste servo e padre,

Com zelo e atenção constantes.

In Christo,

Pe Airton

Servo.

Olá amigão! muita paz e muita luz para você .Está tudo bem por aqui . Aguardamos dentre em breve que possa vir nos visitar. O Peró está o contrário do Rio :Aqui uma brisa suave sopra constantemente enquanto o Rio a temperatura às vezes ultrapassa quarenta graus. Agora faço-lhe um pedido: não se deixe abater por estes momentos difíceis .Faça do seu poder criativo uma grande arma . Voce escreve tão bem .Use e abuse deste dom que Deus lhe deu . Beijos e abraços de sua amiga . S.

Estimado amigo e companheiro!

Sei que estou com o problema há três anos e meio. Quando detectei-o já era tarde para retirar a próstata e já tinha uma metástase. Iniciei o tratamento hormonal e apliquei vacinas do FK de Porto Alegre.
Em razão de um enfarto suspendi a aplicação da zoladex, ficando só com três cápsulas diárias da casodex. Meio ano após, meu  psa subiu de 2,06 para 11,7. Ao invés de ir para a quimio, retornei ao Zoladex e, três meses depois, o PSA voltou para 2,4.
Sei que são estágios e, ineitavelmente, vão sendo superados e substituídos por outros dado ao inexorável avanço da doença. Tenho 69 anos e nao sei se morro dela ou com ela, mas isso pouco importa, já que, como todos, devo morrerr de alguma coisa.

Recebi minha doença com resignação e dando graças a Deus que era desse tipo, já que outros cânceres são mais violentos e acabam conosco em período bem mais curto.

Depois da minha descoberta, como já disse, sofri um enfarto e, descobrimos que minha esposa estava com câncer no  intestino. Submetida à uma operação, extirpou parte parte dele e submeteu-se à quimioterapia, estando agora, bem de saúde, tendo já realizado diversos exames.

Tenho fé em Deus. Mas, tenho sempre presente aquela parte do Pai Nosso que refere “seja feita a Tua vontade, assim na terra como no céu”, a significar que nem sempre prevalece a nossa vontade, mas a Dele.

Ele que sabe e traça nossos caminhos. Se a preservação de nossas vidas dependesse somente de nossa fé, dificilmente alguém morreria.

A fé importa em reconhecer nossa passagem pela terra, rumo à vida eterna. Nao é por menos que ao final da oração da Ave Maria, dizemos: Rogai por nós, agora e na hora de nossa morte.” E, no Salve Rainha, concluímos dizendo: Rogai por nós Santa Mãe de Deus, para que sejamos dignos das promessas de Cristo.”

Nos meus momentos de aflição busco socorro nas orações, nao na expectativa de resovê-las de acordo com minha vontade, mas para que Deus me mostre o melhor caminho que, pode ser, nao aquele que escolheríamos.

Força e fé meu amigo. Se alguém for merecer das promessas de Cristo, por certo, tu és um deles, pelo bem que espalhastes durante tua vida.
Um abraço.
Sergio Haas

Prezado Gláucio!

Eu  vejo muitas crianças morrendo no meu dia a dia, e muitas de câncer avançado, algumas sem nem ter tido alguma chance tratamento E todas indo embora deste mundo sem viver experiência alguma, como estudar, trabalhar, namorar, viajar,  casar, ter filhos etc…

E mesmo pouco sabendo do que vivestes sei já sei que realizastes muito mais que a grande maioria das pessoas. Fostes um bom filho, tivestes uma saúde e energia invejável durante grande parte da tua vida (até o fatídico câncer) e tivestes filhos maravilhosos, com saúde e muito inteligentes. Vivestes em duas pátrias (Brasil e USA). Estudastes muito e te tornastes referencia nos dois países. Vais deixar muitos livros escritos e estudos inquestionáveis na área da criminologia

E  adquiristes sabedoria que conseguistes compartilhar na tua área e fora dela com milhares de pessoas.

Melhorastes com teus estudos e orientações a cidade em que nascestes  ( Rio de Janeiro)  e contribuístes muito com o entendimento da violência social.

