Suzanne Elvidge escreveu um interessante resumo no qual argumenta que combinação de duas terapias anti-cancer é eficiente e produz melhores resultados do que o que os últimos medicamentos produziram: alguns (usualmente poucos) meses a mais na esperança de vida. A combinação de Prostvac, uma vacina que ainda está sendo estudada, com ipilimumab, um anticorpo monoclonal, aumenta os efeitos anti-câncer das duas aplicadas separadamente. As pesquisas estão no início.
É interessante que Prostvac é uma “vacina” baseada em um vírus (sendo desenvolvida pela Bavarian Nordic) e que ipilimumab seja usada com sucesso como um tratamento do melanoma adiantado, sob o nome comercial de Yervoy. É uma pesquisa em estado inicial: trinta homens receberam doses cada vez mais altas de ipilumumab e doses iguais de Prostvac. Os efeitos colaterais são conhecidos porque Ipilumumab está em uso há algum tempo.
Quais os resultados, quando aplicados a pacientes com câncer avançado? Metade dos pacientes tiveram baixas no PSA, alguns de mais de 50%! E a sobrevivência mediana foi perto de três anos. Ou seja: metade dos pacientes viveu mais de três anos e metade menos.
A sobreviência mediana dos trinta pacientes, 34,4 meses, é um avanço em relação aos ganhos mais limitados com os medicamentos desenvolvidos recentemente – com os quais estamos aprendendo muito, diga-se de passagem.
É um estudo pequeno, ainda na Fase I, mas que promete. As pesquisas com o Prostvac estão mais adiantadas, na Fase III (com muitos pacientes, grupo controle etc), que começou no fim do ano passado.
Leia mais: http://www.fiercevaccines.com/story/prostate-cancer-vaccine-teams-antibody/2012-02-23#ixzz1nGi3Lh2B
GLÁUCIO SOARES IESP/UERJ