A música cura, ajuda, ou não surte efeito?

Acredito que a pergunta tenha sido feita inúmeras vezes: existe uma Terapia Musical? A música ajuda? É algo demonstrado ou é chute?

A resposta é ajuda, sim! Pesquisas feitas na Alemanha, nos Estados Unidos e na Inglaterra produziram resultados que demonstram isso, mas o efeito varia de acordo com a aplicação. Nesses estudos, a variável dependente era a velocidade com que os pacientes se recuperavam. Havia clara diferença em favor do grupo que fora tratado também com música. Os benefícios foram além da rapidez: os que ouviam música sentiam menos ansiedade e desconforto, inclusive, com o tratamento.

Outro grupo de pesquisas tratava dos efeitos sobre veteranos de guerras. Muitos estavam deprimidos e com problemas mentais. A taxa de suicídios era alta. Como outros tipos de terapia, a terapia musical foi sistematizada para lidar com os efeitos das guerras. No caso, para tratar e ajudar soldados que voltavam das  guerras. Em alguns  casos, os hospitais da época empregaram músicos.

Uma pesquisa feita na Alemanha revelou excelentes resultados com pacientes com pressão alta. Alguns ritmos (mas não todos) reduziam a pressão, as batidas cardíacas, o estresse, observandose, também, melhorias do sistema respiratório.

Em 1989, o Italian Journal Pediatrics também revelou benefícios para as mães de bebês prematuros. Porém, o estudo diferiu dos anteriores porque o fator cujo efeito se desejava conhecer era produzido por fitas de relaxamento e visualização, que incluíam música. As que participaram do programa produziram 63% mais leite do que as que não participaram.

A música pode aumentar a melatonina, como demonstrado por  Frederick Tims da Michigan State University em Novembro de 1999 na revista Alternative Therapies. Os pacientes tinham o mal de Alzheimer e os que participaram de um programa de quatro semanas de terapia musical tiveram aumentos significativos da melatonina, um hormônio associado com o sono.

Crianças doentes respondem bem à terapia musical. Estudo realizado no National Jewish Hospital mostrou melhorias físicas – resistência física, força muscular e controle sobre a respiração – de um grupo que participou de atividades musicais regulares, em comparação com o grupo controle.

Não é panacéia. É um tratamento auxiliar fácil e barato que pode minorar os efeitos negativos de muitas condições médicas.

Por Gláucio Soares, com base em releases de divulgação médica.