Aprendestes varia línguas (eu contei 5) heheheh Viajastes o mundo todo, fazendo turismo e/ou dividindo e compartilhando teus conhecimentos

Amastes muitas pessoas nesta tua vida, mulheres, amigos, crianças (do Arcoverde, netos etc.)

Nos últimos anos finalmente encontrastes uma mulher com a qual casastes e te trouxe a paz que sempre almejavas

Enfim, tens que ver a vida como ela foi vivida… se foi plenamente ( a tua, penso que foi), e ter paz nesta fase pela qual todos os mihões que deixaram esta terra já passaram e que TODOS nós  vivos vamos passar ( pq a única certeza que temos ao nascer é que vamos morrer)

E mais, alguns ou muitos podem morrer ainda antes de ti, sem que possas ter domínio algum sobre esta cronologia…

Isso não é decisão nossa….logo ter paz, viver feliz,  numa atitude de gratidão e esperança num futuro reencontro é só o que nos resta.

Beijos

Sonia

Tenho 74 anos e acho que estou com cancer há mais de dez anos. Fiz radsioterapia no A.C. Camargo em São Paulo, terminada em setembro de 2008. Confio num médico no Rio de Janeiro que recomenda um tratamento intermitente de anti-hormonal que eu escolhi não fazer. Meu pai morreu com 93 e tinha cancer proveniente da prostata por mais de 20 anos. Tudo o que acontecer será bem vindo e da maneira que ocorrer. Não se preocupe muito. Os valores do PSA nunca serão uma sentença de morte. Saude, aceite o que acontecer. Os médicos por melhores que sejam nunca poderão dar sentença de morte para ninguém.

J.

Avodart na prevenção do câncer da próstata?

Em poucos dias, uma poderosa empresa farmacêutica, a GLAXO, divulgará dados de pesquisa sobre a efetividade de seu produto, Avodart, na prevenção do câncer da próstata. Até agora, Avodart não foi usado com este propósito. Em 2003, outra empresa, a Merck, quase colocou a GLAXO fora do mercado de medicamentos preventivos contra o câncer. Não obstante, a GLAXO pretende divulgar os resultados de pesquisa com oito mil pacientes, acompanhados durante quatro anos. Avodart inibe duas enzimas que estão associadas a este câncer. Proscar, o produto da Merck, só inibe uma. Do ponto de vista das empresas, o que está em jogo é um mercado de 500 milhões a um bilhão só na venda desse tipo de produto. A Merck já deixou de faturar tanto com o Proscar porque a patente expirou e outras empresas fabricam e vendem barato o produto. Do nosso ponto de vista está em jogo a saúde de milhões de pessoas, anualmente. É o que interessa!

Histórias de pacientes: terapia hormonal exitosa

Tom Johnson tinha 58 quando foi diagnosticado, em Janeiro de 1996 (o mesmo ano que eu). O PSA de Tom era gigantesco, 110 ng/ml e o escore Gleason era muito alto, 7(3+4). O meu escore também era 7, mas era pior (4+3) porque as células agressivas eram mais numerosas. Havia metátase. O estágio dele, D4, era de um cancer muito avançado, e ele foi direto para o tratamento hormonal, ADT (Androgen Deprivation Therapy). Tom Johnson descobriu seu cancer por acaso. Ele caiu de uma escada e os raios X sugeriram uma pequena fratura. Tom não melhorou e fez um MRI. Tom quase não conseguia andar. O MRI sugeriu doença metastática, mas não se sabia de que nem quanto. Fez um scan dos ossos e havia um montão de pontos indicando câncer. Fez o PSA e o resultado, 110 ng/ml era assustador. O urólogo recomendou castração ou CHT (terapia hormonal combinada).

Começou, logo, com Lupron (injeções mensais) e Flutamida (diariamente). Tom reagiu maravilhosamente ao Lupron e, em 3 meses, o PSA estava abaixo de 0,1. Porém, isso não sai de graça e Tom tinha nausea e danos permanentes no fígado. As dores nas costas melhoraram muito e um novo scan ósseo mostrava muitas melhoras.

