Selênio e câncer da próstata

O Dr. James Marshall apresentou os resultados de uma pesquisa Fase III a respeito do uso de selênio por pacientes com neoplasia intra-epitelial agressiva. A pesquisa foi iniciada em 1999 entre homens que, fora a neoplasia, tinham boa saúde. Foram excluídos os que tinham usado selênio ou finasteride, ou que tivessem tido câncer da próstata.

O PSA inicial deveria ser de 10ng/ml ou menos. Um grupo recebeu selênio e outro, o grupo controle, não.

Ao cabo de três anos não havia diferença entre os dois grupos no que concerne a incidência do câncer revelado pelas biópsias. O autor concluiu que uma suplementação de 200 mg. de selênio não ajuda na prevenção do câncer da próstata entre homens com esse tipo de neoplasia.



Selênio no sangue e câncer da próstata

Uma pesquisa, ainda limitada, sugere que os pacientes com câncer na próstata têm níveis mais baixos do que pacientes com Hiperplasia Benigna e do que um grupo controle. É o que demonstram os pesquisadores da Bavária do Norte. Eles complementaram a pesquisa verificando qual o nível de selênio no tecido humano.

Os números são pequenos: 24 pacientes com câncer; 21 com hiperplasia e 21 controles. Tomando o selênio no sangue em primeiro lugar, a pesquisa mostra que os níveis são significativamente mais baixos entre os cancerosos (p=0.04), mas os que sofrem de hiperplasia não diferem dos não pacientes. Há um valor recomendado, de 85 – 162 microg/l (p< 0.01). Os valores dos três grupos estavam abaixo do recomendado.

Porém, não há correlação estatisticamente significativa entre o selênio no sangue dos pacientes de câncer, por um lado, e o PSA, o escore Gleason e o estágio T.

Precisamos saber mais sobre as relações entre o selênio e o câncer de próstata:

  • Se a deficiência no selênio aumenta o risco de ter o câncer e nada mais;
  • Se o selênio combate o câncer e até que nível de selênio as vantagens superam as desvantagens;
  • Se há interações entre o selênio e outros elementos e substâncias que alteram o risco de ter câncer de próstata.

No primeiro caso, a única preocupação seria manter os níveis mínimos para reduzir o risco de ter o câncer, mas no seguinte poderia ser ultrapassar esses níveis para combater o câncer. O limite é dado pelo fato de que, em alta quantidade, o selênio é um veneno mortal.