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Parando a metástase
Sem metástase, muitos cânceres não matariam. Ficariam onde estavam, sem invadir outras áreas. Porém, sabemos pouco a respeito das metástases e de sua explicação. Por que os cânceres invadem outras áreas? Parte da resposta está contida numa molécula chamada PKD1. Ela não permitiria que as células cancerosas se modifiquem, migrem, invadam e se estabeleçam em novas áreas. Mas quando ela não está ativa, o tumor avança. O sistema parece bolado por uma inteligência maligna. Há sinais biológicos que ordenam às celulas cancerosas invasivas que saiam do tumor original e se estabeleçam em outras áreas. Se conseguirmos parar esse processo, a letalidade de muitos cânceres será muito menor. Para a metástase do tumor, a PKD1 tem que estar desligada. A estrutura celular do câncer tem que ser continuamente reorganizada. O próximo passo é bolar tratamentos que mantenham a PKD1 ativa, acesa, ligada. E, claro, os tratamentos precisam chegar às células cancerosas. O “chegar lá” é um dos grandes problemas e contribui para explicar porque tratamentos que dão resultado se efetuados diretamente sobre culturas de células cancerosas não produzem resultados compatíveis quando aplicados a pacientes. A relação é clara: quando reduziam a PKD1, o câncer metastizava; quando ativavam a PKD1, o avanço era detido. Essa pesquisa está sendo levada a cabo por uma equipe da Mayo Clinic na Florida, dirigida por Peter Storz.