Depois de seis meses, Tom mudou para Casodex e permaneceu com CHT (terapia hormonal combinada) durante cinco anos, uma enormidade. Parou o tratamento no fim de 2001. Depois de um ano, o PSA voltou a ser detetável, cerca de 1,5 ng/ml. A grande vantagem de Tom sobre outros pacientes é que o PSA ficou naquele nível, sem tratamento, durante quatro anos.

O PSA depois do tratamento hormonal, quando cresce, cresce para valer: em fevereiro de 2005 estava em 3,4 e em maio em 15! Tom voltou à CHT (terapia hormonal combinada), com agentes diferentes, Trelstar + Casodex. O PSA “sumiu”, mas não por muito tempo, passando de 0,9 a 5,0 (em julho) e a 18,1 em agosto. Mudou de Casodex para Avodart em Agosto.

A saúde de Tom, for a o CPa, é boa e ele não toma mais nada. Mudou a dieta, comendo muitos vegetais, que ele planta, e zerando a carne. Ele tem um sítio e passa muito tempo em atividades agrícolas. Ele é ativo em organizações de homens com PCa. Como eu, ele recomenda que todos participem e levem suas esposas ou namoradas.

Tom discute os efeitos do CHT:

  • 1. Acabou a libido e a capacidade de ejacular. Voltaram durante o período em que esteve fora do CHT.
  • 2. Perdeu 15 quilos com e recuperou os 15 e outros 15 com Casodex. Pesa 115 quilos, mas tem 1m90cm.
  • 3. Os seios cresceram, mas sem chegar a parecer “de mulher”.
  • 4. Os chamados Hot Flashes – fortes, foi obrigado e tirar as colchas no inverno e ter suores mas, Segundo ele, os da esposa na menopausa foram piores.
  • 5. Memória, uma vítima comum da terapia hormonal. Com razão, Tom diz que não dá para saber o que é provocado pela terapia e o que é provocado pela idade. Segundo ele, nunca teve boa memória e ficou pior.
  • 6. A Osteoporose é revelada pela baixa densidade óssea. Não toma medicamentos para a osteoporose.

Tom enfrenta o câncer de próstata há 12 anos. Teve vida relativamente normal com ele, a despeito de só tê-lo detectado depois de metástase óssea e um PSA de 110.

Acabo de receber notícia dele, de que o PSA voltou, está em 2,5 e dobrando rapidamente (cada 4 semanas). É um péssimo indicador, um PSADT de um mês, mas quem andou com 110 enfrenta melhor a situação do que quem não enfrentou. Está vivo, trabalhando no seu sítio e ajudando outros. Eu proponho a você, que me está lendo, uma oração por ele.

Histórias de pacientes: terapia hormonal exitosa

 Tom Johnson tinha 58 quando foi diagnosticado, em Janeiro de 1996 (o mesmo ano que eu). O PSA de Tom era gigantesco, 110 ng/ml e o escore Gleason era muito alto, 7(3+4). O meu escore também era 7, mas era pior (4+3) porque as células agressivas eram mais numerosas. Havia metátase. O estágio dele, D4, era de um cancer muito avançado, e ele foi direto para o tratamento hormonal, ADT (Androgen Deprivation Therapy). Tom Johnson descobriu seu cancer por acaso. Ele caiu de uma escada e os raios X sugeriram uma pequena fratura. Tom não melhorou e fez um MRI. Tom quase não conseguia andar. O MRI sugeriu doença metastática, mas não se sabia de que nem quanto. Fez um scan dos ossos e havia um montão de pontos indicando câncer. Fez o PSA e o resultado, 110 ng/ml era assustador. O urólogo recomendou castração ou CHT (terapia hormonal combinada).

Começou, logo, com Lupron (injeções mensais) e Flutamida (diariamente). Tom reagiu maravilhosamente ao Lupron e, em 3 meses, o PSA estava abaixo de 0,1. Porém, isso não sai de graça e Tom tinha nausea e danos permanentes no fígado. As dores nas costas melhoraram muito e um novo scan ósseo mostrava muitas melhoras.

Depois de seis meses, Tom mudou para Casodex e permaneceu com CHT (terapia hormonal combinada) durante cinco anos, uma enormidade. Parou o tratamento no fim de 2001. Depois de um ano, o PSA voltou a ser detetável, cerca de 1,5 ng/ml. A grande vantagem de Tom sobre outros pacientes é que o PSA ficou naquele nível, sem tratamento, durante quatro anos.

O PSA depois do tratamento hormonal, quando cresce, cresce para valer: em fevereiro de 2005 estava em 3,4 e em maio em 15! Tom voltou à CHT (terapia hormonal combinada), com agentes diferentes, Trelstar + Casodex. O PSA “sumiu”, mas não por muito tempo, passando de 0,9 a 5,0 (em julho) e a 18,1 em agosto. Mudou de Casodex para Avodart em Agosto.

A saúde de Tom, for a o CPa, é boa e ele não toma mais nada. Mudou a dieta, comendo muitos vegetais, que ele planta, e zerando a carne. Ele tem um sítio e passa muito tempo em atividades agrícolas. Ele é ativo em organizações de homens com PCa. Como eu, ele recomenda que todos participem e levem suas esposas ou namoradas.

Tom discute os efeitos do CHT:

  • 1. Acabou a libido e a capacidade de ejacular. Voltaram durante o período em que esteve fora do CHT.
  • 2. Perdeu 15 quilos com e recuperou os 15 e outros 15 com Casodex. Pesa 115 quilos, mas tem 1m90cm.
  • 3. Os seios cresceram, mas sem chegar a parecer “de mulher”.
  • 4. Os chamados Hot Flashes – fortes, foi obrigado e tirar as colchas no inverno e ter suores mas, Segundo ele, os da esposa na menopausa foram piores.
  • 5. Memória, uma vítima comum da terapia hormonal. Com razão, Tom diz que não dá para saber o que é provocado pela terapia e o que é provocado pela idade. Segundo ele, nunca teve boa memória e ficou pior.
  • 6. A Osteoporose é revelada pela baixa densidade óssea. Não toma medicamentos para a osteoporose.

Tom enfrenta o câncer de próstata há 12 anos. Teve vida relativamente normal com ele, a despeito de só tê-lo detectado depois de metástase óssea e um PSA de 110.

Acabo de receber notícia dele, de que o PSA voltou, está em 2,5 e dobrando rapidamente (cada 4 semanas). É um péssimo indicador, um PSADT de um mês, mas quem andou com 110 enfrenta melhor a situação do que quem não enfrentou. Está vivo, trabalhando no seu sítio e ajudando outros. Eu proponho a você, que me está lendo, uma oração por ele.

Novidades na luta contra o câncer de próstata

Há milhares pesquisas publicadas sobre câncer de próstata, muitas redundantes e algumas que se contradizem.

Pesquisadores da Universidade de Toronto fizeram uma extensa revisão das pesquisas publicadas para ver se estávamos progredindo ou não. Para começar, o papel das 5-alpha reductase inhibitors e drogas que mudam seletivamente os receptores de estrogenio constituem um campo muito promissor.
Não se assuste com esses nomes complicados e insista na sua pesquisa individual porque essas drogas já apresentam bons resultados. A Avodart reduziu em 50% as biópsias de câncer feitas em homens com hipertrofia prostática.

E a dieta?

* Vários estudos mostraram que reduzir as gorduras “más” é muito importante.
* Um estudo importante mostra que tomar suplementos de maneira controlada pode ajudar.
* As pessoas com déficit de selênio na dieta têm risco mais elevado. Um suplemento de selênio durante mais de dez anos reduz o risco de câncer de próstata em 49%. Mas, cuidado!!!! Muitos integrantes de dietas a partir de certas quantidades começam a fazer mais mal do que bem. Em quantidades mais elevadas, selênio é um veneno. Quem come castanhas do Pará regularmente já tem uma dose alta de selênio e não precisa de suplementos. Pelo visto, só quem mora em solos pobres em selênio precisam de suplementos.
* Pesquisas sobre o chá verde mostram resultados contraditórios e sobre a soja e a vitamina D estão em curso.
* Em geral, as pesquisas sobre ingredientes de nossa dieta que são ricos em polifenóis mostram bons resultados.

Depois de ser negligenciado desde sempre, o câncer de próstata está sendo estudado intensamente. Durante os próximos sete anos (prazo superior para a maioria das pesquisas em andamento) vamos aprender muito.